China de volta ao mercado! EUA vendem 5 navios somente nesta terça-feira, preços reagem em Chicago
Senado dos EUA aprova projeto de infraestrutura de US$ 1 trilhão
WASHINGTON (Reuters) - O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira o projeto de infraestrutura de 1 trilhão de dólares que é uma das principais prioridades do presidente Joe Biden, uma vitória bipartidária que pode representar o maior investimento do país em décadas em estradas, pontes, aeroportos e hidrovias.
A votação foi por 69 a 30 na Casa de cem parlamentares, com 19 republicanos votando a favor. Imediatamente após a conclusão da votação, os senadores avançaram com a discussão de um pacote de gastos de 3,5 trilhões de dólares que os democratas planejam aprovar sem votos republicanos.
Pesquisas mostram que o esforço para melhorar a infraestrutura dos EUA, elaborado ao longo de meses por um grupo bipartidário de senadores, é amplamente popular entre o público.
O projeto ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados, e o espírito de cooperação no Congresso que levou à votação desta terça-feira provavelmente será passageiro.
"Boas notícias, pessoal: o Acordo Bipartidário de Infraestrutura foi oficialmente aprovado pelo Senado", disse o presidente Biden no Twitter nesta terça-feira. "Espero que o Congresso o envie para minha mesa o mais rápido possível para que possamos continuar nosso trabalho de reconstrução."
O líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, espera também ter os votos para aprovar a resolução orçamentária estabelecendo as bases para gastos de 3,5 trilhões de dólares em saúde, combate às mudanças climáticas e outras prioridades de Biden. Os democratas quase certamente terão de superar as objeções republicanas em uma manobra conhecida como "reconciliação orçamentária".
BOLSA EUA - Dow Jones e S&P 500 avançam após Senado dos EUA aprovar pacote de infraestrutura
NOVA YORK (Reuters) - Os índices acionários de Wall Street avançaram nesta terça-feira, e tanto Dow Jones quanto S&P 500 fecharam em máximas recordes, diante da valorização de papéis de valor, economicamente sensíveis, depois que o Senado dos Estados Unidos aprovou um pacote bipartidário de infraestrutura de 1 trilhão de dólares.
A proposta, que segue agora para a Câmara dos Deputados norte-americana, pode resultar no maior investimento do país em décadas em estradas, pontes, aeroportos e hidrovias. Senadores também deram início à votação de um pacote de 3,5 trilhões de dólares em gastos, que os democratas planejam aprovar sem votos republicanos.
"O mercado está vendo a primeira parte disso como um negócio fechado, e está OK com isso", disse Ken Polcari, sócio-gerente da Kace Capital Advisors em Boca Raton, Flórida.
"Não acredito que o mercado vá estar OK com os 3,5 trilhões de dólares, mas ainda há a possibilidade de que consigam barrar essa proposta, ou reduzi-la, e negociar mais, então o mercado ainda não está focando isso", acrescentou.
Energia, indústria e materiais básicos, que tendem a se beneficiar de uma recuperação econômica, estiveram entre os setores do S&P com melhor performance.
Nomes como Caterpillar, Deere e Vulcan Materials avançaram cerca de 2% cada, já que devem obter ganhos com os projetos de infraestrutura.
As ações de energia foram impulsionadas pelo salto de quase 3% nos preços do petróleo.
O índice Dow Jones subiu 0,46%, a 35.265 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 0,09927%, a 4.437 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 0,49%, a 14.788 pontos.
Dólar tem maior queda em 2 semanas com ata do Copom e exterior calmo
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em queda ante o real nesta terça-feira, após três sessões de alta, com investidores repercutindo o tom duro do Banco Central na ata do Copom e um dia relativamente benigno nos mercados externos.
O dólar à vista caiu 0,96%, a 5,1957 reais na venda, desvalorização mais intensa desde 28 de julho (-1,26%).
Durante os negócios a moeda variou de 5,264 reais (+0,34%) a 5,1854 reais (-1,16%).
Na véspera, o dólar engatou a terceira sessão de ganhos ao subir para 5,246 reais, máxima em três semanas.
Nesta terça, a cotação firmou queda durante a tarde, depois de uma manhã mais pressionada e de vaivém, com o mercado sentindo a constância dos ruídos político-fiscais em meio a um desfile de blindados das Forças Armadas na Esplanada dos Ministérios exaltado pelo presidente Jair Bolsonaro, num movimento visto por parlamentares como tentativa de demonstrar força e apoio dos militares.
