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Recente disparada dos fertilizantes eleva relações de troca no BR a patamares recordes

Publicado em 10/03/2022 15:17 e atualizado em 10/03/2022 16:21
Jeferson Souza - Analista de Fertilizantes da Agrinvest
Para o KCl, em três semanas, média passou de 27 para algo entre 37 e 38 sacas no porto de Paranaguá, considerando a safra de soja 2022/23, e no MAP passa de 40 sacas. Poder de compra diminuiu agressivamente e, no curto prazo, fertilizantes não dão sinais de arrefecimento nos preços.

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Entrevista com Jeferson Souza - Analista de Fertilizantes da Agrinvest sobre os Fertilizantes

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A recente disparada nos preços dos fertilizantes - intensificada por já 15 dias de conflito efetivo entre Rússia e Ucrânia, além de outros componentes deste mercado - fez dispararem também as relações de troca para os produtores brasileiros. Afinal, nas últimas duas semanas todos os grupos apresentam ganhos muito intensos, chegando a tirar, momentâneamente, os referenciais de valores para a efetivação de negócios, como explicou o analista de fertilizantes da Agrinvest Commodities, Jeferson Souza. 

No intervalo de três a quatro semanas, o MAP registrou um aumento de cerca de 41%, levando a tonelada a impressionantes R$ 1200,00 por tonelada. Além da guerra, o mercado de fosfatados ainda reflete a falta da China no mercado - que é maior exportadora mundial de fósforo - seguida pra Rússia. 

"Poucas coisas mudaram (nos últimos dias), o que mudou foi o nível de preços, que explodiu. E isso nós já esperávamos", diz. E os fosfatados hoje lideram os ganhos, mas com a ureia vindo na carona - que já chega a  testar os US$ 1000 por tonelada - bem como o cloreto de potássio. E os valores praticados para a ureia podem continuar se mexendo de forma bastante expressiva, com uma volatilidade intensa para todos os nitrogenados. 

COMPORTAMENTO DOS PRODUTORES RURAIS x RELAÇÕES DE TROCA

"O mundo inteiro está nessa corrida para garantir seus fertilizantes", explica o analista, complementando que não só no Brasil os produtores têm buscando garantir boa parte de suas compras de insumos, mas também na Argentina e na França, por exemplo. "E para a América do Sul como um todo o risco é muito sério". 

De dezembro a fevereiro, os produtores brasileiros viram as relações de troca para a soja caírem em função da valorização de oleaginosa, números que agora voltam a subir. Para o KCl, por exemplo, as relações passaram de 33 para 27 sacas e voltaram a testar níveis de 37 a 38 por tonelada do fertilizante. Para o MAP, a relação de troca, que também estava caindo até fevereiro, hoje ultrapassa as 40 sacas de soja. 

"O poder de compra do produtor sofreu muito nestas últimas três semanas, há uma forte queda no poder de compra da soja 2022/23. Olhando para este cenário podemos dizer até que a soja vai precisar se valorizar daqui para frente para melhorar a relação de troca e estimular o produtor brasileiro. Esse movimento precisa acontecer", explica Souza. 

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Nadir Sousa Gameleira de Goiás - GO

    O que já estava difícil fica pior

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      PLANTA DE FERTILIZANTES PARADA EM 2015 POR CORRUPÇAO---SO" PARA REFRESCAR A MEMORIA

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    • QUINCAS BERRO D'ÁGUA Rondonopolis - MT

      Carlo, eu farejo prepotencia e arrogancia a kilometros, veja que logo no inicio do comentário o ou a Nadir já começa esculhambando, voce Carlo é uma pessoa que tem uma mania feia, para no final do comentário dizer que ele é o portador, aquele que possui a visão de futuro mais correta, a de que para beneficiar grupos economicos nacionais as custas dos produtores brasileiros que segundo esse pensamento tacanho e atrasado, de que produzir no país, mesmo que o produto seja mais caro ao consumidor, seria melhor que importar mais barato, enquanto isso por aqui plantas de fertilizantes paradas pela corrupção do PT.

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    • QUINCAS BERRO D'ÁGUA Rondonopolis - MT

      Sigo, ... essa visão perfeita de futuro é a seguinte, quando os produtos brasileiros estão mais caros que os estrangeiros é preferivel taxar a importação para que no Brasil os partidários do governo lucrem mais, isso exclui reduzir impostos para tornar nossa indústria mais competitiva, os recursos naturais transformados em matéria prima devem primeiro satisfazer os interesses do estado não do individuo, do empresário, é a visão coletivista da sociedade em que tudo é virado ao avesso a ponto de nos quererem fazer acreditar que pagar mais caro por um produto é melhor que pagar mais barato e mais, isso seria economicamente mais eficiente.

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