Preços do boi em alta com redução na oferta de confinados, atraso na produção de animais à pasto e boa demanda exportadora
A conjuntura de baixa oferta de animais confinados, melhora na demanda exportadora e perspectiva de atraso na produção de bois a pasto, mantém os preços em alta no mercado do boi gordo.
Em São Paulo a referência para os negócios é de R$148,65/@ à vista e, o mercado futuro para dezembro indicando R$ 152,00/@. Diante desse cenário o analista da MBAgro, César de Castro Alves, considera que poderemos superar - até o final do ano - o patamar máximo de R$ 151,00/@ registrado em abril.
No entanto, o analista ressalta que a demanda interna enfraquecida pode ser o grande limitador para manutenção do movimento de alta. "Por outro lado a oferta também deve ficar restrita até dezembro, por conta desse atraso de chuvas, e isso deve colocar a curva do boi e da carne em alta", explica o analista.
Outro fator que deve manter a tendência de alta no mercado é o aumento na demanda, típica de final de ano, onde as festas comemorativas elevam o consumo interno de carne. Além disso, as exportações, apesar de representarem apenas 30% da demanda, também têm mostrado uma reação nos últimos meses ajudando a promover a firmeza da arroba.
"Desde setembro as exportações vem melhorando, mas sempre abaixo do mesmo mês do ano passado. A novidade é que nas parciais de outubro estão mostrando uma alta muito interessante, cerca de 11% em relação ao ano passado", destaca Alves.
O destaque das vendas externas tem sido a mudança dos principais destinos da carne brasileira. De acordo com a ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne) o grande realce em setembro é a China. Em pouco mais de três meses da reabertura do mercado - os embarques começaram na segunda quinzena de junho -, o país asiático já ocupa a primeira posição no ranking dos maiores importadores de carne bovina brasileira no mês de setembro.
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