Estoques de carne nos frigoríficos é elevado e pressão nos preços da arroba do boi continua
O preço do boi gordo deve ter um ajuste para baixo no segundo semestre deste ano, mas ainda assim, encerrar 2015 com preço maior que em 2014. Na referência São Paulo a expectativa para o período de julho a dezembro é de arroba a R$ 146 por arroba, avaliou a consultora de mercado da Agrifatto, Lygia Pimentel, durante o seminário Perspectivas para o Agribusiness 2015/2016, promovido pela BM&FBovespa e pelo Ministério da Agricultura, em São Paulo.
Segundo ela, os dados econômicos para o ano de 2015 não favorecem as projeções para o consumo, e "até o momento não há nada de concreto que aponte que as exportações vão conseguir aliviar todo o volume que vamos perder coma crise interna". Com isso, os frigoríficos têm ajustado seus abates diante da oferta restrita e a demanda em baixa.
Com o aperto na oferta e arroba mais cara, além de demanda enfraquecida, o segmento mais pressionado da cadeia produtiva neste momento é a indústria. De acordo com Pimentel, com os estoques cheios - pelo baixo consumo - os frigoríficos estão pressionando os preços da arroba na tentativa de equalizar as margens. Em São Paulo, os negócios acontecem em torno de R$ 147,00/@ e escalas de uma semana.
Mesmo com essa queda, os pecuaristas ainda conseguem ter rentabilidade, mesmo com os custos de produção mais elevados, principalmente nos animais de reposição. Para a consultora, o principal problema da cadeia produtiva está na demanda, que tem se mostrado cada vez mais fraca tanto no mercado interno e externo.
Para as exportações Pimentel afirma que o cenário poderá ser mais positivo na segunda metade do ano. A possibilidade de abertura e retomada de novos mercados como Estados Unidos, China, Japão, Arábia Saudita, Malásia, entre outros países, podem ser os fatores positivos.
"Nós estamos com um cenário positivo para o segundo semestre, mas não ainda a ponto de superar o volume de 2014, porque nós entramos em um gargalo bem apertado neste começo de ano, e de janeiro a maio já contabilizamos 14% de queda no volume exportado. Então em 2015 estamos projetando uma queda de 8%", afirma a consultora.
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