Para 'pai' do RenovaBio, venda direta de etanol não é ameaça a um programa que também valoriza a distribuição
A venda direta de etanol não é uma ameaça ao programa do Renovabio, pois o sistema também valoriza a distribuição do produto. Além disso, a estrutura do projeto permanece a mesma desde a criação do programa.
De acordo com o diretor de Biocombustíveis - MME, Miguel Ivan Lacerda, nesta primeira fase as empresas já podem se cadastrarem na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). “É a resolução que possibilita a certificação em ciclo de vida das empresas, mas essa primeira fase é a certificação de empresas que serão certificadoras de usinas de biocombustíveis”, afirma.
Lacerda ainda conta que o ministro Fernando Bezerra fez um convite para ele integrar o ministério de Minas e Energia como diretor de Biocombustíveis. “O programa surgiu com a ideia de pegar um artigo desenvolvido por pesquisadores da Embrapa Meio ambiente e casar ele com modelo econômico desenvolvido por economistas americanos”, aponta.
È preciso esperar para ver como o próximo governo vai considerar as vendas diretas de etanol, pois é algo muito complexo. “Tem uma complexidade sobre a venda direta que não é essa só que está tirando o atravessador e o preço vai diminuir na ponta. Isso pode acontecer como também pode não ocorrer”, comenta.
O renovabio valoriza o serviço da distribuição, porém isso tudo depende visão estratégica do governo. “Se o governo optar por abrir totalmente esse mercado vamos ter que adaptar alguma coisa do programa, mas hoje a lei restringe o prêmio do programa as vendas de distribuição”, diz.
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