A importância do marketing para impulsionar as cadeias de produção do agronegócio brasileiro
O agronegócio e os setores urbanos estão intrinsecamente conectados, já que as cadeias produtivas de alimentos influenciam diretamente no cotidiano das cidades. Porém, muitos ruídos de comunicação entre as duas pontas geram discussões e desentendimentos que merecem atenção. Nesse contexto, o site Notícias Agrícolas e a consultoria MPrado desenvolveram o projeto Conexão Campo e Cidade, que visa debater diversas questões relacionadas aos negócios que envolvem os ambientes urbanos e rurais.
Confira aqui todas as edições do Conexão Campo Cidade
Campo e cidade se conectam pelo consumo. Um depende do outro e a melhoria de um resulta na melhoria do outro. Quanto maior a produção no campo, melhor a oferta para cidade, quanto maior o consumo na cidade, melhor a demanda para o campo. Pensando nesse equilíbrio, a Associação Brasileira de Carne Suína (ABCS) desempenhou um papel que resultou na duplicação do consumo de carne de porco no Brasil em um período de 10 anos. Para falar sobre isso, o Conexão Campo Cidade desta semana recebeu Livia Machado, coordenadora PNDS da ABCS.
Pesquisa e aproximação com o consumidor
Há 10 anos o Brasil já era exportador de carne suína, porém o consumo dentro do país era expressivamente menor, como relatou Livia Machado. Por causa disso, a ABCS realizou uma pesquisa, para entender quais motivos resultavam nessa baixa demanda interna.
Após a pesquisa, a iniciativa tomada pela associação foi responder as dúvidas que a sociedade tinha em relação à carne de porco, pois havia um grande desconhecimento sobre os benefícios de seu consumo e alguns preconceitos que precisavam ser desfeitos. Então essa aproximação com os consumidores foi a principal iniciativa para alavancar o consumo, como contou a coordenadora.
Conexão entre as cadeias
Outro fator, desta vez destacado por José Luiz Tejon, que culminou em um aumento de consumo da carne suína dentro do Brasil foi a conexão entre as cadeias, desde a produção até a comercialização. Segundo ele, foi feito um trabalho muito forte pela ABCS para ter uma boa relação com a rede varejista, que onde há o maior contato dessa cadeia com o consumidor final.
Isso foi importante até mesmo durante o período atual com margens apertadas, pelo qual atravessam os produtores de proteína animal. A situação tem melhorado e novembro deve ser o primeiro mês em que custo de produção e estará próximo do preço que a carne suína é comercializado, segundo Machado.
Essa recuperação somente aconteceu porque no início deste ano a ABCS promoveu uma série de diálogos com supermercados, a fim de equilibrar os valores entre os produtores, frigoríficos e o varejo, a fim de diminui o prejuízo do produtor, que na época era de aproximadamente R$ 2,00/kg de carne suína comercializada.
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