Nova explosão de preços em Chicago. Agora é o milho, puxando a soja. Olha o cavalinho aí de novo...!
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Milho, soja e trigo fecham em alta em Chicago após semana volátil
CHICAGO (Reuters) - Os contratos futuros de milho, soja e trigo negociados em Chicago avançaram nesta sexta-feira, após três dias de operações voláteis, na esteira de um rali que os levou a máximas de oito anos, disseram operadores.
O vencimento mais ativo do milho fechou em alta de 25 centavos de dólar, a 6,7325 dólares por bushel, acumulando salto de 40,75 centavos, ou 6,4%, na semana.
A soja avançou 32 centavos, para 15,3425 dólares o bushel, com ganho de 8,25 centavos na semana, uma alta de 1,2%.
Já o trigo subiu 5,75 centavos, a 7,3475 dólares/bushel, e apurou acréscimo de 22,50 centavos, ou 3,2%, na semana.
"A volatilidade que temos visto provavelmente vai continuar na semana que vem, dado que o período de 'respiro' desta semana não nos deixou com muitas respostas", disse Dan Hussey, estrategista sênior do Zaner Group.
O tempo frio no início da temporada de desenvolvimento das safras do Meio-Oeste dos Estados Unidos e a seca no sul do Brasil têm exacerbado temores relacionados à oferta global, em momento em que a demanda chinesa segue forte.
Apesar da seca, MT tem parte do milho 'salvo'; cenário se agrava em outros Estados
SÃO PAULO (Reuters) - Em momento em que ficam mais evidentes as perdas pela seca na segunda safra de milho do Brasil, o Mato Grosso já tem algumas áreas "salvas", enquanto em outros Estados que plantam mais tarde crescem temores sobre o agravamento da quebra de produção, conforme representantes do setor e analistas ouvidos pela Reuters.
Nesta sexta-feira, a Safras & Mercado cortou em mais de 8,5 milhões de toneladas a projeção para a colheita de milho do Brasil, para cerca de 104 milhões de toneladas, com a estiagem pressionando a estimativa para a segunda safra que está em desenvolvimento.
Comparada à avaliação de março, a consultoria reduziu em mais de 3 milhões de toneladas a produção em Mato Grosso, para 30,4 milhões de toneladas, mas ainda assim vê áreas em boas condições no maior produtor brasileiro, o que traz algum alívio para o mercado que lida com preços recordes do cereal no Brasil.
"Os lados oeste e norte de Mato Grosso estão bem", disse o analista da Safras Paulo Molinari.
"Os problemas estão no Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais", acrescentou ele, citando outros importantes Estados produtores de milho.
Já o gerente de inteligência de mercado do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Cleiton Gauer, adotou cautela para falar de perdas, mas comentou que as áreas plantadas mais cedo foram as mais beneficiadas pelas condições climáticas.
"Produtores com áreas mais adiantadas (no desenvolvimento) têm um milho praticamente salvo", disse Gauer.
Já o cereal semeado tardiamente ainda depende do cenário que vai se desenhar até a primeira quinzena de maio para confirmar qual será a produtividade.
Temores quanto às condições da safrinha contribuíram para um rali na bolsa de Chicago e o milho chegou a superar 7 dólares por bushel nesta semana, maior patamar desde 2013, com o mercado atento às ofertas dos Estados Unidos e Brasil.
GARGALOS
O presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS), André Dobashi, disse que há regiões do Estado com mais de 35 dias sem chuvas e as perdas estimadas para a produção da segunda safra de milho já giram em torno de 20% nestas áreas.
"Como o milho está muito atrasado no Estado inteiro, devido à colheita tardia da soja, a situação está complicada no Estado inteiro", afirmou.
Segundo ele, inicialmente, a entidade estimava a produtividade do cereal da safrinha em 75 sacas por hectare e, com isso, a produção poderia chegar a 9 milhões de toneladas, ante 8,19 milhões na temporada anterior.
No entanto, Dobashi disse que esta projeção será revisada para baixo em breve, "algo que deixaria a produção ainda mais distante do ideal, que seria entre 11 milhões e 12 milhões de toneladas, considerando a demanda interna e a exportação".
