Por que as notícias da revolta em Cuba sairam das manchetes? A covardia da esquerda não tem limite
Bolsonaro diz que a cirurgia está afastada e que pode ter alta na sexta-feira
BRASÍLIA (Reuters) -O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, em uma entrevista à RedeTV concedida por vídeo do hospital onde está internado em São Paulo, que não terá que fazer cirurgia para resolver o problema de obstrução intestinal que o levou a ser hospitalizado, e que pode receber alta já na sexta-feira.
O médico Antonio Macedo, cirurgião de Bolsonaro, confirmou durante uma entrevista concedida ao vivo do quarto do hospital que o presidente não superou passar por cirurgia, mas boletim médico divulgado informou que não há previsão de alta hospitalar até o momento.
"Cheguei aqui ontem com indicativo muito forte de cirurgia, mas uma chance de cirurgia agora está bastante afastada", disse o presidente, dando que está sentindo bem.
De acordo com Macedo, a área do intestino em que há a obstrução está mais permeável e o órgão voltou a funcionar, o que afastou a necessidade de cirurgia.
Boletim médico divulgado na noite desta quinta-feira informou que o presidente mantém "evolução clínica satisfatória", ou seja, a retirada da sonda nasogástrica.
"Planeja-se o início da alimentação para amanhã. O presidente sem previsão de alta hospitalar", acrescentou o boletim.
Bolsonaro, de 66 anos, foi internado na madrugada de quarta-feira no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, com fortes dores abdominais, quando foi constatada a obstrução. Na tarde do mesmo dia foi transferido para São Paulo, a pedido de Macedo, onde está tratado.
O presidente concedeu a entrevista após ter cancelado a transmissão tradicional semanal ao vivo pelas redes sociais desta quinta, e também após adiar viagem que faria em Manaus, onde participaria de um passeio de moto com apoiadores no sábado.
Segundo boletim médico divulgado mais cedo pelo Hospital Vila Nova Star, Bolsonaro está "evoluindo de forma satisfatória clínica e laboratorialmente", e seria mantida "o planejamento terapêutico preparado estabelecido".
Na véspera, a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) disse em nota que os médicos avaliariam a possibilidade de Bolsonaro passar por uma cirurgia e, mais tarde, em nota, o hospital disse que a equipe que acompanha o presidente optou bolse por um " tratamento clínico conservador ".
FACADA E CIRURGIAS
Desde que tomou uma facada durante a campanha eleitoral para Presidência, em setembro de 2018, o presidente fez quatro cirurgias como consequência do atentado, incluindo uma realizada logo após o ataque e uma emergencial uma semana depois para corrigir aderências das paredes do intestino.
Em 2019, foram mais duas. Em janeiro, para retirada da bolsa de colostomia, e outra em setembro, para correção de uma hérnia na incisão da cirurgia. Recentemente, o próprio presidente afirmou que teria que fazer mais uma, para corrigir uma nova hérnia, mas não chegou a marcar uma data.
Bolsonaro passou por mais duas cirurgias em relação com a facada. Uma delas, para retirar pedras nos rins. A outra, uma vasectomia.
Na noite de quarta-feira, o presidente divulgou uma foto em suas redes sociais em que aparece na cama do hospital das Forças Armadas, ainda em Brasília, acompanhada de um longo texto com acusações a seus obrigados, lembrando a facada em 2018 e acusando partidos de esquerda pelo atentado. Adélio Bispo, o autor da facada, foi filiado ao PSOL até 2014.
As investigações da Polícia Federal, no entanto, não reporta a política no crime e nem qualquer indício de que Bispo está organizado com outras pessoas.
Do hospital, o presidente Jair Bolsonaro concedeu entrevista ao vivo nesta 5ª feira ao apresentador Sikêra Jr.
Médicos retiram sonda gástrica de Bolsonaro (no Poder360)
O terceiro boletim médico do presidente Jair Bolsonaro informou na noite desta 5ª feira (15.jul.2021) que a sonda nasogástrica que o chefe do Executivo estava usando foi retirada. O presidente segue, contudo, sem previsão de alta hospitalar.
