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Empresa de carnes Perdue leva 31 mil t de soja do Brasil para os EUA
SÃO PAULO (Reuters) - A processadora de carnes norte-americana Perdue vai embarcar cerca de 31,45 mil toneladas de soja do Brasil para os Estados Unidos, segundo dados da agência de marítima Cargonave, à medida que os estoques diminuem no mercado norte-americano.
O navio Four Turandot deve chegar na quarta-feira ao porto de Barcarena, no Norte do Brasil, e partir no dia 9 de maio, mostram os dados da programação de navios da Cargonave.
Procurada, a Perdue não respondeu de imediato a um pedido de comentário.
O Brasil, maior produtor e exportador global de soja, raramente vende a oleaginosa para os EUA --a China é o principal comprador dos grãos do país.
Os Estados Unidos, segundo exportador e produtor, geralmente importa pequenos volumes de soja todos os anos. O país possui infraestruturas de manuseio de grãos que permitem exportações em grande escala.
Quando a oferta doméstica nos EUA está excepcionalmente apertada, instalações de processamento na Costa Leste dos EUA normalmente são as primeiras a importar, uma vez que os custos de embarque de grãos do Meio-Oeste por ferrovia podem ser maiores do que os custos de importação, disseram traders.
As margens de importação para essas instalações são atualmente favoráveis para embarques do final da primavera até os meses de verão no Hemisfério Norte, segundo os traders.
Os estoques de soja dos EUA devem cair para o equivalente a apenas nove dias e meio de consumo em setembro, antes da próxima safra, o nível mais apertado já registrado, de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos EUA analisados pela Reuters.
Os Estados Unidos importaram quase 2 milhões de toneladas da oleaginosa na temporada 2013/14 e pouco mais de 1 milhão de toneladas na safra 2012/13, segundo dados do USDA. O USDA projeta 953.000 toneladas de importação de soja na atual temporada, embora alguns traders digam que os volumes podem ser maiores.
Anec reduz projeção de exportação de soja do Brasil em abril para até 15,78 mi t
SÃO PAULO (Reuters) - As exportações brasileiras de soja devem alcançar até 15,78 milhões de toneladas em abril, estimou a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) nesta terça-feira, ao reduzir o ponto máximo de sua projeção ante a semana anterior, embora o resultado ainda represente um recorde mensal.
Na semana passada, a perspectiva indicava que as exportações poderiam ir até 16,79 milhões de toneladas.
O piso da projeção da Anec foi mantido em 14 milhões de toneladas, de acordo com os dados baseados na programação de navios.
Em abril de 2020, as exportações da oleaginosa atingiram a máxima histórica de 14,28 milhões de toneladas. Sendo assim, caso a projeção mais otimista para este mês se confirme, o país poderá bater um novo recorde.
Para o milho, a Anec manteve inalterada a projeção de embarques para este mês em cerca de 30 mil toneladas.
Abiove pede 'sinalização forte' do governo em relação à mistura do biodiesel
SÃO PAULO (Reuters) - A redução da mistura obrigatória de biodiesel no diesel poderia resultar em mais exportação de óleo de soja e do grão pelo Brasil, disse o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), André Nassar, em entrevista à Reuters.
Por isso, ressaltou ele, a indústria precisa saber se a decisão de mudar o "blend" valerá apenas para o último leilão, quando passou de 13% para 10% para abastecer o mercado em maio e junho, ou se também para os seguintes neste ano.
"Vai depender da sinalização para o próximo leilão. Se o governo não sinalizar e garantir aumento da mistura, eu acho que ou a gente vai exportar óleo ou a gente vai exportar grão,” disse ele no fim da tarde da segunda-feira.
A mistura passou de 12% para 13% a partir do leilão realizado para atender o mercado em março e abril. Mas o governo reduziu provisoriamente o percentual para 10% no último certame, diante de altos preços do óleo de soja, matéria-prima que responde por mais de 70% do biodiesel produzido no Brasil.
A consultoria StoneX alertou em meados do mês que o Brasil deve exportar mais óleo de soja e grão in natura, após uma redução na mistura no leilão 79.
No ano passado, quando a pandemia do novo coronavírus se instalou, caiu a demanda por diesel, o que também afetou o mercado de biodiesel brasileiro.
"Agora foi o governo que reduziu o mandato de biodiesel. Convencer o governo a voltar atrás é muito mais difícil do que lidar com as incertezas do mercado."
Nassar comentou que a redução na mistura fez o preço do biodiesel ter um desconto em relação ao preço do óleo.
Desta forma, a manutenção da mistura em 10% acarretaria uma queda nas margens de esmagamento, especialmente levando em conta o alto preço da soja na bolsa de Chicago.
"Para que você vai ficar carregando soja para o segundo semestre sem margem? Melhor exportar" disse.
A Abiove ainda não refez as projeções de exportação de grãos ou óleo em 2021, pois ainda analisa o impacto da decisão do governo.
"A gente acha que o governo está correndo um risco enorme. A gente acha que eles precisam sinalizar para o mercado que vai subir (a mistura)."
Os leilões de biodiesel acontecem a cada dois meses, mas as autoridades deveriam se pronunciar já, segundo ele, acrescentando que a hesitação do governo se traduz em insegurança no mercado.
"O governo em tese acha que tem dois meses para dizer... Mas a gente não acredita. Porque no meio do leilão ele baixou a mistura de 13% para 10%. Então ele precisa mostrar de forma firme o que vai ser."
