"Pretiô o zóio da gateada!"... mercado, hoje, assustou quem não tem o costume de trabalhar com hedge
BOLSA EUA-S&P 500 avança com apoio de ações de tecnologia
(Reuters) - O S&P 500 avançou em uma sessão volátil nesta quinta-feira, com ganhos nas ações de tecnologia compensando perdas em setores cíclicos, à medida que investidores avaliavam o pulso da recuperação econômica e o momento em que o Federal Reserve poderá conter seus estímulos monetários.
De acordo com dados preliminares, o Dow Jones fechou em queda de 0,18%, a 4.405,59 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 0,13%, a 4.405,90 pontos, e o Nasdaq avançou 0,11%, a 14.541,79 pontos.
Ibovespa reage e fecha em alta após tocar mínima desde março, mas Vale atenua melhora
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta quinta-feira, após ter chegado a cair abaixo dos 115 mil pontos, escapando da quarta queda consecutiva, embora a forte queda das ações da Vale tenha evitado uma melhora mais forte.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,56%, a 117.292,90 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo atingido 114.801,00 pontos no pior momento, quando chegou a acumular na semana declínio de mais de 5%. O volume financeiro no pregão somava 36,4 bilhões de reais.
Dólar fecha em alta de 0,88%, a R$ 5,4231
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar escalou mais um degrau ao fechar nesta quinta-feira acima de 5,40 reais, um dia após se firmar acima de 5,30 reais e pulverizar uma série de níveis de resistência técnica, com a força da moeda no exterior por incertezas sobre a política monetária nos EUA e Covid-19 se somando ao contínuo desconforto na cena doméstica.
O dólar à vista subiu 0,88%, a 5,4231 reais na venda, maior valor desde 4 de maio (5,4322 reais).
A cotação se manteve em alta praticamente durante todo o pregão. Na máxima, alcançada ainda no começo dos negócios, foi a 5,4568 reais (+1,50%) e na mínima, tocada por volta de 14h30, operou brevemente em queda de 0,08%, a 5,3801 reais.
Lá fora, a alta do dólar era generalizada, com a moeda dos EUA ganhando terreno ante 31 de 33 pares.
Divisas de commodities (grupo do qual o real faz parte) eram as mais penalizadas, em meio à queda das matérias-primas a mínimas em um mês, por dúvidas se a economia manterá um nível de demanda por produtos básicos diante da piora das perspectivas globais de crescimento.
Com trabalho sério e vacinação juro fica em um dígito, diz Guedes
BRASÍLIA (Reuters) - Ações como "trabalho sério", ampla vacinação e o aguardo da próxima eleição é o que farão o juro da economia brasileira ficar em um dígito, defendeu nesta quinta-feira o ministro da Economia, Paulo Guedes, em meio à elevação das taxas longas no mercado diante de temores crescentes com o descontrole das contas públicas conforme o ano eleitoral se aproxima.
"Nós com a nossa confusão aqui já estamos começando a empurrar os juros para dois dígitos de novo", disse o ministro, ao participar de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado.
"Se a gente trabalhar sério, vacinar, baixar a bola, esperar a próxima eleição, juro fica de um dígito", completou ele, destacando ainda considerar o Brasil uma democracia "vigorosa".
Em sua participação na audiência, Guedes disse que o pagamento de 90 bilhões de reais em precatórios no Orçamento do ano que vem não é exequível e que arcar com essa conta significa necessariamente cortar outras despesas essenciais, inclusive salários.
"Vai parar Brasília se tiver que pagar isso com as leis vigentes. Se fizer reforma da Lei de Responsabilidade Fiscal ou fizer exceção para o teto é outra conversa. Mas com as leis vigentes eu só tenho um jeito de cumprir e ficar constitucionalmente dentro", disse ele, em referência à PEC dos Precatórios enviada pelo governo ao Congresso propondo o parcelamento dessas obrigações.
Segundo Guedes, a PEC foi concebida para "oferecer alternativas". Ele afirmou que se ela não for aprovada pelos parlamentares, "não tem problema, vamos mandar Orçamento com 90 bilhões para precatórios e faltando dinheiro para tudo mais, inclusive salários".
Requisições de pagamento expedidas pela Justiça após derrotas definitivas sofridas pelo governo em processos judiciais, os precatórios são despesas obrigatórias. Como têm crescido vertiginosamente, eles têm na prática comido espaço, sob a regra do teto, para outras despesas.
Na véspera, o secretário de Orçamento do Ministério da Economia, Ariosto Culau, afirmou que o pagamento integral dos precatórios no ano que vem inviabiliza o financiamento da terceira dose de vacina contra a Covid-19 prevista em plano de imunização encaminhado pelo Ministério da Saúde.