O desfile ocorreu no mesmo dia da votação da PEC do voto impresso na Câmara dos Deputados.
Mas com o noticiário sem maiores contratempos e o exterior mais calmo, operadores passaram a se concentrar mais nas sinalizações "hawkish" (duras com a inflação) do Copom emitidas na ata divulgada ainda pela manhã.
Falas do diretor de Política Monetária do BC, Bruno Serra, ressaltando o compromisso do Bacen com a meta de inflação e demonstrando atenção à volatilidade da taxa de câmbio corroboraram um viés mais vendedor de dólares.
"O BC está tentando entregar sua credibilidade, e ao longo da tarde isso fez preço no dólar", disse Luca Maia, estrategista de câmbio e juros para América Latina do BNP Paribas. "O BC não desistir da meta de inflação indica juros mais altos à frente, e acredito que esse aumento do carrego do real vai fazer a moeda cair a 4,75 reais até o fim do ano", acrescentou.
Os níveis mais elevados de juros --que encarecem o custo de se manter posições a favor da alta do dólar-- devem ajudar a amenizar também a volatilidade, segundo o estrategista do BNP.
Nesta terça, uma medida da volatilidade implícita do real subiu a 17,64% ao ano, máxima desde abril. A moeda brasileira segue, com folga, como a divisa emergente relevante mais instável.
Roberto Serra, gestor sênior de câmbio da Absolute Investimentos, avaliou que por uma série de motivos, entre os quais o juro mais alto e o preço barato pelos fundamentos, a tendência do real é de apreciação, mas que variáveis à parte das tradicionais para cálculo da taxa de câmbio justa, como instabilidade fiscal e política, seguem prendendo o dólar em patamares mais altos.
"A maioria dos 'players' está em busca dessa posição otimista (em real), mas a volatilidade e essas crises que fabricamos não deixam", afirmou.
Segundo o gestor, até o fim do ano pode haver alguma janela benigna para o câmbio, com os juros mais altos potencialmente estimulando emissões externas de empresas brasileiras, que assim poderiam internalizar recursos.
Além disso, o BC poderia retomar operação de troca de liquidez no câmbio de swap cambial para dólar spot, o que injetaria dinheiro "na veia" do sistema e amenizaria típica pressão de demanda de fim de ano por dólar físico.
"Por ora temos uma posição tímida a favor do real, mas o potencial de aumento dessas posições no mercado é grande", concluiu Serra.
Volatilidade cambial tende a recuar com menor impacto de overhedge e pré-pagamentos de dívida, diz diretor do BC
(Reuters) - A volatilidade do câmbio tende a se reduzir no país com o fim do impacto das mudanças nas regras de tributação do overhedge e do movimento de pré-pagamento de dívidas externas por parte das empresas exportadoras, disse nesta terça-feira o diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, reforçando tratar-se de fenômenos temporários.
"Ambos têm data para terminar, a gente pode não saber exatamente a data, mas é um ajuste de balanços que vai sair da frente, aí eu acho que ele vai se adequar, tende a tirar um pouco da pressão da volatilidade do câmbio", afirmou Serra durante evento do banco Goldman Sachs.
Segundo Serra, por volta de dois terços do impacto de 50 bilhões de dólares com as mudanças ligadas ao overhedge ficaram para trás. Até o último dia deste ano deverá ser ajustada a quantia representada pelo terço restante.
O diretor disse não considerar que as taxas de juros em níveis extraordinariamente baixos tenham sido um fator relevante para a volatilidade, mas ponderou que este também é um componente que tende a sair de cena com o ciclo de aperto monetário que está sendo conduzido pelo BC.
Questionado se o BC poderia adotar o instrumento de opções para intervir no câmbio, Serra disse que em tese esta é uma alternativa à mão para o futuro, mas que não a considera adequada.
"Acho que seria um remédio meio tópico para os problemas. A volatilidade alta tem alguma razão. Eu mencionei algumas, mas pode ser que seja simplesmente a incerteza fiscal", afirmou Serra, reforçando que é preciso entender as causas do fenômeno.
BC fará o que for necessário para garantir inflação na meta em 2022, diz diretor de Política Monetária
BRASÍLIA (Reuters) - O diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, afirmou nesta terça-feira que o BC está engajado para fazer a inflação chegar ao centro da meta em 2022 e 2023 e fará o que for necessário para tanto.
