Não há futuro para a nação se não houver mais investimentos em ciência e tecnologia

O agronegócio e os setores urbanos estão intrinsecamente conectados, já que as cadeias produtivas de alimentos influenciam diretamente no cotidiano das cidades. Porém, muitos ruídos de comunicação entre as duas pontas geram discussões e desentendimentos que merecem atenção. Nesse contexto, o site Notícias agrícolas e a consultoria MPrado desenvolveram o projeto Conexão Campo e Cidade, que visa debater diversas questões relacionadas aos negócios que envolvem os ambientes urbanos e rurais.

Confira aqui todas as edições do Conexão Campo Cidade

O que foi destaque no programa: 

Ciência e Tecnologia.

O agronegócio brasileiro cresceu graças aos esforços de instituições estaduais e federais de pesquisa rural. Nesse processo, a criação da Embrapa foi um passo importante para a tropicalização dos manejos agrícolas. Exemplo maior do sucesso da metodologia científica brasileira é o Cerrado, uma região que antes da década de 50 era considerada como improdutiva. No entanto, hoje o Centro-Oeste é a maior região produtora de grãos do país.

Parcerias Público-Privadas.

A definição de uma estratégica acadêmica é o primeiro passo para que o Brasil volte a ser uma potência científica. De um lado, há correntes acadêmicas que acreditam que os investimentos em pesquisa devem ser voltados para teses empíricas, que possibilitem uma base maior de dados para trabalhos futuros. Do outro lado, as correntes práticas acreditam que a criação de novas tecnologias é um processo prático, que necessita de dados baseados em erros e acertos. Encontrar caminhos de investimentos nas duas áreas científicas é uma estratégia essencial para o agronegócio brasileiro. 

O Brasil de 500 milhões de toneladas de grãos.

A demanda crescente exigirá que o Brasil aumente sua produção, sendo que o país tem o potencial de atingir a produção de 500 milhões de toneladas de grãos. No entanto, esse aumento produtivo gerará diversas consequências como: aumento na pressão de pragas e doenças, além de maior conhecimento administrativo dos produtores rurais para manter sua rentabilidade diante de tal escalabilidade. Nesses dois pontos, o conhecimento científico será primordial para que o país atinja esse potencial produtivo.