Arroba do boi continua com preços firmes, frigoríficos mais interessados nas compras e pecuaristas com pouca disposição para venda
Neste inicio de 2016 a movimentação no mercado do boi gordo continua lenta, a exemplo do que ocorreu no final do ano passado. Com isso, as indústrias que possuem escalas mais curtas precisam ofertar maiores preços para preencher as programações de abate.
Em média, as escalas atendem de 4 a 5 dias, esse cenário têm proporcionado cotações mais firmes nesta semana. Em São Paulo a referência está em R$149,00/@, à vista, mas há ofertas de compra acima deste patamar. Segundo o consultor da Scot Consultoria, Gustavo Aguiar, essas altas são pontualmente conseqüência da retração da ponta vendedora neste período do ano.
Por outro lado, as chuvas vêm colaborando com os pastos nas principais regiões produtoras e "já há certa condição de ter uma disponibilidade maior de animais terminados no mercado", explica o consultor. Ainda assim, a tendência é de que o mercado prossiga sustentado, sem grandes motivos para baixa, e com pouca força para reagir.
Para as próximas semanas Aguiar acredita em um aumento crescente da oferta, à medida que os produtores forem sentindo maior necessidade de venda. No entanto ressalta que de maneira geral, a oferta de animais terminados neste ano ainda deve ser restrita, como ocorreu em 2015.
Do lado da demanda, o consumo interno continuará enfraquecido por conta da crise econômica, porém o dólar alto irá estimular a demanda externa e colaborar para a sustentação dos preços da arroba.
Outro fator a qual os pecuáristas devem ficar atentos é o custo de produção. Com o aumento do milho e farelo de soja, bem como os animais de reposição, 2016 será mais um ano de margens ajustadas ao produtor, embora os preços do mercado spot nominalmente serem atrativos.
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