Abiove espera pela volta da mistura B13 já no próximo leilão da ANP, mas decisão ainda não foi oficializada
A Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) espera que a mistura B13 seja, de fato, retomada no 80º leilão da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) como sinalizou a ministra Tereza Cristina em um evento virtual do qual participou no início deste mês. A decisão, no entanto, ainda não foi oficializada e é de alçada do Ministério de Minas e Energia.
"O setor produtivo se estruturou com a compra de matérias-primas, com o processamento de soja, com a industrialização para biodiesel, temos um parque com capacidade instalada para B16 no próximo leilão, ou seja, temos todas as condições para que o Brasil usufrua do biodiesel e de todas as suas externalidades", explica Daniel Amaral, economista chefe da Abiove.
Assim, quando da declaração da ministra ela fala na implementação do B15 até o final deste ano, Amaral afirma que não só é possível, como muito necessário para que o Brasil alcance metas importantes. "E a ministra sabe que o biodiesel fomenta o esmagamento de soja no Brasil, e isso é importante porque assim produzimos mais farelo proteico, o que é fundamental para as rações", diz.
Apesar da sinalização da mudança, com a redução da mistura o processamento de soja vem caindo no Brasil, já acumula uma baixa de 500 mil toneladas e a Abiove já traz, por duas estimativas consecutivas, uma revisão para baixo do esmagamento de soja no país. O volume estimado agora é de 46,5 milhões de toneladas, 200 mil a menos do que a estimativa anterior e 1% se comparado ao volume de 2020.
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