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Itaú pode aumentar previsão de crescimento para acima de 5%, diz CEO Milton Maluhy
PIB do 1º trimestre surpreendeu (Poder360)
O CEO do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho, disse nesta 4ª feira (2.jun.2021) que o banco pode aumentar a projeção de crescimento da economia brasileira em 2021. Atualmente, a perspectiva de alta do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano está em 5%, acima do mercado financeiro.
O comentário foi feito durante entrevista com jornalistas, por videoconferência. Ele foi questionando sobre uma eventual 3ª onda de covid-19 e a crise hídrica, que podem impactar o crescimento da economia.
De acordo com o executivo, a perspectiva é positiva para o futuro. “O indicador [PIB] do 1º trimestre veio muito forte, e a gente já está revendo as nossas projeções que rodam na casa de 5%. Eventualmente, pode ser até um pouco maior do que isso”, afirmou. “A gente ainda não vê um impacto relevante no PIB em função desses efeitos“, completou o CEO.
O Itaú previa alta de 0,6% no PIB do 1º trimestre de 2021 contra o anterior. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o crescimento foi de 1,2% no período. O resultado animou o executivo do banco, que tinha projeções acima da mediana do mercado.
Segundo o Boletim Focus, os operadores estimam crescimento de 3,96% do PIB neste ano, abaixo dos 5% projetados pelo Itaú.
Para 2022, Milton Maluhy avalia que haverá uma desaceleração “muito forte“, com crescimento perto de 2%. As razões, segundo ele, são os menores gastos públicos para incentivar a retomada econômica, diferentemente de 2020 e 2021. Os preços de commodities tendem a normalizar no próximo ano, defendeu. Além disso, o crescimento mundial deve ser menor no próximo ano.
“Estamos super vigilantes com relação à pandemia. A vacinação segue avançando, e os resultados ainda são sub-óticos em relação ao todo. A gente avalia resultado, não qualifica a gestão. Temos dito que a melhor política econômica, social e sanitária é a vacinação. Tem que ser nosso foco, ampliando os grupos. Quanto mais protegida estiver a população, maiores são efeitos percebidos”, disse Milton.
O CEO do Itaú afirmou ainda que haverá uma volta da normalidade e haverá uma onda de consumo reprimido que irá voltar. Segundo ele, há uma poupança maior no país para conter os impactos da economia, o que permitirá a ampliação das vendas com a volta dos mercado.
Venda de veículos novos tem alta de 7,03% em maio, diz Fenabrave
Comparação com o mês anterior; 175.405 unidades foram vendidas (Poder360)
A venda de veículos subiu 7,03% em maio deste ano em relação a abril. Foram emplacados 175.405 veículos no mês passado, considerando carros e veículos comerciais leves. Cada emplacamento resulta em uma emissão de nota fiscal da operação contabilizada pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), que reúne 52 associações do setor.
Na comparação com maio de 2020, quando o país enfrentou o início da pandemia de covid-19, houve recuperação de 209,7%. Foram 56.627 emplacamentos naquele período, quando diversas fábricas paralisaram suas atividades. Os dados foram divulgados nesta 3ª feira (1.jun.2021). Eis a íntegra (752 KB).
Já no acumulado dos 5 primeiros meses do ano, houve um crescimento de 30,07% nos emplacamentos, totalizando 837.125 automóveis e comerciais leves vendidos. No mesmo período do ano passado, foram registrados 640.477.
“Vale observar que esse crescimento, embora bastante positivo, se dá sobre uma base comparativa baixa, já que tivemos péssimos resultados nos meses de março e abril do ano passado, em função do início da pandemia e da paralisação súbita da economia”, disse o presidente da associação, Alarico Assumpção Júnior.
Considerando todos os segmentos automotivos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros), houve um avanço de 10,82% em maio frente ao mês anterior (319.257 unidades contra 288.081 emplacamentos) e 218%, quando comparado a maio de 2020.
No ranking histórico, desde 1957, maio de 2021 está na 13ª melhor posição de vendas. E, no acumulado dos 5 primeiros meses do ano, na 12ª colocação.