A possibilidade de remoção da sonda já havia sido citada pelo médico Antônio Luiz Macedo que participou de entrevista com Bolsonaro ao apresentador Sikêra Jr. nesta 5ª feira (15.jul). O doutor afastou a possibilidade de cirurgia e afirmou que o abdômen de Bolsonaro está mais “funcionante“.
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Bolsonaro está internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, desde 4ª feira (14.jul) depois de ser transferido do Hospital das Forças Armadas, em Brasília. O chefe do Executivo trata uma obstrução intestinal. O presidente foi levado ao hospital depois de sentir dores abdominais na madrugada de 4ª feira.
De acordo com Antônio Macedo, o presidente apresentou aderências em seu abdômen em consequência de cirurgias anteriores, realizadas por causa da facada sofrida pelo presidente na campanha presidencial de 2018.
Eis a íntegra do boletim médico:
Conforme consta no Boletim Médico n.° 3, o Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, segue internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, mantendo evolução clínica satisfatória. Desta forma, foi retirada a sonda naso-gástrica e planeja-se o início da alimentação para amanhã. O Presidente segue sem previsão de alta hospitalar. Assinam o Boletim os seguintes profissionais:
Direção médica responsável:
Dr. Antônio Luiz de Vasconcellos Macedo – Cirurgião-chefe
Dr. Ricardo Camarinha – Cardiologista do Presidente
Dr. Leandro Echenique – Clínico e Cardiologista
Dr. Antonio Antonietto – Diretor médico do Hospital Vila Nova Star
Dr. Pedro Henrique Loretti – Diretor Geral do Hospital Vila Nova Star
Brasil vê onda de 'washouts' em contratos de milho e exportação ameaçadas
SÃO PAULO (Reuters) - Problemas climáticos na segunda safra de milho do Brasil fizeram com que algumas empresas deixassem seus contratos de exportação por meio da cláusula de "washout" para vender no mercado interno.
Isto acarretou o que descreveu como, possivelmente, a maior onda de cancelamentos de embarques do país --segundo maior fornecedor global de cereais-- em cinco anos.
De acordo com traders e corretores de ganhos pela Reuters na condição de anonimato, grande parte do milho que seria destinado à exportação sendo redirecionada para o mercado doméstico, já que os prêmios estão atraentes devido à quebra de safra, após registros de secas e geadas, ea demanda segue aquecida pela indústria de carnes para ração animal.
"Realmente vai ser muito difícil executar (contratos de) milho", disse um operador de uma grande companhia norte-americana. "Quebrou toda a safra ... As tradings estão fazendo 'washout' quando possível."
Em um contrato de venda antecipada de grãos, uma das partes pode deixar uma negociação pagando um valor de liquidação à contraparte, em mecanismo conhecido como "washout".
Um segundo operador do mercado de grãos, de outra grande empresa dos Estados Unidos, disse que o programa de exportações da companhia foi reduzido por temores de escassez de oferta, elaborando que a onda de "washouts" é comparável a 2016, quando uma forte seca também afetou uma safra de milho brasileira.
Alguns dos negócios de exportação do cereal que agora estão sendo desfeitos anteriores fechados entre 40 e 45 reais por saca de 60 kg, afirmou um corretor. Porém, compradores domésticos estão dispostos a pagar de 90 a 95 reais por saca, justificando a onda de "washouts".
O mesmo corretor disse que algumas tradings de grãos, como Cargill e Gavilon, não devem exportar milho pelo porto de Paranaguá (PR) neste ano.
Procurada, a Cargill não quis comentar o assunto.
A Gavilon disse que o atraso no plantio e o clima desfavorável podem ter afetado negativamente a segunda safra de milho, mas preferiu não fornecer mais detalhes.
COMPRA E VENDA
Na ponta compradora, os frigoríficos têm sido ávidos nas aquisições do produto redirecionado, segundo corretores.
