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Ibovespa firma-se em queda e passa a mostrar desempenho negativo em novembro
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa firmou-se em queda nesta quarta-feira, passando a mostrar desempenho negativo em novembro, em meio a preocupações com o cenário fiscal, em um ambiente de deterioração nas perspectivas econômicas do país.
Às 15:59, o Ibovespa caía 1,59%, a 102.743,07 pontos. Mais cedo, chegou a subir a 105.535,21 pontos. Na mínima, tocou 102.551,17 pontos --menor patamar intradia desde novembro de 2020.
O volume financeiro somava 21 bilhões de reais, em sessão ainda marcada pelo vencimento dos contratos de opções sobre o Ibovespa.
Com tal desempenho, o Ibovespa passou a mostrar declínio de 0,7% no mês. Até a véspera, contabilizava alta de 0,9%.
A percepção entre agentes financeiros de que a PEC dos Precatórios segue travada no Senado trazia de volta os receios que haviam sido de certa forma amenizados nas últimas duas semanas, após a aprovação do texto na Câmara dos Deputados.
Mesmo não considerando a PEC a melhor medida, o mercado se resignou de que seria a opção viável para evitar um descontrole ainda maior das contas públicas. A falta de avanço no Senado, porém, reaviva os temores de "planos B" pelo governo.
Ao mesmo tempo, o presidente Jair Bolsonaro tem acenado com a possibilidade de reajustes nos salários do funcionalismo público, que teriam impacto bilionário no Orçamento de 2022.
Tal panorama tem como pano de fundo contínua piora nas projeções econômicas, com o Ministério da Economia cortando previsão para o PIB e elevando estimativa para o IPCA --embora as estimativas oficiais sigam melhores do que os prognósticos do mercado.
Na cena corporativa, Eletrobras ON caía 7,1%. Após resultado trimestral afetado por revisão em provisões judiciais, a elétrica prevê agora que o follow-on relacionado à sua privatização ocorra até maio de 2022.
Entre as poucas altas da sessão, Méliuz ON valorizava-se 0,6%, abandonando a fraqueza do começo da sessão, quando chegou a cair mais de 5% após reportar prejuízo no terceiro trimestre.
Em Nova York, StoneCo desabava 33,6%, após a empresa de meios de pagamento reportar queda de mais de 50% no lucro líquido ajustado, resultado aquém das expectativas de analistas.
(Por Paula Arend Laier)
Esforço da PEC dos Precatórios não é para atender reajuste de servidores, diz relator
Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - O relator da PEC dos Precatórios no Senado e líder do governo na Casa, Fernando Bezerra (MDB-PE), disse nesta quarta-feira que o esforço que está sendo feito para aprovação da matéria não é para atender reajuste de servidores públicos federais, em um contraponto a declarações recentes do presidente Jair Bolsonaro que aventou essa hipótese.
Em entrevista no Senado, Bezerra reconheceu que é "muito difícil" conceder esse reajuste ao funcionalismo, acrescentando que há muito pouco espaço para atender a tantas demandas. Ele destacou que o objetivo principal com a aprovação da PEC é viabilizar o programa de transferência de renda Auxílio Brasil.
"Tem certamente a demanda dos servidores públicos federais de reajuste de salários, mas acho que nosso cobertor está muito curto e acredito que todo o esforço que nós estamos fazendo agora não é para atender reajuste de servidores, o esforço que estamos fazendo é para atender os mais pobres", disse.
Em viagem no Oriente Médio, Bolsonaro disse que a PEC abriria espaço para aumentar salários dos servidores, justificando o eventual aumento como uma resposta a um congelamento dos salários e à inflação.
Entretanto, nesta manhã, o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, afirmou que, com a regra do teto de gastos, a concessão de aumento salarial para o funcionalismo demandaria redução de alguma outra despesa.
Bezerra se reuniu nesta quarta novamente com senadores que querem mudanças ao texto da PEC, aprovado na semana passada em segundo turno pela Câmara. Segundo ele, os senadores José Aníbal (PSDB-SP), Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) devem apresentar um bloco de mudanças à PEC e, a partir daí, vai se avaliar se essas mudanças serão incorporadas ao texto da proposta.