Membros da equipe econômica têm buscado ressaltar, nos últimos dias, que a PEC é crucial para permitir que o governo gaste não só com a expansão do Bolsa Família --objetivo declarado do presidente Jair Bolsonaro--, mas com uma série de outras rubricas no ano que vem.
Mas a percepção de que a medida tem viés eleitoreiro e que representa um calote constitucionalizado ajudou a azedar o humor dos mercados nos últimos dias, com elevação das taxas longas de juros, que já passam de 10%, e alta do dólar frente ao real.
Nesta quinta-feira, Guedes procurou passar uma mensagem de comprometimento com as contas públicas ao dizer que o governo pensa em programas sociais dentro da regra do teto. De acordo com o ministro, o objetivo é fazer "Bolsa Família que caiba nos orçamentos públicos".
A PEC dos Precatórios divide em dez parcelas o pagamento dos precatórios de mais de 66 milhões de reais e impõe uma limitação provisória dos pagamentos anuais de precatórios a 2,6% da receita corrente líquida, o que também sujeitará precatórios entre 66 mil reais e 66 milhões de reais a eventual parcelamento. Pelo texto, os precatórios de até 66 mil reais serão integralmente quitados.
Com a medida, a estimativa do Ministério da Economia é ganhar 33,5 bilhões de reais em espaço orçamentário no ano que vem.
"MEIO DIFÍCIL"
O ministro criticou na audiência entidades que dizem se posicionar a favor de reformas, mas que colocam obstáculos à apreciação das matérias, citando nominalmente a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Nesse sentido, Guedes pontuou que a primeira parte da reforma tributária enviada pelo governo ao Congresso, voltada ao consumo e que mirava a unificação de PIS e Cofins num imposto único, está parada há um ano.
"A indústria toda diz que apoia, mas não anda o primeiro passo", afirmou ele.
"Agora nós estamos tentando mandar o segundo passo. Está meio difícil também", complementou Guedes, em referência à reforma do Imposto de Renda, cuja votação na Câmara dos Deputados já foi adiada três vezes.
Bolsonaro diz que país está sendo sufocado por minoria e defende atos de 7 de setembro
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que da parte dele não haverá uma ruptura institucional porque sabe das consequências, mas reclamou que o "provocam o tempo todo" e que o país está sendo "sufocado" por uma minoria.
"Da minha parte não haverá ruptura. Sei das consequências internas e externas de uma ruptura. Mas provocam-nos o tempo todo. Não é justo prender quem quer que seja sem o devido processo legal. Não é justo o TSE agora desmonetizar páginas que falam que o voto impresso é necessário, ou que desconfiam do voto eletrônico", disse o presidente em um evento no Mato Grosso.
Esta semana, o corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Felipe Salomão, ordenou a plataformas de mídia social que suspendam o pagamento por publicidade veiculada de 11 páginas acusadas de publicar notícias falsas e ataques ao sistema eleitoral brasileiro. Todas elas eram de apoiadores radicais de Bolsonaro e, em vários casos, se sustentam apenas com a chamada monetização.
Bolsonaro, que faz ataques constantes à imprensa tradicional e já atacou pessoalmente diversos jornalistas, usou o caso para defender o que chamou de liberdade de imprensa, e classificou o caso de "cerceamento de mídias sociais" e "ditadura branca".
"Liberdade de imprensa acima de tudo. Vocês tem que ser livres não importa que cause transtorno a quem quer que seja", disse, dirigindo-se aos jornalistas presentes no evento. "Queremos cumprir a Constituição. Nós jogamos dentro das quatro linhas da Constituição. Alguns pouquíssimos querem jogar fora dela. Não podemos aceitar uma ditadura branca em nosso país com cerceamento das mídias sociais".
Na mesma fala, o presidente afirmou que está aberto ao diálogo, ao mesmo tempo em que disse que vai continuar "usando sua voz" e que "algumas pessoas estão turvando as águas no Brasil".
"Quero paz e tranquilidade. Converso com senhor Alexandre de Moraes, se quiser conversar comigo; converso com senhor Barroso, se quiser conversar comigo; converso com senhor Salomão, se quiser conversar estou comigo. Ele fala o que acha que está certo, eu falo o que eu acho do lado de cá. E vamos chegar num acordo", disse. "É pedir muito o diálogo? Da minha parte eu nunca vou fechar as portas para ninguém."
Esta semana, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, estiveram com Fux para tentar remarcar a conversar, mas encontraram resistência.
Em uma fala depois dos encontros, Fux disse que irá analisar a possibilidade.
Apesar de agora falar em diálogo, e reclamar que a crise "mexe com o dólar, mexe com o combustível" e causa inflação, Bolsonaro nunca baixou o tom agressivo e mantém as ameaças.
Na mesma fala desta quinta, disse preferir até que as manifestações do dia 7 de setembro não acontecessem, mas emendou: "mas o que está em jogo é a nossa liberdade".