O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, afirmou à Reuters que as exportações de milho do Brasil foram mais baixas em junho, já sinalizando o movimento de washout.
"Claro que em julho (o Brasil) ainda vai exportar bem menos (milho) que no ano passado", disse ele, tamanha a demanda do mercado interno pelo cereal.
Em meio à escassez de oferta local, as processadoras de carnes suína e de frango também estão importando milho da Argentina, graças ao câmbio favorável, adicionado Santin. Ele acredita que, até o fim de 2021, a tendência é que as aquisições do cereal argentino se intensifiquem, além do produto vindo do Paraguai.
Do outro lado, o presidente institucional da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Cesário Ramalho, afirmou que entre os cenários do cenário está repleto de incertezas, tanto em relação ao volume que conseguirão colher quanto aos preços que o cereal ainda pode atingir , o que dificuldade como vendas aos comerciantes.
"O produtor realmente está inseguro, primeiro porque ele não sabe quanto ele vai colher. E se ele colher pouco, o milho vai a 100 reais por saca, vai a 105 reais, então ele vai esperar 15 a 20 dias para ver o que vai acontecer ", explicado.
Nesta quinta-feira, o indicador de milho Esalq / B3 fechou em 98 reais por saca, alta de 9,42% na variação mensal e quase o dobro ante os 49 reais registrados um ano antes.
A segunda safra de milho do Brasil, que está sendo colhida neste momento, deve ficar 8 milhões de toneladas abaixo da ano passado, enquanto as importações devem avançar em 58%, guiadas pela firme demanda doméstica.
As exportações de milho do Brasil, por sua vez, devem recuar cerca de 15%, para 29,5 milhões de toneladas, segundo referente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Preço médio do diesel atinge maior nível do ano nos Postos do Brasil, diz Ticket Log
SÃO PAULO (Reuters) - O preço médio do diesel comuns nos postos de combustíveis do Brasil avançou 0,96% na primeira quinzena de julho, em comparação com o fechamento do mês anterior, e atingiu o mais alto patamar do ano, informou a Ticket Entrar nesta quinta-feira.
Segundo o índice de preços da companhia, marca de gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil, o valor médio do combustível mais consumido do país alcançou 4.775 reais por litro nas primeiras semanas deste mês.
O diesel S-10, que possui menor teor de enxofre, acompanhou o movimento e subiu 1,0% em relação ao final de junho, para 4.831 reais por litro, também o maior valor médio do ano.
O levantamento da Ticket Log tem como base abastecimentos realizados por 1 milhão de veículos administrados pela marca em 21 mil postos credenciados.
"Tanto o diesel comum quanto o diesel S-10 registraram aumentos nos preços em todas as regiões do país neste início de segundo semestre", disse em nota o head de Mercado Urbano da Edenred Brasil, Douglas Pina.
O preço mais alto para ambos os tipos de diesel foi verificado na região Norte, enquanto o Sul possui o valor médio mais baixo. Já o aumento mais significativo do diesel comum no período ocorrido no Nordeste (+ 1,1%), enquanto o S-10 apurou sua maior alta no Sudeste (+ 1,27%).
"Para o motorista de um caminhão tanque comporta 200 litros de combustível, enchê-lo com o tipo comum está 9,00 reais mais caro do que estava no mês anterior", destacou Pina, considerando a média nacional de preços.
Embora também dependa de impostos, margens de distribuição e revenda e misturas de biocombustíveis, a alta no valor do diesel para o consumidor final ocorre pouco depois de a Petrobras ter elevado o preço médio do produto em suas refinarias em 3,7%, no primeiro reajuste para cima desde que Joaquim Silva e Luna assumiu o cargo de presidente da empresa.
Líderes de pesquisa com CoronaVac no Chile recomendam terceira dose da vacina
SANTIAGO (Reuters) - Os líderes de uma pesquisa chilena em estágio avançado sobre a vacina contra Covid-19 CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, recomendaram nesta quinta-feira uma terceira dose do imunizante, dizendo que estudos com voluntários anteriores que os níveis de diminuiu após seis meses.
