As influências políticas no agronegócio e a convergência entre o Brasil do campo e da cidade

Publicado em 10/10/2022 18:49 e atualizado em 18/10/2022 16:48
Conexão Campo Cidade
Política foi o tema central do Conexão Campo Cidade desta semana, com um debate do nosso time de especialistas sobre as medidas que podem ajudar o produtor rural e, consequentemente, a nação de forma geral

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O agronegócio e os setores urbanos estão intrinsecamente conectados, já que as cadeias produtivas de alimentos influenciam diretamente no cotidiano das cidades. Porém, muitos ruídos de comunicação entre as duas pontas geram discussões e desentendimentos que merecem atenção. Nesse contexto, o site Notícias Agrícolas e a consultoria MPrado desenvolveram o projeto Conexão Campo e Cidade, que visa debater diversas questões relacionadas aos negócios que envolvem os ambientes urbanos e rurais.

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O agronegócio gera votos? Foi com este questionamento que Marcelo Prado deu início as discussões dessa semana. Em época de eleições, fica claro a influência que o agro brasileiro tem sobre a política e candidatos tentam demostrar seu apoio, com objetivo de conquistar o eleitorado no meio rural. Contudo, mais do que isso, como destacou o time do Conexão Campo Cidade, o apoio à agropecuária pode gerar muitos votos no ambiente urbano, pois a cidade sabe da importância do campo. 

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Apoio ao agronegócio se converte em votos oriundos no meio urbano 

O primeiro ponto trazido no programa, por José Luiz Tejon, foram os votos que a agropecuária gera para os candidatos políticos. O jornalista, publicitário e professor apresentou dados de uma pesquisa, a qual mostra que 87,5% das pessoas entrevistadas acham o agro relevante para cidade onde moram. Além disso, 90,5% acreditam que o futuro presidente precisa dar mais atenção a questão dos alimentos. 

Portanto, Tejon ressaltou que estão claros na cabeça do cidadão urbano os temas de alimentação, biocombustível e ambiental. Por esse motivo, o apoio ao agronegócio se converte em votos, porém é preciso que seja apresentado um planejamento. "Sim, agronegócio trabalhado no mundo urbano gera votos, sim senhor", concluiu. 

Outro ponto, destacado por Roberto Rodrigues, foi de que em São Paulo, nas eleições de ano, foram eleitos vários parlamentarem cujo compromisso com o agro é bastante significativo. Mais do que isso, aqueles deputados, que no último mandato trabalharam em prol também do agronegócio, contaram com a aprovação popular e foram reeleitos em grande parte. 

 

Barreira entre campo e cidade é mais ideológica e geográfica do que verdadeira

Essa questão tratada anteriormente, para Antônio da Luz, economista-chefe do Sistema Farsul, demonstra que campo e cidade têm uma barreira muito mais ideológica, ou de compreensão física e geográfica, do que propriamente verdadeira. 

Um dado que demonstra isso é o faturamento das principais indústrias brasileiras, com o topo do ranking preenchido por empresas de alimento e combustíveis. Portanto, a maior indústria brasileira é a indústria do agro, contudo, elas estão situadas, na maior parte na cidade, com trabalhadores que moram nas cidades, os quais são tão importante para o agronegócio quanto o produtor rural. 

Então, existe uma ligação entre o campo e a cidade, que começa desde a produção de máquinas e insumos no ambiente rural, pesquisa para desenvolvimento genética, passando pela produção no campo e continuando na industrialização e consumo nas cidades. "O agronegócio é o Brasil que dá certo no campo e dá certo na cidade, e não existe essa barreira. Nós somos o Brasil que dá certo, esteja trabalhando no campo ou na cidade". 

 

Pontos essenciais para o agronegócio 

Pensando no segundo turno das eleições, Roberto Rodrigues destacou que os candidatos não podem esquecer de apresentar projetos relevantes, com estratégias para o agronegócio. O primeiro tema que precisa dessa atenção é o de infraestrutura. Com parceria público-privadas, reformas tributárias e outros meios possíveis, é preciso que aumente o investimento para melhorar a infraestrutura logística do Brasil, para ajudar o agronegócio. 

Outro tema que deve ter um planejamento estratégico é em relação aos acordos comerciais. O Brasil precisa ampliar os países com que faz suas negociações, para expandir seu mercado e também vender produtos com valor agregado. 

Mais um ponto é a tecnologia, o agronegócio precisa de tecnologia para seu desenvolvimento. Um quarto ponto é em relação à renda no campo, com seguros que estejam funcionando adequadamente. E por último, mas não menos importante, são necessários projetos com foco na sustentabilidade, com fiscalização de ilegalidades que precisam ser eliminadas. 

Marcelo Prado também destacou alguns temas: primeiro, a educação, pois o agro brasileiro cada vez mais exige níveis maiores de conhecimento, principalmente em relação à tecnologia. Outro ponto foi a segurança júrica, pois, para ele, o produtor precisa ter a garantia que sua terra não será invidida. Por fim, ele citou a possibilidade de haver investimentos internacionais no agro brasileiro, uma questão que, segundo ele, precisa ser melhor discutida. 

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Por:
Igor Batista
Fonte:
Notícias Agrícolas

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