Segundo a Fenabrave, o crédito para financiamentos continua com uma boa oferta. A aprovação de financiamento se mantém em 6,7 fichas para cada 10 enviadas aos bancos. Ainda com baixa oferta, os estoques das concessionárias estão em 12 dias.
Ações europeias se aproximam de máximas recordes com impulso de energia e consumo
(Reuters) - As ações europeias permaneceram perto de níveis recordes nesta quarta-feira, ajudadas por empresas de energia e de consumo, enquanto fortes dados econômicos dos Estados Unidos e da Europa elevaram o sentimento dos investidores em um dia de negociações predominantemente calmas.
O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,34%, a 1.738 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,28%, a 451 pontos, ficando logo abaixo de seu pico histórico atingido na sessão anterior.
Dados mostrando uma forte expansão na atividade industrial dos EUA e da Europa em maio elevaram as ações mundiais para novas máximas na terça-feira, com os investidores à espera de dados de emprego norte-americanos na sexta-feira para a confirmação de uma recuperação sólida na maior economia do mundo.
As ações de petróleo e gás subiram 0,9%, liderando os ganhos setoriais na Europa, uma vez que os preços do petróleo avançavam após a Opep e seus aliados continuarem com seu plano de retomar cautelosamente a oferta aos mercados em junho e julho.
Os setores considerados mais estáveis em momentos de incerteza do mercado -- como o de alimentos e bebidas e o imobiliário -- também fecharam em alta, enquanto as ações de tecnologia e mineradoras caíram.
Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,39%, a 7.108,00 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,23%, a 15.602,71 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,50%, a 6.521,52 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,23%, a 25.379,69 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,10%, a 9.180,70 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 1,08%, a 5.160,31 pontos.
CPI da Covid antecipa depoimento de governador do Amazonas após operação da PF
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da CPI da Covid no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), anunciou nesta quarta-feira a antecipação do depoimento do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), depois que a Polícia Federal realizou buscas na casa dele nesta manhã como parte de operação sobre suspeita de desvios de recursos para o combate à pandemia em um dos Estados mais afetados pela doença no país.
Originalmente, Lima, primeiro governador a prestar depoimento, iria à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no dia 29, mas agora ele terá de prestar depoimento aos senadores na próxima quinta-feira.
Mais cedo, a PF deflagrou operação no Amazonas para cumprir seis mandados de prisão e 19 de busca e apreensão no âmbito de investigação sobre suspeita de fraudes e superfaturamento em contratos voltados para o enfrentamento à Covid-19 no Estado.
A PF informou em nota que há indícios de que a cúpula do governo estadual teria orientado funcionários do alto escalão da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas a realizar contratação fraudulenta de hospital de campanha para favorecer grupo de empresários locais.
Suspeitas de desvios de recursos enviados pelo governo federal aos Estados para enfrentar a pandemia estão sob investigação da CPI da Covid no Senado.
Na última semana, a CPI aprovou convocação de nove governadores e do ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, apesar das dúvidas regimentais sobre a competência do Senado para convocar governadores de Estado.
Além de Lima, foram convocados Helder Barbalho (MDB), do Pará; Carlos Moisés (PSL), de Santa Catarina; Antonio Denarium (sem partido), de Roraima; Valdez Góes (PDT), do Amapá; Marcos Rocha (PSL), de Rondônia; Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal; Mauro Carlesse (PSL), do Tocantins; e Wellington Dias (PT), do Piauí, assim como Witzel.
Senadores optaram por levar à CPI governadores de Estados onde ocorreram operações da Polícia Federal por suspeitas de desvios de recursos federais para combate à pandemia de Covid-19.
Crise de energia afeta preços de alimentos e inflação, diz Campos Neto
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou nesta quarta-feira o impacto da atual crise de energia sobre os preços de alimentos e a inflação, e sobre "tudo o que fazemos", frisando que as questões relacionadas às mudanças climáticas têm ligação direta com o mandato dos bancos centrais.
