Medidas para reduzir emissões de carbono no planeta têm que ser aplicadas por todos os países

Publicado em 11/12/2023 18:35 e atualizado em 15/12/2023 18:08
Conexão Campo Cidade -
Conexão Campo Cidade destacou as discussões da COP 28 e reforçou que não basta o Brasil desenvolver uma agricultura ambientalmente sustentável, enquanto outros países não contribuem da mesma maneira

O Conexão Campo Cidade desta semana teve como principal foco de discussão a COP 28, que encerra nesta terça-feira (12). De forma geral, os participantes fizeram críticas ao evento, que ainda continua muito preso à teoria e não traz resultados práticos, além de perceberem também a falta de comprometimento de alguns líderes de governo com as práticas que lá são programadas.

 

COP 28: Nem todos os países estão comprometidos com a redução das emissões de carbono

Uma das principais contradições da COP 28 está no fato de ter como presidente Al Jaber, o qual é chefe da empresa petrolífera estatal dos Emirados Árabes Unidos (EAU), a Abu Dhabi National Oil Company (Adnoc). Antes do evento, como foi revelado pelo jornal britânico The Guardian, Al Jaber afirmou que o aquecimento global por conta do uso de combustíveis fósseis não tem comprovação científica.

Para os participantes do Conexão Campo Cidade, nunca haverá uma solução para essas questões enquanto não houver consenso entre os países e todos se empenharem no mesmo propósito. Marcelo Prado destacou que ainda há chefes de países que não se dispõem a colaborar para a redução das emissões de gás carbônico.

 

Empresas se preocupam com a imagem de ESG, mas falta apoio financeiro a iniciativas reais

O economista Antônio da Luz ressaltou durante o programa que os produtores brasileiros têm diversas práticas que colaboram com a sustentabilidade ambiental e estão abertos a adotar novas práticas. Porém, muitos deles precisam de um investimento financeiro e o produto precisa ter retorno com isso. Segundo ele, muitas empresas se mostram preocupadas com os padrões ESG e se declaram engajadas com isso, mas falta ainda um “desembolso”. De acordo com o economista, é necessário ir além do discurso e contribuir financeiramente com práticas reais, como as que são aplicadas pela agricultura brasileira.

 

Evolução da agricultura tropical deve ser creditada aos esforços da ciência brasileira

Os cientistas brasileiros são os grandes responsáveis pelo desenvolvimento da agricultura tropical, como frisaram os participantes do "Conexão Campo Cidade". A pesquisa científica é muito forte no Hemisfério Norte, sobretudo na Europa e nos Estados Unidos, porém o desenvolvimento das práticas agrícolas adaptadas ao clima tropical, as quais permitiram que o Brasil tenha a produção sustentável atual, deve ser devidamente atribuído aos esforços de pesquisadores e produtores brasileiros. Exemplo disso é a vinda de outros países onde predomina o clima mais quente ao Brasil, em busca das tecnologias que por aqui foram desenvolvidas e aplicadas com sucesso.

 

Consumo de arroz e pesquisa de Harvard

Marcelo Prado chamou a atenção para um estudo feito na Universidade de Harvard, que apontou o arroz como um alimento que contribui para a elevação do açúcar no sangue. Porém, ele também destacou que uma nutricionista questionou a pesquisa por levar em consideração o consumo do arroz separado de outros alimentos, o que reduziria o índice glicêmico do cereal. Além disso, Antônio da Luz fez uma comparação do nível de obesidade entre os Estados Unidos, onde não se consome arroz branco diariamente, e países como o Brasil e nações asiáticas, onde o consumo do cereal é muito maior. Para ele, isso demonstra que, na prática, o consumo do arroz se mostra prejudicial para a saúde, assim como outros alimentos.

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Por:
Igor Batista
Fonte:
Notícias Agrícolas

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