No Paraná, o Departamento de Economia Rural (Deral) reduziu nesta quinta-feira sua estimativa para a segunda safra de milho em 1,15 milhão de toneladas, para 12,23 milhões, por causa da seca.
"As condições de clima não estão favoráveis. Chuvas abaixo da média em todo o Estado ocasionaram uma piora geral das lavouras de milho e, consequentemente, reduzindo a expectativa de produção", afirmou à Reuters o analista do Deral Edmar Gervásio.
Ele lembrou que, como a produção tinha potencial para alcançar 14,5 milhões de toneladas nesta temporada, é possível considerar que já foi consolidada uma quebra em torno de 2 milhões de toneladas.
"E poderemos ter ainda mais perdas, tanto pelo prolongamento da estiagem, por doenças e, eventualmente, até uma geada mais cedo."
O analista de agronegócios da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), Caio Coimbra, ressaltou que as chuvas nas lavouras de milho segunda safra ficaram em torno de 15% do que era esperado para a época, pressionando o rendimento de uma temporada que vinha repleta de otimismo puxado pelo forte avanço de área.
Com base em dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ele lembrou que a área cresceu 35%, para 606,8 mil hectares. A estatal ainda vê uma alta de 32% na produção, para 3,76 milhões de toneladas, apesar da queda de 2% na produtividade.
"Mas esta perda de produtividade já é mais intensa do que a Conab espera e pode estar entre 4% e 5%. E se o mês de maio não tiver chuva, pode ficar ainda mais intenso. Temos chance de quebra na safrinha mineira sim", alertou.
Produção de milho do Brasil cairá para 104,14 mi t em 20/21, prevê Safras & Mercado
SÃO PAULO (Reuters) - A produção brasileira de milho em 2020/21 deverá somar 104,14 milhões de toneladas, com os efeitos da seca deixando a colheita do país abaixo do total da temporada passada (106,8 milhões), estimou a Safras & Mercado nesta sexta-feira, ao reduzir sua projeção.
Até março, a consultoria estimava a safra do Brasil em 112,8 milhões de toneladas, mas a seca derrubou produtividades em todos os Estados produtores da segunda safra ("safrinha"), a maior colheita do cereal país, disse o consultor Paulo Molinari em nota.
Assim, a produtividade média da safra brasileira 2020/21 deve ficar em 4.933 quilos por hectare de milho, inferior aos 5.436 quilos por hectare projetados em março e aos 5.468 quilos por hectare obtidos na temporada 2019/20.
Na "safrinha", segundo Molinari, houve um "corte bastante expressivo na estimativa de produção devido à estiagem", e a produção foi revisada para 70,79 milhões de toneladas, ante as 80,68 milhões de toneladas indicadas no mês de março.
"Houve perdas significativas na safrinha do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso", disse ele.
Com isso a segunda safra deste ano deve ficar abaixo das 73,48 milhões de toneladas colhidas em 2020, comentou ele.
A queda na produção brasileira ocorrerá apesar de um aumento de 8% na área total cultivada no país, para 21,1 milhões de hectares, em meio a preços do cereal em patamares históricos.
Leilão da Cedae é momento que marca história e economia do Brasil, diz Bolsonaro
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira, no encerramento do leilão de ativos da Companhia Estadual de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro (Cedae), que o certame é um momento que marca a história e a economia do país .
"Este é um momento que marca a nossa história, a nossa economia. Um governo voltado para a liberdade de mercado, na confiança dos investidores e na fé de que o Brasil pode ser diferente", disse o presidente ao encerrar o leilão realizado na bolsa paulista B3.
As empresas de saneamento Aegea e Iguá venceram a disputa pela maior parte dos ativos processados em leilão nesta sexta-feira, com ofertas de outorgas de mais de 100% sobre os lances em um total de 22,7 bilhões de reais, ante uma outorga mínimo de 10,6 bilhões.
Leilão da Cedae rende R$ 23 bilhões em outorga (no Poder360)
Os consórcios Aegea e Iguá venceram nesta 6ª feira (30.abr.2021) o leilão da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro). O certame ofereceu os serviços de abastecimento de água e coleta e tratamento de 35 cidades do Estado, que foram divididos em 4 blocos.