"Olhamos para essas questões (climáticas) e vemos como isso afeta a política monetária. Tivemos todos esses choques, quer dizer, isso está de volta no Brasil porque estamos falando sobre crise de energia no Brasil de novo, porque não está chovendo o suficiente", disse Campos Neto, em inglês, durante seminário sobre riscos climáticos para o setor financeiro organizado pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS na sigla em inglês) .
"Então isso tem um efeito em inflação, nos preços dos alimentos, tem um efeito em tudo o que fazemos."
Segundo Campos Neto, os choques climáticos podem ter um impacto de longo prazo e afetam a taxa de juros neutra --"que é algo sobre o qual temos aprendido mais e mais"-- e também a estabilidade financeira.
Em sua intervenção, o presidente do BC também defendeu que os governos evitem regular os mercados de carbono por meio da taxação, pontuando que o mais eficiente é estimular a criação de um mercado para vendedores e compradores.
"A precificação do carbono, e ter um mercado mundial coordenado de carbono, seria uma das principais coisas que poderíamos fazer", afirmou.
"Acho que taxar o carbono levaria o governo a alocar recursos assumindo que eles sabem as preferências da sociedade, e isso nem sempre é verdadeiro. Precificação é sempre melhor que taxação."
BUREAU VERDE
Ao citar as principais ações da agenda de sustentabilidade do BC, Campos Neto enfatizou a criação do bureau verde, que centralizará informações sobre todas as operações de crédito rural do país em um formato de open banking, com a incorporação de critérios que identifiquem operações com características verdes.
O sistema está atualmente em consulta pública.
"O bureau se torna uma ferramenta para gerenciar riscos, mas também estimula o desenvolvimento de bonds verdes, de securitização", disse Campos Neto.
Ele afirmou, ainda, que o BC está incorporando a questão da sustentabilidade também internamente, na gestão das reservas internacionais.
ANA declara situação crítica de escassez hídrica na região da bacia do Paraná
SÃO PAULO (Reuters) - A Agência Nacional de Águas (ANA) decidiu declarar situação crítica de escassez de recursos hídricos na região da bacia do Paraná, que abriga os principais reservatórios hidrelétricos do Brasil, até 30 de novembro, em meio a uma crise de falta de chuvas que atinge o país e tem pressionado o setor de energia.
Com isso, a agência "poderá definir condições transitórias para a operação de reservatórios ou sistemas hídricos específicos", visando assegurar usos múltiplos das águas, segundo portaria publicada em edição extra do Diário Oficial da União na noite de terça-feira.
"Caso necessário, serão emitidos atos específicos para o estabelecimento de outras regras de uso da água a fim de assegurar os usos múltiplos", aponta a publicação, assinada pela diretora-presidente da ANA, Christianne Dias Ferreira.
A autarquia destacou que a região hidrográfica do Paraná atende diversas funções "de relevância econômica e social", além de concentrar os maiores reservatórios de hidrelétricas, principal fonte de energia do Brasil.
Segundo a ANA, a declaração da emergência hídrica leva em consideração a necessidade de adoção de medidas específicas em meio ao cenário de seca, incluindo atribulação intensa com órgãos estaduais.
A agência poderá ainda estabelecer outras regras de uso da água a fim de assegurar os usos múltiplos durante o período crítico.
A ANA também estabelecerá um grupo técnico para acompanhar a situação, com participação de órgãos estaduais de gestão de recursos hídricos.
Em paralelo, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), liderado pelo Ministério de Minas e Energia, disse após reunião na noite de terça-feira que "permanece o cenário de atenção quanto às condições de atendimento", dada a falta de perspectiva de chuvas relevantes o curto prazo.
O comitê voltou a ressaltar que será importante flexibilizar restrições à operação de diversas hidrelétricas para preservar o nível dos reservatórios e atender à demanda por energia até novembro, em meio ao período seco.
Representantes da ANA, do Ibama e do Ministério Público Federal participaram da reunião do CMSE.
O colegiado "reiterou a garantia do suprimento de energia elétrica em 2021 aos consumidores brasileiros", mas destacou "a importância do uso eficiente de água e energia elétrica, evitando desperdícios".
