Reexportação de fertilizantes pelo Brasil é movimento pontual e em nada compromete abastecimento, explica analista
A notícia da reexportação fde fertilizantes pelo Brasil nesta semana surpreendeu, porém, como explicou o analista da Agrinvest Commodities, Jeferson Souza, em nada deve mudar o atual cenário brasileiro. As importações do Brasil têm volume recorde no período de janeiro a setembro, há dificuldades e altos custos para a armazenagem, o que acabou desencadeando o movimento que, no entanto, é apenas pontual.
"É importante esclarecermos que já estamos vendo um arrefecimento das nossas importações. No primeiro semestre do ano tínhamos um volume muito superior ao ano passado, agora estamos 4% superior ao ano passado somente. E acredito que nos meses de outubro e novembro de 2022 ficarão abaixo de 2021, porque já percebemos isso nos lineups nos portos", diz Souza, em entrevista ao Notícias Agrícolas.
A dificuldade de armazenagem de fertilizantes no Brasil já é conhecida, porém, como os importadores adiantaram suas compras temendo dificuldades de oferta em função dos temores sobre a oferta, por uma série de variáveis, mas em especial a guerra entre Rússia a Ucrânia.
"As importações subiram muito rápido e, por outro lado, o consumidor - que é o produtor rural brasileiro - diminuiu sua demanda por fertilizantes. Por isso, inclusive, é que vemos essas quedas nos preços, de 40% a 60%, de maio até agora", detalha o analista.
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