Os líderes do estudo disseram que um ensaio in vitro para determinar a eficácia da vacina contra a mais contagiosa variante Delta do vírus mostrado uma redução de quatro vezes sem efeito neutralizante contra a cepa, em comparação com uma redução de três vezes relatada anteriormente por cientistas .
Alexis Kalergis, professor da Universidade Católica do Chile e diretor do Instituto Millennium de Imunologia e Imunoterapia do Chile, que realizou o ensaio clínico com 2.000 participantes, disse que seis meses depois da administração da segunda dose, menos de 3% contra Covid-19.
Ele afirmou que os participantes que tomaram doses com 28 dias de intervalo interno "imunidade mais sólida" do que aqueles que receberam doses administradas com 14 dias de diferença.
Embora todas as vacinas aprovadas para uso continuado a proteção contra as variantes do vírus, disse Kalergis, uma terceira "dose de reforço" é recomendável para fornecer melhor proteção, afirmou.
"A diminuição natural dos vírus após a vacinação destaca a necessidade de fortalecer a imunidade com doses de reforço para compensar e ampliar a neutralização do vírus", disse.
O Chile apostou fortemente na CoronaVac, utilizando-a para implementar uma das campanhas de vacinação mais rápida do mundo. Até o momento, o país já aplicou 18,1 milhões de doses da CoronaVac, além das vacinas desenvolvidas pela Pfizer-BioNTech, AstraZeneca e Cansino, imunizando 76% de sua população adulta.
A CoronaVac também é a segunda vacina mais usada na campanha de imunização contra a Covid-19 no Brasil, sendo responsável por quase 40% de todas as doses aplicadas no país. A vacina é envasada no país pelo Instituto Butantan.
Muitos países, da China à Indonésia, dependem fortemente das vacinas chinesas para uma inoculação contra Covid-19, mas há dúvidas se elas fornecem proteção suficiente contra uma variante Delta.
O porta-voz da Sinovac Liu Peicheng disse à Reuters que os resultados preliminares baseados em sangue dos vacinados com o imunizante da empresa definha uma redução de três vezes sem efeito neutralizante contra um Delta.
Uma equipe de pesquisa chilena informou que seus próprios testes de laboratório para determinar a resistência da vacina à variante Delta atenuam uma redução de quatro vezes sem efeito neutralizante.
Doria anuncia reinfecção por Covid-19 e diz estar "muito bem" após vacinação
BRASÍLIA (Reuters) - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), informou nesta quinta-feira em suas redes sociais que foi diagnosticado mais uma vez com a Covid-19 em um teste de rotina e cancelou seus compromissos oficiais, mas disse estar "muito bem" após ter recebido as duas doses da vacina CoronaVac.
"Hoje, por prevenção, fiz mais um teste de Covid e o resultado, infelizmente, foi positivo. Por orientação médica, cancelei imediatamente toda a agenda e vou trabalhar de casa, cumprindo os meus compromissos como governador, mas de forma virtual", comunicado o governador.
Doria, que já foi vacinado contra a doença com duas doses da CoronaVac, informou que se sente "muito bem" e "disposto", e reforçou a necessidade de vacinação para combater uma pandemia. Ressaltou, no entanto, que as vacinas protegem contra o agravamento, não contra a infecção.
"Tenho convicção que estou sendo protegido contra o agravamento da doença pela vacina do Butantan, a qual já tomei as duas doses. Eu, como milhões de pessoas, fui protegido graças à vacina", escreveu.
"Meu caso serve de alerta para todos que já foram vacinados seguirem respeitando os protocolos. Pois, todos estão suscetíveis a serem infectados e transmitir o vírus, mesmo vacinados. Não importa a vacina, elas evitam o agravamento da doença, não a infecção", contínuo.
Os estudos com as vacinas existentes até hoje mostram que os imunizantes protegem a grande maioria das pessoas de terem uma doença agravada, evitando hospitalizações e óbitos, mas não impedem uma infecção, o que pode fazer com que mesmo vacinados se contaminem e passem adiante o vírus .