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, voltou a afirmar na noite de terça-feira, em entrevista à CNN, que não vê risco de racionamento de energia apesar da crise hídrica.
"Acho que estamos conduzindo as coisas de forma adequada e com bastante transparência", afirmou.
Ele disse ainda que "a situação hoje é completamente diferente de 2001", quando o país enfrentou um racionamento de eletricidade histórico, e de 2014 e 2015, quando o sistema ficou pressionado também pela falta de chuvas.
Segundo ele, o governo iniciou "campanhas de esclarecimento" no final do ano passado sobre economia de energia e tem intenção de manter essas iniciativas ao longo de 2021.
XP passa a ver inflação acima de 6% em 2021 com PIB mais forte e dívida menor
SÃO PAULO (Reuters) - A XP alterou uma série de previsões macroeconômicas para o Brasil nesta quarta-feira, passando a ver crescimento do PIB acima de 5%, dólar de 5,10 reais, inflação superior a 6% e Selic de 6,5% neste ano, com queda na relação dívida/PIB para em torno de 82%.
A dinâmica da Covid-19 permanece como principal risco ao crescimento da economia local, mas os profissionais avaliam que a campanha nacional de vacinação contra a Covid-19 ganhará tração nas próximas semanas, evitando retrocessos (pelo menos generalizados) no processo de reabertura econômica em curso.
Com uma economia em ritmo mais acelerado, com pressão de custos sobre bens industriais e mudança no cenário de bandeira tarifária para o fim do ano (de amarela para vermelha 2), o país terá inflação mais alta, de 6,2%, ante 5,4% da projeção anterior, distanciando-se ainda mais da meta para 2021 (3,75%) e do limite superior do intervalo de tolerância (5,25%).
"Dois riscos que monitorávamos atentamente se intensificaram. Em primeiro lugar, a elevação além do esperado nos preços de bens industriais ao produtor, medidos pelo IPA. Além disso, a crescente preocupação com a crise hídrica que afeta os preços das tarifas de energia elétrica", disseram.
O IPCA de 2022 também deve ficar maior, com a estimativa agora em 3,8%, de 3,5% antes --acima, portanto, da meta para o ano que vem (3,50%), mas ainda aquém do teto da faixa de tolerância (5,00%).
Custos mais altos vão ser acompanhados por juros mais elevados, com o Banco Central devendo abandonar o discurso de "normalização parcial" das condições monetárias.
A XP passou a ver Selic de 6,5%, taxa indicada pelo BC como neutra --não atrapalha nem ajuda a economia.
"O hiato do produto está se estreitando mais rápido do que o previsto, sugerindo que a economia não precisará mais de estímulos monetários ao longo de 2022. [...] Além disso, ancorar as expectativas de inflação é mais desafiador com a inflação corrente próxima de 9%", disseram.
Mesmo com a projeção de IPCA de 2022 acima da meta, o BC se limitará a elevar a Selic a 6,5%, por entender que parte relevante das pressões inflacionárias para o próximo ano está relacionada aos preços administrativos. Além disso, o BC aceitará o IPCA um pouco acima da meta para garantir que o hiato do produto continue se fechando no próximo ano, avaliaram os profissionais.
Entre outras mudanças, a XP passou a ver dólar de 5,10 reais ao fim deste ano, ante 5,30 reais do cálculo anterior. Os modelos, segundo Victor Scalet, estrategista macro da XP, indicam até uma taxa de câmbio mais apreciada, amparada pela dinâmica das contas externas e pela recuperação da atividade, mas riscos fiscais com componentes estruturais e agudos ainda devem manter o dólar acima dos 5 reais.
Ainda assim, o risco fiscal mais imediato foi mitigado com a resolução do Orçamento, entre outras razões, o que foi determinante para a melhora da expectativa para a taxa de câmbio.
A dívida bruta sobre o PIB deverá ficar em 82,2% neste ano, 6,6 pontos percentuais abaixo do nível registrado no final de 2020, de acordo com a XP. "O crescimento expressivo do PIB nominal (16% em relação ao ano passado), as devoluções do BNDES e a redução da projeção de déficit primário explicam a dívida mais baixa", disse a XP.
