A uma semana da Agrishow, Conexão Campo Cidade recebe Francisco Matturro, presidente da feira
O agronegócio e os setores urbanos estão intrinsecamente conectados, já que as cadeias produtivas de alimentos influenciam diretamente no cotidiano das cidades. Porém, muitos ruídos de comunicação entre as duas pontas geram discussões e desentendimentos que merecem atenção. Nesse contexto, o site Notícias Agrícolas e a consultoria MPrado desenvolveram o projeto Conexão Campo e Cidade, que visa debater diversas questões relacionadas aos negócios que envolvem os ambientes urbanos e rurais.
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No programa desta semana, esteve presente Francisco Mutturro, atual secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, e presidente da Agrishow, uma feira de internacional de tecnologia agrícola realizada em Ribeirão Preto, no estado de São Paulo, que acontecerá entre os próximos dias 25 e 29 de abril.
Agrishow 2022
Sobre a feira, Mututto afirmou que a expectativa é muito positiva. São três anos sem a realização do evento. Já não há vagas em hotéis. Ele ressalta que no Brasil há um grande uso de máquinas. Em outros países, as máquinas ficam paradas durante o inverno, enquanto que nas lavouras brasileiras trabalham durante o ano inteiro. Os grandes lançamentos estão na Agrishow. Essa troca de informações entre produtor e fabricante é uma riqueza.
Antônio da Luz destacou que a feira é um lugar onde as pessoas se encontram. Para ele, as pessoas estão mal acostumadas a acharem que inovação é aparelho celular. Inovação são soluções que podem ser colocadas em práticas. Ele duvida que existam feiras com mais inovação do que as feiras agropecuárias brasileiras.
As máquinas que estarão na feira atendem pequenas, médias e grandes propriedades. A mesma tecnologia tem na plantadeira grande, quanto na de três linhas. As máquinas hoje estão conectadas a centros de operação, de forma on-line, para que os problemas sejam resolvidos remotamente.
PIB da China cresce 4,8% no 1º trimestre
Antônio da Luz destacou a correlação do crescimento chinês com a necessidade de consumo e as importações de produtos brasileiro. A alta do PIB no país asiático beneficia a demanda agrícola brasileira.
Os novos lockdowns vão afetar as importações brasileiras no segundo semestre. Porém, na última semana, os embarque para China de soja americana foram muito fortes. Somado a isso, os números de crescimento do PIB trazem uma expectativa muito grande para o mercado durante as próximas semanas.
Taxa de câmbio
Outro ponto destacado por Antônio, o Real está se fortalecendo por uma série de razões. Uma delas é o aumento da taxa Selic. Mas já estava subindo e o volume de dólar entrando no país não era tão grande. Então tem outro aspecto, que tinha feito o Real desvalorizar muito, foi o deficit fiscal. O lado fiscal brasileiro melhorou muito, devido a inflação, que eleva a receita dos governos.
Somado a isso, a guerra fez com que muito dinheiro saísse dos países envolvidos, e a escolha foi o Brasil, por pagar as dívidas corretamente e ter uma alta taxa de juros. Com isso, veio uma enxurrada de dólar para o Brasil. Mas esse dinheiro não veio para movimentar a economia com investimentos diretos, veio para investimento em carteira, para o mercado de capitais.
Quando isso ocorre, da mesma maneira, na mesma velocidade que esse dólar chegou no Brasil e fez com que o preço do Real se valorizasse, ele pode sair também do Brasil. Por isso as pessoas precisam ficar atentas a novas movimentações consideráveis da taxa de câmbio, tanto para baixo quanto para cima.
Para ele, o problema do câmbio não é tamanho, se está alto ou baixa, é com movimento. É ruim quando faz contrato com um determinado valor e quando chega o dia as coisas estão com outros preços. Agora, é momento de colheita da safra de verão e intensa movimentação.
É impressionante como defendem apenas um candidato. Resumem o Brasil inteiro em apenas três pessoas. As eleições têm se aproximado e se fala apenas de qualidade e defeitos dos candidatos, mas não pensa as soluções para a parte econômica.
Aumento na produção de grãos no Brasil
Tejon disse que quando é questionado a respeito de como está o agronegócio, ele responde depende, do que tem grão para vender, está ótimo. Agora o que precisa de grão, está terrível. Ele conversou com integrantes do sindicato rural de Bastos. Ela frisou que o preço do milho e da soja triplicaram, enquanto que não conseguem repassar o preço do ovo para o consumidor. Ao mesmo tempo, o consumo aumentou de 140 ovos por habitante ao ano para 251 ovos.
O que os produtores teriam de recomendar para o governo. A resposta foi de que é necessária uma reforma da política de grãos do Brasil. “Nós precisamos de muito mais grão”. Ouvia dos grandes mestres que o grão está para o agronegócio, assim como aço está para a indústria. É preciso plantar muito mais e ninguém está debatendo.
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