Extraindo o potencial produtivo da planta através dos fertilizantes especiais; Marcelo Prado entrevista CEO da Giro Agro
Nesta semana, o programa Líderes do Agro receber Leonardo Sodré, CEO e fundador da Giro Agro, uma das dez maiores empresas brasileiras do segmento de fertilizantes especiais. Esta edição abordou, entre outros assuntos, a importância da nutrição da planta, aliado ao melhoramento genético da semente, para que ela possa atingir todo seu potencial produtivo.
A Giro Agro deve fechar este ano com um faturamento de R$ 300 milhões. A empresa foi fundada no ano de 2002. Sodré lembra que ingressou na faculdade de agronomia depois de ir morar com um tio na cidade de Machado. Seu primeiro emprego depois de formado foi em Belo Horizonte, em uma distribuidora de fertilizantes. Anos depois, ele abriu a Giro Agro, fazendo a distribuição de um único produto.
Em 2005, como conta, os gastos da empresa começaram a aumentar e tomou a decisão e expandir o portfólio. No ano de 2010, ele já distribuía um total de 10 produtos. Nesse intervalo, foram construídos novos centros de distribuição nos estados de Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo e Goiás. No mesmo ano, Sodré fez um novo mapeamento de mercado e percebeu que poderia avançar ainda mais.
Desde então, a empresa passou a investir também na construção de valores e conceitos nos produtos comercializados. Outro fator importante foi a validação das novas tecnologias, hoje possui mais de 15 centro de pesquisa que revalidam essas tecnologias.
Nutrição e genéticas como aliadas
Durante a entrevista, Marcelo Prado chamou a atenção para a evolução genética das sementes, que fez o potencial produtivo aumentar bastante. Mas para atingir isso, é necessário alimentar a planta por meio dos fertilizantes. Sodré ressaltou que de 1994 a 2015, a área plantada no Brasil cresceu 53%, enquanto que a produção aumentou 260%.
Esse aumento, como Sodré afirmou, está voltada à evolução de técnicas de cultivo e, principalmente, à força da genética aliada à alimentação da planta, porque quanto mais ela tem potencial de produção, mais necessidade ela tem de alimento na quantidade certa e na hora certa.
Escassez de matéria-prima para produção de fertilizantes
Outro assunto abordado foi a questão dos fertilizantes. O CEO ressalta que o mundo tem que começar a se preocupar com isso. “Temos percebido que meses antes de começar o plantio da safra 21/22 veio o susto da escassez de matéria-prima e o Brasil é totalmente dependente de adubos e fertilizantes”, afirmou.
Na Giro Agro há um armazenamento que garante todas as entregas até 31 de dezembro. Contudo, a empresa foi surpreendida neste ano. No mês de junho começaram a ser canceladas entregas de ácido fosforoso, nitrato e óxidos. “Esperávamos que seriam cumpridos nos meses seguintes e fomos surpreendidos em setembro por um grande player que não entregaria por questão energética e de frete marítimo”, revela.
A solução foi acessar o mercado interno, contudo, a matéria-prima que custava US$ 2,00 foi adquirido por US$ 8,00, um impacto de 400%. Com isso, a margem de lucro da empresa diminuiu bastante e agora a preocupação é até mesmo com a rentabilidade do produtor. A atenção maior fica para o ano de 2022, como ele afirmou, quando deve pode até mesmo mais instabilidade política no Brasil.
Durante o programa foram discutidos outros assuntos como governança empresarial e a forma de trabalhar com os jovens no mercado de trabalho atualmente. A entrevista completa pode ser conferida no vídeo acima. O programa Líderes do Agro vai ao ar toda a quinta-feira, a fim de apresentar exemplos de grandes nomes de sucesso do agronegócio brasileiro, de quais foram suas principais estratégias de negócio.
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