Bancos elevam projeções para Selic com fechamento mais rápido do hiato do produto e inflação
SÃO PAULO (Reuters) - A economia em ritmo mais acelerado e novos riscos à inflação relativos à crise hídrica começam a guiar mais analistas a projeções de Selic de pelo menos 6% ao fim deste ano, o que indica que nos próximos meses o Banco Central teria de abandonar o discurso de normalização "parcial" da política monetária.
O Bank of America revisou na véspera sua projeção para 6,00%, ante 5,00%. A Quantitas passou a ver taxa terminal de 7,5%, 1 ponto percentual acima da previsão anterior, o que sugere um juro na mesma magnitude acima da taxa neutra.
A XP revisou nesta quarta seu cenário para um juro de 6,5% em dezembro de 2021, e não mais 5,5%. Ao fim de 2022, o Bradesco vê a taxa básica em 6,5%, depois de ajustar a estimativa para fim de 2021 de 5,25% para 5,75%.
Essas mais recentes revisões foram divulgadas depois de dados mostrarem na terça-feira que a economia brasileira superou expectativas ao crescer 1,2% no primeiro trimestre sobre os três meses imediatamente anteriores.
A alta das expectativas de inflação também tem motivado as mudanças, e esse componente ganhou reforço adicional nos últimos dias com o encarecimento da energia elétrica (pelo acionamento da bandeira vermelha 2) a partir de uma crise hidrológica decorrente do baixo patamar dos reservatórios no Centro-Sul.
"Entendemos que o ciclo de aperto monetário seja completo (ao invés de parcial, com um 'pit-stop' em 5,5% este ano) porque o hiato do produto está se estreitando mais rápido do que o previsto, sugerindo que a economia não precisará mais de estímulos monetários ao longo de 2022", disse a XP em nota.
"Abandonamos nosso cenário de ajuste parcial das condições monetárias neste ano. Resta saber se o Copom fará o mesmo no comunicado de sua reunião de 16 de junho", acrescentou.
Ivo Chermont, economista-chefe da Quantitas, justifica a revisão do cenário para a Selic a partir de uma inflação "mais salgada" para 2022, de 4,2%, acima da meta de 3,5%. Ele disse que os números do PIB surpreenderam para cima, o que deve levar ao fechamento do hiato do produto entre o final deste ano e início do ano que vem.
"Somado à demanda reprimida pós-vacinação e a uma inflação mais puxada (inclusive em serviços), achamos mais consistente elevar a Selic final de 6,5% para 7,5%, 100 pontos-base acima da taxa de juros neutra", disse, prevendo taxa de 6,5% ao fim deste ano e aumento de 1 ponto percentual no começo de 2022.
Citando pressões de preços "mais persistentes" do que o inicialmente esperado, o BofA passou a ver Selic de 6,00% neste ano.
Para analistas do banco privado, o Banco Central terá de adiantar o ciclo de aperto monetário para debelar uma inflação acima da meta para 2021 e evitar que os preços correntes e as estimativas de inflação mais elevadas desancorem as expectativas de médio prazo.
O BofA agora vê o juro em 6,00% em 2022, ante 5,75% da projeção anterior.
A expectativa de inflação para 2022 já está em 3,68%, conforme a pesquisa Focus do Banco Central, em alta pela terceira semana consecutiva e distanciando-se da meta de 3,50%.
"O desafio da política monetária será o de manter as expectativas de inflação de 2022 ancoradas, diante de um ajuste ainda parcial. A Selic deve encerrar em patamar mais elevado do que em nosso cenário anterior, 5,75% contra 5,25%. Para 2022 esperamos que Selic chegue a 6,5%", disse o Bradesco em nota.
Governo espera leilão da Ferrogrão no 2º semestre, diz ministro
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O ministro da infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou nesta quarta-feira que o leilão para a construção da Ferrogrão, ferrovia que interligará Mato Grosso ao Pará, deve ocorrer no segundo semestre, embora ainda precise de autorização do Tribunal de Contas da União (TCU).