Doria contraiu a Covid-19 pela primeira vez em agosto do ano passado.
Brasil registra 1.548 novas mortes por Covid-19 com 17.917.189 pessoas recuperadas
SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil registrou nesta quinta-feira 1.548 novos óbitos em decorrência da Covid-19, o que eleva o total de fatais causadas pela doença no país a 538.942, informou o Ministério da Saúde.
Também foram contabilizados 52.789 novos casos de coronavírus, com o total de ocorrências no país avançando para 19.262.518, adicionou a pasta.
O Brasil é o segundo país com maior número de óbitos pela doença, atrás somente dos Estados Unidos, e o terceiro em contagem de casos, abaixo de EUA e Índia.
Dados publicados na véspera pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), porém, apontaram que os indicadores da epidemia no Brasil geração de queda pela terceira semana seguida.
"Pela primeira vez desde o início de dezembro de 2020, nenhum Estado apresenta taxa de ocupação de leitos da UTI Covid-19 para adultos no SUS superior a 90%", disse a instituição em boletim.
Estado brasileiro mais afetado pela Covid-19 em termos absolutos, São Paulo atingiu nesta quinta como marcas de 3.908.279 casos e 133.901 mortes.
O governo federal ainda reporta 17.917.189 pessoas recuperadas da Covid-19 e 806.387 pacientes em acompanhamento.
Dólar sobe ante real com aversão a risco global
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em alta contra o real nesta quinta-feira, acompanhando um movimento global de aversão a risco em meio a dúvidas sobre a informação e o crescimento nas principais economias.
O dólar spot fechou a 5,1175 reais para venda, alta de 0,63%, enquanto o dólar futuro de maior liquidez subia 0,89%, a 5,1260 reais.
Mais cedo, no máximo do dia, o dólar à vista chegou a tocar 5,1395 reais, alta de 1%.
Segundo Alexandre Netto, chefe de câmbio da Acqua-Vero Investimentos, esse comportamento refletiu um movimento generalizado de valorização da moeda norte-americana, em meio a um maior aversão a risco dos investidores.
No exterior, o do dólar contra uma cesta de pares fortes registrava ganhos nesta tarde, enquanto divisas emergentes pares do real registraram perdas.
O mau humor dos operadores também foi percebido em outros mercados, com os critérios dos títulos norte-americanos caindo e como ações globais das perdas. [.NPT] [.EUPT]
Roberto Motta, responsável pela mesa de futuros da Genial Investimentos, explicou à Reuters que os participantes do mercado têm se questionado sobre qual será a trajetória de nós nos Estados Unidos e quando que o mundo vai reduzir como medidas de estímulo extraordinárias adotadas em meio à pandemia .
Tendo essas dúvidas como pano de fundo, os operadores ficam numa "gangorra" entre bom e mau humor, e "hoje foi um típico dia de aversão a risco", disse Motta.
Embora o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, tenha prometido "apoio poderoso" para ajudar na recuperação econômica dos EUA repetidas vezes, definindo as pressões inflacionárias como transitórias, dados recentes apontam para preços cada vez mais altos altos na maior economia do mundo.
Ao mesmo tempo em que os temores de superaquecimento ganham força nos Estados Unidos, dados da China --maior parceira comercial do Brasil - apontam para possível tropeço na recuperação econômica.
Números desta quinta-feira inalados que a segunda maior economia do mundo cresceu um pouco menos do que o esperado no segundo trimestre, pressionada pelos custos mais altos das ciências-primas e por novos surtos de Covid-19.
"Fica um sentimento de que, talvez, o melhor da recuperação econômica já tenha passado", disse Motta, baseada para a decisão recente da China de cortar a taxa de compulsório para os bancos como evidência de que a retomada pode estar comprometida.
Apesar da alta do dólar nesta quinta-feira, a moeda brasileira tem alguma resistência nos dias, opinou Motta.
Na quarta-feira, o dólar teve queda de 1,87%, a 5,0855 reais na venda, sua desvalorização diária mais acentuada desde 31 de março de 2020, quando caiu 2,23%.