Depois, em outro discurso, voltou a falar do ato do dia 7 de setembro que está sendo organizado por seus apoiadores. Afirmou que as manifestações serão para "pedir liberdade" porque o país está sendo "sufocado por uma minoria" e que não há o que temer do "movimento 7 de setembro" porque o "nosso povo é ordeiro, pacífico".
"Movimento 7 de setembro" é como organizadores têm se referido às manifestações marcadas para o feriado da Independência, em que irão pedir o voto impresso e a dissolução do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em sua fala, Bolsonaro afirmou que foi "convidado" a participar, mas na verdade o próprio presidente provocou os atos ao dizer a seus apoiadores, por mais de uma vez, que se fosse organizada uma manifestação para dar um "último recado" sobre o voto impresso, ele se "prontificaria" a participar.
O presidente confirmou, como a Reuters havia antecipado, que participará dos atos tanto em São Paulo quanto em Brasília.
"Me perguntam onde vou estar no 7 de setembro. Vou estar onde o povo estiver. Posso adiantar? Pretendo estar na Esplanada dos Ministérios. Pretendo estar à tarde na Paulista. Eu fui convidado e convido qualquer político a estar presente. É a segunda independência nossa", afirmou.
Bolsonaro ainda voltou a criticar o STF, afirmando que é de "onde menos se esperava controles sobre a liberdade que está vindo uma mão pesada", e que "o povo" estaria apavorado com ações de "alguns poucos que habitam a Praça dos Três Poderes".
CPI quebra sigilos de Barros, Wassef e acusados de espalhar fake news
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BRASÍLIA (Reuters) - A CPI da Covid no Senado aprovou nesta quinta-feira a quebra dos sigilos fiscais do líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), do advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, e ainda pediu dados fiscais e financeiros de responsáveis por sites identificados como disseminadores de fake news.
O requerimento de quebra de sigilo fiscal de Barros pede, em um prazo de dois dias corridos, a lista de empresas das quais ele participa, seja como administrador, gerente ou sócio, o faturamento e informações sobre notas fiscais, entre outros pontos.
No caso de Wassef, o requerimento de quebra de sigilo segue os moldes do que tinha Barros como alvo. Também foi aprovado pedido para que sejam enviados à CPI os registros de acesso e entrada nos prédios da Câmara dos Deputados e do Senado.
Os requerimentos ligados a pessoas vinculadas a sites apontados como disseminadores de notícias falsas aprovados nesta quinta pedem transferência de dados ao Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Segundo a Agência Senado, são alvos dos requerimentos os responsáveis por sites como o Instituto Força Brasil, Renova Mídia, Terça Livre, Jornal da Cidade Online, Conexão Política, Crítica Nacional, Senso Incomum, além de uma série de perfis em redes sociais.
Economistas do Goldman Sachs cortam previsão para crescimento dos EUA no 3° tri
WASHINGTON (Reuters) - Economistas do Goldman Sachs reduziram sua estimativa para o crescimento econômico dos Estados Unidos no terceiro trimestre a 5,5%, de 9% anteriormente, refletindo o impacto da variante Delta do coronavírus, mas melhoraram suas projeções para o quarto trimestre em diante.
Em nota de quarta-feira, o banco de investimento disse que a variante Delta está tendo um impacto "um pouco" maior do que o esperado sobre o crescimento e a inflação, já que afetou os gastos do consumidor e a produção.
Os economistas elevaram sua estimativa para o crescimento do quarto trimestre a 6,5%, de 5,5% antes, com a previsão de que os temores relacionados ao coronavírus perderão força, a recuperação do setor de serviços será retomada e os estoques serão repostos. Eles também melhoraram suas projeções para os três primeiros trimestres de 2022.
BOLSA EUROPA - Índice tem maior queda diária em 1 mês com perdas de mineradoras e ações de luxo
(Reuters) - As ações europeias registraram sua maior desvalorização diária em um mês nesta quinta-feira, com a queda nos preços das commodities derrubando os papéis de mineradoras, enquanto o setor de luxo foi atingido pelo esforço da China por redistribuição da riqueza no país.
O índice FTSEurofirst 300 caiu 1,51%, a 1.801 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 1,51%, a 467 pontos. As ações de mineradoras perderam 4,2%, em seu pior pregão desde março deste ano.
Nomes de luxo amplamente expostos à economia da China, como LVMH, Kering e Richemont, caíram entre 5,8% e 9,2%, repercutindo os planos da China de combater os lucros excessivos das empresas e desigualdades de riqueza.
Ações de todo o mundo caíram mais cedo nesta quinta-feira depois que a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, publicada na véspera, passou a impressão de que haverá um corte iminente em seu programa de compra de títulos.
Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 1,54%, a 7.058,86 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,25%, a 15.765,81 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 2,43%, a 6.605,89 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 1,63%, a 25.928,78 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,76%, a 8.902,20 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,13%, a 5.303,62 pontos.
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