"Eu não sei quantos grupos vão entrar (no leilão da Ferrogrão), mas o fato é que há um interesse muito grande", disse o ministro, citando empresas como Hidrovias do Brasil e VLI como interessados. Freitas participou de evento promovido pela Associação dos Correspondentes de Imprensa Estrangeira no Brasil (ACIE).
"Temos falado com grandes fundos de investimentos preocupados inclusive com a temática da segurança alimentar", acrescentou.
A ferrovia terá uma extensão de quase mil quilômetros e o projeto tem enfrentado muitas objeções, incluindo ambientais.
O projeto do leilão da Ferrogrão foi enviado ao TCU em meados do ano passado e, segundo Freitas, agora o empreendimento está em fase de certificação de critérios ambientais por parte de consultoria internacional.
"Essa questão (ambiental) já está muito arredondada e muito madura (no TCU). Vamos ter autorização para fazer o leilão".
O ministro também estimou para até o meio do segundo semestre o leilão de nova concessão da rodovia Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro. A concessão atual, com a CCR, venceu em fevereiro e foi prorrogada por um ano para dar tempo para realizar o leilão, que o governo inicialmente que esperava para o início deste ano.
"Deve ser leiloado agora no início, no meio do segundo semestre", disse Freitas.
Leilão 5G deve acontecer em julho, diz ministro das Comunicações
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou nesta quarta-feira que o governo federal mantém o leilão da tecnologia 5G para o mês de julho, apesar de o Tribunal de Contas da União não ter ainda encerrado a análise do edital e não ter previsão para apreciação em plenário.
"A nossa previsão para o leilão é julho, julho é segundo semestre", disse Faria.
De acordo com o ministro, o TCU teria 150 dias para analisar o edital antes de devolver para a Agência Nacional de Telecomunicações, que então marcaria o leilão. Esse tempo, no entanto, poderia ter reduzido em até 60 dias, para três meses, e ainda não encerrou.
"Estamos respondendo todos os questionamentos. Espero que nas próximos semanas o TCU possa apreciar o leilão no Pleno. Depois que sair do TCU a gente tem em torno de 30 dias na Anatel para marcar o leilão. Não acredito que vá haver nenhum retrocesso de ter que voltar à estaca zero", afirmou o ministro.
Faria disse ainda que, mantido o prazo, todas as capitais brasileiras deverão ter já o 5G Stand Alone até julho de 2022. Ao mesmo tempo, as operadoras terão até 2028 para implementar todas as obrigações detalhadas no leilão, que incluem a extensão da internet 4G para todos os municípios com mais de 600 habitantes e redes de fibra ótica para atender a região Norte, entre outras exigências.
No final desta semana, uma comitiva de Brasília embarca para os Estados Unidos para visitas à órgãos do governo norte-americano, onde irão conhecer a rede privativa de 5G instalada no país e que o governo brasileiro incluiu no leilão.
Também haverá visitas a empresas de telecomunicações e de bancos de investimento.
Hidrovias segue operando com todos comboios no Corredor Sul, em meio a crise hídrica
SÃO PAULO (Reuters) - A companhia de logísticas Hidrovias do Brasil informou nesta quarta-feira que segue operando com todos os comboios no Corredor Sul, em resposta a notícias que apontavam para possíveis impactos da crise hídrica às operações do setor.
A manifestação da empresa ocorre após a Agência Nacional de Águas (ANA) ter declarado situação crítica na bacia do Paraná, que abriga os principais reservatórios hidrelétricos do Brasil, até 30 de novembro, em meio a uma crise de falta de chuvas.
A Hidrovias do Brasil disse em comunicado que o Corredor Sul está em situação atípica desde o ano passado, acrescentando que até o momento não observou nenhum impacto direto em suas operações que esteja relacionado ao tema.
"(A empresa) não opera nas regiões onde os reservatórios hidrelétricos citados nas notícias estão alocados", afirmou.
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