Aumento na oferta de animais terminados já faz média de preços recuar em São Paulo. Referência chega a R$149,00/arroba
Publicado em 29/04/2015 12:19
Aumento na oferta de animais terminados já faz média de preços recuar em São Paulo. Referência chega a R$149,00/arroba
Um ligeiro aumento na oferta de animais tem causado pressão nas cotações da arroba do boi gordo. Em São Paulo a referência recuou para R$ 149,00/@ à vista e R$ 150,00/@ a prazo.
Para Alex Santos Lopes, consultor da Scot Consultoria, o volume de animais que entraram no mercado ainda não é elevado, no entanto, desde o inicio deste ano a oferta tem sido restrita, então qualquer aumento de animais prontos impacta nos preços.
"Qualquer melhoria de oferta, dado o cenário tão restritivo em termos de animal para ser abatido seria suficiente para os frigoríficos testarem um pouco mais o mercado, e foi o que aconteceu nos últimos dias", explica Lopes.
Para ele, o comportamento esperado para o mês de maio é de novas quedas, haja vista a degradação das pastagens com a entrada do período de frio, que força o pecuarista a entregar os animais. Além disso, tradicionalmente neste mês é registrado um volume maior de oferta.
No mercado futuro, o boi maio já é negociado a R$ 146,00/@ e a referência junho a R$ 145,00/@, reforçando perspectiva de baixa na arroba. Porém, "para que o movimento de baixa perdure até junho é preciso que a oferta de animal seja um pouco maior, e ao que tudo indica não tinha muito boi sendo retido", afirma Lopes.
Outro fator que deve colaborar com a pressão nos preços é a dificuldade na demanda, a qual os frigoríficos estão com as margens pressionadas e não conseguem sustentar altos patamares na arroba.
O levantamento semanal da Scot Consultoria para a carne sem osso apontou queda no preço atacado dos cortes traseiros e aumento 20% no corte dianteiro desde o começo do ano. Então "a indústria tem conseguido precificar produtos de melhor escoamento, e fica claro que a oportunidade de colocar mais carne no mercado é através de produtos mais baratos", ressalta o consultor.
O cenário econômico do país tem desfavorecido o consumo de proteínas animais, em especial a carne bovina. Com isso a margem da indústria está apertada, mas com o recuo na cotação da matéria prima essa diferença teve uma leve recuperação.
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Por:
Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas
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