Ao participar de live promovida pelo Goldman Sachs, Serra lembrou que a indicação do BC é de que fará outro ajuste tempestivo nos juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em setembro, sendo que no momento este nível de aperto, de elevação de 1 ponto percentual, é visto como "bem adequado".
Serra destacou que no ano passado a preocupação do BC era fechar o hiato do produto e com a possibilidade de não entregar a inflação no centro da meta em 2021, mas que a autoridade monetária tem se surpreendido a cada ciclo do Copom com condicionantes de inflação, com o reconhecimento de que aumentos de preços em commodities têm sido mais persistentes do que no passado.
Preços de petróleo avançam 3% com previsão de melhora na demanda dos EUA
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo avançaram 3% nesta terça-feira, recuperando-se de perdas recentes diante de sinais de aumento da demanda de combustível nos Estados Unidos, apesar da alta de casos de Covid-19.
O Brent avançou 1,59 dólar, ou 2,3%, para fechar em 70,63 dólares o barril e o petróleo dos EUA avançou 1,81 dólar, ou 2,7%, para fechar a sessão em 68,29 dólares o barril.
Ambos os contratos recuaram cerca de 2,5% na segunda-feira, e a última semana marcou a maior queda em meses, com as infecções aumentando nos maiores consumidores de petróleo do mundo.
"Prever oscilações de preços de curto prazo tornou-se extremamente difícil devido ao árduo processo de prever o impacto da variante Delta na demanda global futura de petróleo, especialmente em países como a China, onde os dados são muito menos transparentes do que os dos EUA ", disse Jim Ritterbusch, presidente da Ritterbusch and Associates LLC em Galena, Illinois.
A rápida disseminação da variante Delta do coronavírus levou os casos e hospitalizações nos Estados Unidos a uma alta em seis meses.
Ainda assim, o crescimento do emprego nos EUA e a crescente mobilidade impulsionaram o consumo de gasolina até agora em 2021, disse a Administração de Informações de Energia dos EUA em uma previsão mensal.
Aprosoja critica Cade por aprovar plataforma de royalties de sementes transgênicas da Bayer, Corteva e Syngenta
SÃO PAULO (Reuters) - A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), que representa cerca de 240 mil agricultores, criticou nesta terça-feira a decisão do Cade de aprovar uma joint venture formada pelas rivais Bayer, Corteva e Syngenta que vai funcionar como uma plataforma da arrecadação de royalties.
A joint venture (JV) foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) incondicionalmente na semana passada.
A associação questionou o fato do Cade ter ignorado suas inquietações sobre o negócio, e afirmou que a aprovação da JV perpetua um sistema de cobrança de royalties contestado há muito pelos produtores brasileiros.
A Cultive Biotec, como é conhecida a JV, disse que a plataforma vai disponibilizar mais biotecnologias da soja no Brasil.
A joint venture afirmou ainda que o negócio inclui as empresas mencionadas no comunicado da Aprosoja, bem como a BASF, acrescentando que a proposta é estimular a competição entre os desenvolvedores de biotecnologia e aumentar a competitividade do setor agrícola brasileiro, que terá mais biotecnologias de sementes para escolher.
O Cade disse que busca manter a concorrência, garantindo a diversidade e a qualidade dos produtos e serviços oferecidos aos consumidores.
A declaração desta terça-feira feita pela Aprosoja ressalta as tensões entre os produtores da oleaginosa e as empresas de biotecnologia que operam no Brasil, maior produtor e exportador mundial do grão e de outras commodities agrícolas como café e açúcar.
A partir de 2009, os produtores de soja começaram a recorrer à Justiça para contestar o sistema de pagamento de royalties no mercado brasileiro, onde a Aprosoja afirma que os produtores pagam mais pelo uso da tecnologia em relação aos seus pares de países vizinhos.
A Aprosoja disse que a Bayer detém o monopólio virtual do mercado de sementes soja geneticamente modificada no Brasil, acrescentando que agora ela está "franqueando o seu sistema de cobranças de royalties a todas as suas potenciais e futuras concorrentes".
Procurada, a Bayer não quis comentar.
A Bayer agora enfrenta concorrência direta da Corteva Agriscience, que começará a vender sua própria semente de soja geneticamente modificada no Brasil. Em cinco anos, a Corteva espera que um terço da área de soja do Brasil seja cultivada com seu produto.
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