Qualquer alteração do Senado ao texto da PEC que passou na Câmara obrigaria a proposta ter de voltar à apreciação dos deputados federais.
ENTENDIMENTO
Bezerra disse que trabalha para construir um entendimento entre a proposta aprovada pela Câmara e a sugestão que deve ser apresentada ainda nesta quarta pelos três senadores. Um dos principais pontos que os parlamentares querem alterar, segundo o relator da PEC, é a criação de uma vinculação permanente para o novo programa social.
Senadores como José Aníbal criticam a forma de revisão do teto de gastos que o governo propôs para implementar o Auxílio Brasil.
O relator da PEC afirmou que espera apresentar seu parecer na próxima semana para ser votado na Comissão de Constituição e Justiça na quarta-feira e, no plenário, dia 30 de novembro, conforme compromisso firmado com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Apesar da busca de um entendimento, Bezerra disse que a proposta poderá ir à votação mesmo sem sugestões do senadores e acredita que, mesmo assim, haveria votos suficientes para ela ser aprovada no Senado.
"Não se descarta, caso não prosperem os entendimentos que estamos apostando, que possamos votar o relatório da Câmara. Quero expressar que o governo tem confiança que tem os votos para aprovar a PEC da forma como foi aprovado na Câmara", disse.
Segundo Bezerra, o governo teria até 52 votos para aprovar o texto da Câmara, acima do mínimo necessário de 49. Mas se houver um entendimento, o apoio à PEC poderia ser ampliado, o que é "desejável", argumentou. Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição, é necessário o apoio de três quintas dos 81 senadores.
Minério de ferro cai com estoque da China atingindo máxima de 31 meses
Por Enrico Dela Cruz
(Reuters) - Os contratos futuros do minério de ferro da China caíram pela quarta sessão consecutiva nesta quarta-feira, com os estoques portuários da matéria-prima siderúrgica crescendo para o nível mais alto em 31 meses, em parte devido ao colapso da demanda na maior produtora de aço do mundo.
O minério de ferro mais negociado para entrega em janeiro na Bolsa de Commodities de Dalian fechou em queda de 1%, a 538,50 iuanes (84,33 dólares) a tonelada.
Na Bolsa de Cingapura, o contrato do mês de dezembro do minério de ferro caía 0,3%, para 88,85 dólares a tonelada, no início da manhã (horário de Brasília), após ganho de 1,2% na sessão anterior.
Uma modesta queda semanal de 1,5 milhão de toneladas nas chegadas de minério de ferro aos portos chineses deve fornecer suporte temporário aos preços, disse Atilla Widnell, diretor-gerente da Navigate Commodities, de Cingapura, em nota.
"Depois disso, a atenção se voltará para o crescimento estimado de 1,1 milhão de toneladas semana a semana nos embarques de minério de ferro australiano e brasileiro e o aumento dos estoques portuários da China", afirmou ele.
O minério de ferro importado estocado nos portos chineses subiu para 147,60 milhões de toneladas na semana passada, o maior desde abril de 2019, mostraram dados da consultoria SteelHome.
O preço spot de referência do minério de ferro com teor de 62% na China ficou 90,50 dólares a tonelada na quarta-feira, perto da mínima de 18 meses de 90 dólares atingida na segunda-feira.
O carvão metalúrgico de Dalian caiu 4,6% para seu nível mais baixo desde 15 de julho, mas o coque subiu 1,9% após uma liquidação de três sessões.
A produção de carvão da China em outubro deu um salto de 4% em uma comparação anual e ainda está crescendo, disse uma autoridade da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma na terça-feira, garantindo o fornecimento estável do material para o período inverno-primavera.
O vergalhão de aço para construção na Bolsa de Futuros de Xangai subiu 0,6%, enquanto a bobina laminada a quente e o aço inoxidável subiram 0,1%.
A produção de aço bruto da China em outubro totalizou 71,58 milhões de toneladas, caindo pelo quinto mês consecutivo e 23,3% abaixo do mesmo mês do ano anterior.
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