Eis cada bloco e seu respectivo futuro concessionário:
A capital foi dividida entre os blocos seguindo o modelo de concessão chamado “filé com osso”. Na prática, significa juntar ativos mais interessantes aos menos disputados para que todas as cidades sejam contempladas.
Mesmo assim, um dos blocos ficou sem oferta nesta 6ª feira. A Aegea chegou a apresentar proposta para o bloco 3 na 3ª feira (27.abr), mas foi autorizada a retirá-la por ter vencido outros blocos.
As metas de atendimento são de 99% de distribuição de água e 90% de coleta e tratamento de esgoto até 2033. O ano que cada município deverá alcançar esses objetivos dependerá do atendimento atual e da população. Na capital, a meta de abastecimento de água deverá ser atingida em 8 anos. A coleta de esgotos, em 12 anos.
Segundo o governo do Rio de Janeiro, serão investidos R$ 30 bilhões durante o período de vigência da concessão. A Baía de Guanabara será contemplada com R$ 2,6 bilhões em iniciativas de despoluição.
Apesar do certame, a companhia não será totalmente privatizada. A Cedae ainda fará a captação e tratamento da água, que será vendida aos concessionários.
HISTÓRICO DA CONCESSÃO
O leilão é o 1º desde a aprovação do novo marco regulatório do saneamento, que visa aumentar a participação privada no setor. Foi marcado por uma série de tentativas de suspensão. Só na última semana, foram duas:
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O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) do Rio de Janeiro suspendeu o edital na última 2ª feira (26.abr), mas, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, suspendeu a liminar no dia seguinte;
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Na 5ª feira (29.abr), a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) aprovou um decreto que suspendia o edital, mas o governo do Estado manteve o certame. A gestão dos serviços de saneamento básico é municipal, por isso, não coube a interferência.
A privatização da companhia foi uma das condições impostas pelo governo federal para que o Rio de Janeiro pudesse aderir ao RRF (Regime de Recuperação Fiscal), programa criado em 2017 que permite que o Estado receba ajuda da União. O Estado contemplado fica autorizado, por exemplo, a congelar o pagamento das dívidas em troca de 1 compromisso de ajuste nas contas públicas.
Desemprego bate recorde e atinge 14,4 milhões de brasileiros (no Poder360)
Maior número da série histórica; Taxa de desocupação fica estável
A marca representa uma alta de 2,9% (mais 400 mil pessoas desocupadas) ante o trimestre anterior, de setembro a novembro de 2020 (14 milhões de pessoas).
Os dados foram divulgados nesta 6ª feira (30.abr.2021) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Eis a íntegra (749 KB).
A taxa de desocupação atingiu 14,4%, ficando estável frente ao trimestre de setembro a novembro de 2020 (14,1%) e com alta de 2,7 pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre móvel de 2020 (11,6%).
A população ocupada (85,9 milhões de pessoas) ficou estável em relação ao trimestre móvel anterior e caiu 8,3%, (menos 7,8 milhões de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2020.
O nível de ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) chegou a 48,6%, ficando estável frente ao trimestre móvel anterior (48,6%) e recuando 5,9 p.p. em relação a igual trimestre do ano anterior (54,5%).
A população subutilizada (32,6 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre móvel anterior e cresceu 21,9% (mais 5,9 milhões de pessoas) em relação a igual trimestre de 2020.
A população fora da força de trabalho (76,4 milhões de pessoas) ficou estável ante o trimestre anterior e cresceu 15,9% (10,5 milhões de pessoas) frente a igual trimestre de 2020.
A população desalentada (6 milhões de pessoas) é recorde da série histórica, ficando estável frente ao trimestre móvel anterior e crescendo 26,8% ante o mesmo período de 2020.
O percentual de desalentados na força de trabalho (5,6%) ficou estável frente ao trimestre móvel anterior e subiu 1,4 p.p. ante o mesmo período de 2020 (4,2%).
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 29,7 milhões de pessoas, com estabilidade frente ao trimestre anterior e queda de 11,7% (menos 3,9 milhões de pessoas) frente ao mesmo período de 2020.