Após ajustes nas novas propostas de tributação do governo, "o Brasil voltou a ficar bem nos olhos dos investidores, mas hoje não conseguiu manter o mesmo nível de resiliência que vimos nos últimos dias" com a contaminação do aversão a risco internacional, explicado.
Ele acrescentou que ainda enxerga fatores de impulso para a moeda local, como uma perspectiva de aumento de juros pelo Banco Central, sinais de recuperação do crescimento da economia doméstica e a alta recente nos preços das commodities, que podem levar o dólar de volta abaixo dos 5 reais no médio prazo.
Ibovespa fecha em queda com ajustes; Magazine Luiza sobe após aquisição bilionária
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em queda nesta quinta-feira, em sessão de ajustes, com bancos e Petrobras entre as maiores pressões negativas, enquanto Magazine Luiza foi destaque de alta após anunciar aquisição do KaBuM! e oferta de ações.
O índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recebeu 0,73%, a 127,467,88 pontos, em sessão qual trocou de sinal algumas vezes, chegando a encostar em 129 mil pontos no máximo. O volume financeiro no pregão somou 27,4 bilhões de reais.
Tal desempenho vem após três férias consecutivas de alta, período no qual o Ibovespa acumulou um ganho de mais de 2% e chegou a se aproximar dos 130 mil pontos. Na véspera, no melhor momento, bateu 129.619,81 pontos.
Na visão do sócio e economista da VLG Investimentos, Leonardo Milane, tal desempenho é natural após vários dias de alta, principalmente no exterior, onde os principais índices acionários norte-americanos renovaram recordes nessa semana.
Ele, contudo, não vê no movimento uma reversão de tendência. "É só volatilidade", acrescentou.
Em Nova York, o S&P 500 e o Nasdaq Composite recuaram mesmo após a presidência do Federal Reserve, Jerome Powell, reiterar que considera transitório o comportamento mais elevado da informação e que não vai retirar os estímulos tão cedo.
No Brasil, Milane também chamou a atenção como um ponto positivo a aprovação pela Câmara dos Deputados do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2022, que agora será analisado pelo Senado.
Os negócios no pregão brasileiro ainda foram marcadas pelas operações ao vencimento de opções sobre ações que ocorre na sexta-feira.
DESTAQUES
- REVISTA LUIZA ON fechou em alta de 3,45% após anúncio de aquisição bilionária da plataforma de comércio eletrônico KaBuM !, além de uma oferta de ações da ordem de 4,6 bilhões de reais. A empresa também fez girar sobre números de lojas e centros de distribuição até 2023.
- PETROBRAS PN caiu 2,13%, acompanhando a queda dos preços do petróleo no exterior, com investidores se preparando para um aumento da oferta após um compromisso firmado entre os principais produtores da Opep.
- BRADESCO PN recuperou 1,5% e ITAÚ UNIBANCO PN perdeu 1,2%, corroborando a correção da baixa na bolsa paulista. Na contramão dos grandes bancos de varejo do Ibovespa, BTG PACTUAL UNIT subiu 1,8% e BANCO INTER UNIT fechou em alta 0,81%.
- CSN ON avançou 1,98%, recuperando-se as perdas na véspera, quando pesaram declarações do ministro da Economia sobre o corte na taxa de importação de aço e de acordo com o setor para represar reajustes de preços.
- VALE ON encerrou com acréscimo de 0,31%, com os preços do minério de ferro negociado em Dalian, na China, engatando uma quarta sessão consecutiva de ganhos.
- CVC BRASIL ON recuou 3,54%, com o setor de viagens como um todo em queda na sessão. GOL PN e AZUL PN perderam 2,04% e 1,65%, respectivamente.
- CBA ON saltou 6,16%, a 11,89 reais, em estreia na B3 após precificar oferta de ações a 11,20 reais, abaixo da faixa indicativa de 14 a 18 reais. Na máxima, a ação chegou a 12,50 reais.
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