Cotações da arroba do boi em São Paulo registram leve melhora mostrando que a oferta de animais continua restrita e apontando para novos patamares de preços
Publicado em 16/03/2015 12:07
Cotações da arroba do boi em São Paulo registram leve melhora em negócios pontuais mostrando que a oferta de animais continua restrita e apontando para novos patamares de preços
As cotações da arroba do boi em São Paulo registram pontuais melhoras no inicio da semana, no entanto a oferta de animais continua restrita e apontando para novos patamares de preços.
Segundo Alex Santos Lopes, consultor da Scot Consultoria, mesmo com o comportamento de poucas negociações comum da segunda-feira, houve reajuste em alguns contratos por parte da indústria, ofertando R$ 1 real acima dos patamares da semana passada de R$ 143,00 a R$ 145,00 à vista.
"O encurtamento das escalas, fez as indústrias abrirem a semana pagando mais para conseguir escalar e trabalhar com maior tranquilidade nos próximos dias", explica Lopes.
A superação de alguns patamares no inicio da semana é reflexo da oferta restrita, em função "do ciclo de produção e da seca de 2014", que para Lopes não representa uma retenção dos pecuaristas na pretensão de conseguir melhores preços.
Contudo, a recuperação não significa novas referências para as cotações, afirma Alex. O movimento é uma sinalização de tendência altista, mas "é preciso aguardar as próximas semanas para avaliar se os preços vão se manter nestes patamares", completa.
Ainda, segundo o consultor, o mercado não deve registrar 'explosões' de preços, porque "o limitador de preços neste ano é a demanda baixa por carne, onde os frigoríficos não conseguem repassar os preços para a carne e ofertar mais pela arroba", ressalta Lopes.
Nesse cenário, o mercado de carne continua fraco - devido o cenário econômico - e o consumo deve diminuir na segunda quinzena do mês, haja vista a descapitalização do consumidor.
As exportações também continuam em baixa, como explica Lopes, porque os principais compradores de carne brasileira perderam seu poder de compra com a desvalorização do barril de petróleo.
"Infelizmente o Brasil é muito dependente de alguns compradores. Embora exporte para mais de 100 países, 5 ou 6 deles representam 2/3 de todos os embarques, então atenção ao preço do petróleo para ver se haverá capacidade desses países voltarem a exportar grande volume de carne do Brasil", conclui Lopes.
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Por:
Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas
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