O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (9,8 milhões de pessoas) ficou estável em relação ao trimestre anterior e reduziu 15,9%, menos 1,8 milhão de pessoas frente a igual trimestre de 2020.
O número de trabalhadores por conta própria (23,7 milhões) teve alta de 3,1% frente ao trimestre móvel anterior (mais 716 mil de pessoas) e caiu 3,4% ante o mesmo período de 2020 (menos 824 mil pessoas).
A categoria dos trabalhadores domésticos (4,9 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre anterior, mas recuou 21,0% (-1,3 milhão de pessoas) ante o mesmo período de 2020.
A taxa de informalidade foi de 39,6% da população ocupada, ou 34 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior, a taxa havia sido 39,1% e no mesmo trimestre de 2020, 40,6%.
Medo de efeitos da Covid volta e Bovespa cai com realização de lucros
SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa brasileira mostrava baixa nesta sexta-feira, com prevalência de movimentos de realização de lucros, a exemplo do que ocorria em Wall Street, em meio a renovados receios dos efeitos econômicos da pandemia.
Às 12:02, o Ibovespa exibia queda de 0,56%, aos 119.397,14 pontos. O giro financeiro da sessão era de 10,44 bilhões de reais.
Queda das cotações de commodities, como petróleo, na esteira de maiores preocupações de investidores com desdobramentos econômicos globais possíveis da escalada da Covid-19 na Índia, pesavam sobre empresas do setor, pontuou a Sul América Investimentos em nota a clientes.
Com alta de 9% do Ibovespa desde o início de março (2,94% em abril) até a véspera, e temores de uma possível terceira onda da pandemia no Brasil, alguns investidores têm preferido embolsar ganhos recentes, movimento que atinge ações de maior liquidez.
Essa tendência era amortecida parcialmente por ganhos de ações de empresas que divulgaram balanços robustos, casos de Fleury e Unidas, além de Lojas Renner, que concluiu oferta de ações, e de Embraer, que teve elevado o preço-alvo de seus ADRs.
O dia é marcado ainda pela estreia das units do Banco Modal e pelo leilão de concessão da companhia fluminense de saneamento básico Cedae.
DESTAQUES
- LOJAS RENNER subia 1,1%, a 40,40 reais, após a companhia ter concluído uma oferta primária restrita de 102 milhões de ações, precificada a 39,00 reais cada, num total de 3,978 bilhões de reais.
- FLEURY avançava 0,6%. A companhia de diagnósticos médicos informou na noite da véspera que teve lucro líquido de 118,6 milhões de reais no primeiro trimestre, mais que o dobro do obtido um ano antes, com mais exames eletivos, além de demanda por testes de Covid-19. Em nota a clientes, o Credit Suisse elogiou a evolução das receitas, mas pontuou que a pandemia ainda limita maior visibilidade sobre o valor das novas linhas de negócios da empresa.
- UNIDAS tinha ganho de 1%, também na esteira de balanço de janeiro a março, quando a locadora de veículos e gestão de frotas teve lucro líquido recorde de 231,4 milhões de reais, quase três vezes maior que um ano antes.
- EMBRAER era desvalorizada em 0,6%. A fabricante de aeronaves teve o preço-alvo de seus a ADRs elevado pelo Credit Suisse e pelo UBS após ter divulgado que fechou um pedido firme de venda de 30 jatos E195-E2 para cliente não divulgado com entregas a partir de 2022.
- BANCO MODAL recuava 4,65% em sua estreia no pregão, após ter concluído na quarta-feira sua oferta inicial de ações (IPO) de 1,17 bilhão de reais.
- CSN caía 2,5%, puxando a fila das perdas no setor de aço e mineração. VALE perdia 1,1%. No setor de petróleo, PETROBRAS, tinha estabilidade.
- BRADESCO subia 0,8%, reagindo parcialmente às fortes perdas da véspera, com ações do setor financeiro mostrando rotas distintas. ITAÚ UNIBANCO era valorizada em 0,6%, enquanto SANTANDER BRASIL tinha baixa de 0,7%. BANCO DO BRASIL retrocedia 0,1%.
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