Mesmo carregando o país “nas costas”, Governo não coloca agricultura como prioridade, afirma senador
Mesmo carregando o país “nas costas”, Governo não coloca agricultura como prioridade, afirma senador
No Conexão Campo Cidade desta semana, o senador Ireneu Orth (PP) afirmou que o Governo Federal não coloca a agricultura como prioridade número um do país, mas sim como número dois ou três, e assim por diante, nesse ordem de prioridades.
Para o senador, o setor que tem carregado o país nas costas nos últimos anos como ele afirmou, a agricultura receberia amais atenção do governo, receberia mais prioridade para que “efetivamente o produtor não ficasse nesse angústia diária e constante para saber se sua atividade vai continuar ou não”, avaliou.
A maior preocupação existente no campo atualmente para Orth é a insegurança do produtor não saber se vai conseguir continuar ou não seguir na atividade. Seria necessário, segundo ele, que o produtor tivesse um seguro bem estabelecido e o crédito necessário disponível para que ele consiga trabalhar.
Plano Safra 24/25
Durante a conversa, Orth também revelou que nesta quarta-feira (03) deve ser anunciado um total de R$ 475 bilhões e 560 milhões no Plano Safra. Esse valor é cerca de 9% maior que o do anterior, que foi de R$ 435,8 bilhões.
A primeira crítica em relação ao Plano Safra foi que o bancada do agro esperava um total de R$ 20 bilhões vindos do governo destinados à equalização dos juros, porém esse valor deve ser de R$ 16,7 bilhões.
Ele apontou que o valor total deste ano é praticamente o montante do ano passado com a inflação do período. Mas para ele o maior problema é que Plano Safra deveria ter sido anunciado há mais tempo. “Historicamente, o Plano Safra é anunciado em junho, nós estamos em julho. E no campo o trabalho não espera”, declarou o senador.
Atraso do Plano Safra atrapalha trabalhos no campo
Orth destacou que a cada dia que o Plano Safra atrasa, atrasa também os trabalhos no campo. O senador se mostrou preocupado sobretudo com o Rio Grande do Sul, onde será necessário uma atenção especial com o solo por conta do excesso hídrico. “Cada dia que atrasa é um dia a menos para você preperar o solo para o plantio. Quando não tem recursos, isso atrasa toda a atividade”, destacou.
O economista Antônio da Luz, da mesma maneira, reforçou a insatisfação com o atraso. Segundo ele, a ideia é anunciar em maio, para dar tempo das portarias do Tesouro serem publicadas, para depois chegar nas agência bancárias. “É importante o anúncio ser feito em maio, para em 1º de julho as agência estarem lotadas com produtores tomando recursos do novo plano safra para fazer aquisição dos insumos e dar conta da logística, para chegar dentro do prazo do plantio no tempo certo”, explicou.
Plano Safra 24/25 não deve repetir os erro do anterior
Antônio da Luz destacou também que deve ser anunciado o maior Plano Safra da história, o que aconteceu também no último ano. Porém, ele reveou que mesmo com anúncio no ano passado de R$ 435,8 bilhões, após levantamento no Banco Central, foi constado que os valores tomados até junho deste ano somaram R$ 369 bilhões.
“Faltaram 65 bilhões que foram anunciados, mas não foram emprestados”, afirmou o economista. “O Plano safra tem caminhado mais para ser um momento político, mas do ponto de vista prático, o governo anuncia o que quer. Espero que o governo, desta vez, anucie o que definitivamente tenha para ser disponibilizado”, completou
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