Mais do que nunca, produtor rural precisa estar bem informado para aproveitar bons momentos do mercado

Publicado em 07/08/2023 18:06 e atualizado em 14/08/2023 17:39
Conexão Campo Cidade -
No final de julho, o agricultor brasileiro recebeu notícias sobre as condições ruins de clima nos Estados Unidos e bombardeios da Rússia a portos da Ucrânia; aqueles que entenderam tais novidades, aproveitaram uma alta no preço da soja, que se perdeu em menos de duas semanas
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Mais do que nunca, produtor rural precisa estar bem informado para aproveitar bons momentos do mercado

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Este ano, como destacou Marcelo Prado no Conexão Campo Cidade, o preço da soja caiu 32%, mas os fertilizantes e defensivos tiveram quedas ainda mais acentuadas, 54% e 37% respectivamente. Isso indica que o custo de produção para a safra 23/24 será reduzido, gerando otimismo entre os produtores.

No entanto, um ponto de preocupação destacado é a logística, especialmente na chegada de insumos agrícolas. Muitos produtores retardaram suas compras, o que pode resultar em desafios logísticos no futuro próximo.

Além disso, a semana marca o início do Congresso da ANDAV, um evento que reúne especialistas e líderes do setor para discutir os desafios da distribuição de insumos agrícolas e veterinários. O congresso é visto como um fórum crucial para a indústria, proporcionando uma plataforma para discussões estratégicas e networking.

Roberto, um dos participantes do vídeo, refletiu sobre a safra deste ano, destacando o clima favorável e a adoção de tecnologias avançadas como fatores-chave para o sucesso. No entanto, ele expressou preocupações sobre a próxima safra, citando a queda nos preços do milho e os desafios logísticos como possíveis obstáculos.

Em resumo, o agronegócio brasileiro está em um momento de transição. Enquanto o otimismo prevalece, os desafios logísticos e as incertezas do mercado exigem uma abordagem estratégica e bem informada por parte dos produtores e stakeholders do setor.

 

CONGRESSO ABAG: Inovação, Governança e o Futuro do Agronegócio Brasileiro

O Congresso da ABAG, realizado na segunda-feira (07) foi outro tema apresentado Conexão Campo Cidade desta semana. O evento trouxe à tona discussões cruciais sobre o futuro do agronegócio brasileiro. O congresso também abordou questões geopolíticas e sua influência nas decisões agrícolas do Brasil. Roberto Rodrigues  destacou a palestra de Roberto Azevedo, ex-diretor geral da Organização Mundial do Comércio.

Ele enfatizou a transição para uma economia verde e reconheceu o Brasil como líder em sustentabilidade. Ele alertou sobre a necessidade de uma abordagem mais aprofundada das questões ambientais e a importância da participação ativa do setor privado.

 

José Luiz Tejon é homenageado com o prestigioso prêmio Ney Bittencourt Araújo no Congresso da ABAG

Em um momento de destaque durante o Congresso da ABAG, José Luiz Tejon, figura renomada no agronegócio brasileiro e participante fixo do Conexão Campo Cidade, foi agraciado com o prêmio Ney Bittencourt Araújo. A honraria é concedida anualmente a personalidades que se destacam por suas contribuições significativas ao setor agrícola do país.

O prêmio, que leva o nome de Ney Bittencourt Araújo, homenageia o visionário que, já nos anos 70, possuía uma visão sistêmica do agronegócio, sendo fundamental para o desenvolvimento e consolidação desse conceito no Brasil. A entrega deste prêmio é um dos momentos mais aguardados do congresso, e este ano, a escolha de Tejon como homenageado foi recebida com entusiasmo pelos participantes.

José Luiz Tejon, ao longo de sua carreira, tem sido uma voz influente no agronegócio brasileiro, contribuindo com insights, pesquisas e discussões que ajudaram a moldar o setor. Sua participação no programa Conexão Campo Cidade tem sido fundamental para conectar diferentes esferas do agronegócio, promovendo debates construtivos e disseminando conhecimento.

A entrega do prêmio foi um reconhecimento à trajetória de Tejon e à sua dedicação incansável ao agronegócio brasileiro. Em seu discurso de agradecimento, Tejon reforçou a importância da inovação, governança e sustentabilidade para o futuro do setor, ecoando os temas centrais do congresso.

 

O Futuro do Agronegócio Brasileiro: Desafios e Perspectivas para 2033

José Luiz Tejon afirmou que lança um desafio sempre que encontra líderes do setor agropecuário, questionando sobre as projeções de produção para a safra brasileira em 2033. As estimativas variaram, com algumas vozes mais conservadoras projetando 400 milhões de toneladas e outras mais otimistas, apostando em 600 milhões.

Marcelo Prado disse que sua projeção é de 500 milhões de toneladas para 2033, baseando-se em dados da FAO. Segundo ele, a demanda global por alimentos está crescendo a uma taxa de 1,3% ao ano, enquanto a oferta cresce a 1,1%. Com a necessidade crescente de alimentos e a limitação de terras em outras regiões, como Estados Unidos e Europa, o Brasil surge como o principal player para atender a essa demanda.

A discussão também abordou o papel da tecnologia e do empreendedorismo no crescimento agrícola do Brasil. Desde o ano 2000, o agronegócio brasileiro viu suas exportações saltarem de 20 bilhões de dólares para 160 bilhões em 2022, um crescimento oito vezes maior em apenas 22 anos.

O debate também destacou a importância dos biocombustíveis como alternativa sustentável. Roberto Rodrigues mencionou discussões em andamento na indústria aeronáutica sobre o uso de etanol e biodiesel como combustíveis, o que pode abrir novos horizontes para o agronegócio brasileiro.

 

Mudanças Globais de Consumo 

Marcelo Prado compartilhou suas observações sobre mudanças nos hábitos de consumo nos Estados Unidos. Ele notou um aumento na demanda por alimentos saudáveis, com supermercados destacando áreas de frutas, vegetais e carnes. A ênfase na rastreabilidade e na sustentabilidade também foi evidente, com produtos bem embalados e com valor agregado.

Roberto Rodrigues, que recentemente visitou a Europa, concordou com a observação de Marcelo, mas também destacou o crescente protecionismo na Europa. Ele mencionou que, embora a defesa do meio ambiente seja um argumento legítimo, muitos países europeus estão usando isso como uma barreira não tarifária, dificultando a entrada de produtos de países que não seguem as mesmas diretrizes ambientais.

O debate também abordou o envelhecimento da população europeia e a chegada de novos imigrantes, que estão trazendo mudanças nos hábitos alimentares e de consumo. Essas mudanças, juntamente com as políticas protecionistas, podem ter implicações significativas para o agronegócio brasileiro no futuro.

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Fonte:
Notícias Agrícolas

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