Em 2020, após a pandemia impactar o mercado de diesel e consequentemente de biodiesel, as tradings exportaram mais óleo de soja do que o esperado, com o Brasil fechando o ano com embarques de 1,1 milhão de toneladas, cerca de 300 mil acima do estimado em meados de julho.
Com o aumento da mistura para 13%, a Abiove projeta preliminarmente queda acentuada nas exportações de óleo de soja do país, para 700 mil toneladas, de acordo com os últimos números da associação.
Já as exportações de soja em grãos do Brasil em 2021 estão estimadas em 84,5 milhões de toneladas, um recorde que supera o volume de cerca de 83 milhões de 2020, conforme estimativa publicada no site da Abiove.
Ministério aposta em leilão da Ferrogrão no 2.o semestre de 2021
SÃO PAULO (Reuters) - O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou nesta terça-feira que o leilão da ferrovia Ferrogrão deve ocorrer no segundo semestre e que os entraves legais que estão impedindo o projeto serão superados.
A ferrovia, um projeto bilionário de construção entre o Mato Grosso e o Pará, teve projeto enviado ao Tribunal de Contas da União (TCU) em meados do ano passado e, segundo Freitas, agora o empreendimento está em fase de certificação de critérios ambientais por parte de consultoria internacional.
"O Brasil precisa da Ferrogrão. Vai ser divisor de águas e regulador de tarifas (de frete)", afirmou Freitas durante evento online do banco Santander Brasil. "Estamos caminhando a passos largos para a obtenção de selo verde que vai tirar o risco de imagem que alguns interessados às vezes observam", disse Freitas sem citar o nome da consultoria.
Com 933 km de extensão, a Ferrogrão terá, segundo o governo, papel estruturante para o escoamento de produção de grãos do Centro-Oeste e de outros produtos como fertilizantes, açúcar e etanol. A expectativa de investimento no projeto, que tem sido alvo de uma série de questionamentos judiciais, é de 8,4 bilhões de reais.
Em março, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu medida cautelar para suspender a eficácia de uma lei de 2017 que altera os limites do Parque Nacional do Jamanxim, no Pará, para permitir a passagem da Ferrogrão.
Freitas afirmou também durante o evento que o marco regulatório das ferrovias está na "reta final" de avaliação pelo Senado e estimou que uma tramitação do texto pela Câmara dos Deputados será "muito rápida". Segundo o ministro, o marco deve gerar mais de 20 bilhões de reais em investimentos para o setor.
O ministro também afirmou que o edital de concessão da rodovia Nova Dutra, entre Rio de Janeiro e São Paulo, está em fase final para um parecer no TCU.
Setor de algodão do Brasil faz acordo com associação chinesa para impulsionar vendas
SÃO PAULO (Reuters) - A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) assinou nesta terça-feira um memorando de entendimento com a China Cotton Association (CCA, na sigla em inglês) no intuito de promover o comércio da pluma ao país asiático e fortalecer a relação do Brasil com o maior comprador global da commodity.
O presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, disse à Reuters que o acordo será de grande auxílio ao setor, pois permitirá o aumento da troca de informações com a China, destino de cerca de 35% do algodão brasileiro na atual temporada.
"Eles poderão nos dizer quais são as restrições existentes no mercado chinês, eventuais problemas que o algodão brasileiro possa ter, para que sejam corrigidos... é uma maneira de entender melhor a demanda", afirmou ele, que não mencionou o quanto o acordo poderia elevar as exportações brasileiras.
Além deste, a Abrapa pretende fechar acordos com outras entidades chinesas e demais países compradores de algodão na Ásia, acrescentou Busato.
Atualmente, o Brasil é o segundo maior fornecedor de algodão para a China, atrás apenas dos Estados Unidos, e tem conseguido manter o "market share" que ganhou durante a guerra comercial entre Washington e Pequim.
Busato disse que os norte-americanos estão no mercado chinês de algodão há muito tempo e já possuem acordos nos mesmos moldes que o firmado entre a Abrapa e a CCA.
"Por isso (os EUA) chegaram onde chegaram e nós também estamos indo no mesmo caminho", afirmou, ao citar que a liderança no fornecimento da pluma se deve muito ao nível de credibilidade que o algodão americano possui na China. "Precisamos conquistar isso também", acrescentou.
De acordo com a Abrapa, a CCA foi criada em 2003 e possui dentre os membros desde produtores de algodão a empresas do setor têxtil e institutos de pesquisa.
"Ampliar as relações comerciais é o que (na ponta produtiva) vai trazer uma rentabilidade para o agricultor brasileiro. É isso que precisamos garantir para que a gente possa cada vez mais aumentar a área de algodão."
A Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) estima que o Brasil deve encerrar a safra 2020/21 com vendas entre 700 mil e 750 mil toneladas da pluma para a China. Até março, foram embarcadas 651 mil toneladas, número que já superou o total enviado ao país na temporada 2019/20, de 570 mil.
BOLSA EUA-Futuros rondam níveis recordes com foco em balanços de tecnologia e Fed
(Reuters) - Os futuros dos índices de ações norte-americanos rondavam a estabilidade nesta terça-feira, com os investidores se preparando para balanços de grandes empresas de tecnologia e esperando por pistas do Federal Reserve sobre sua postura de política monetária.
O foco está nos resultados da Microsoft e da Alphabet, que serão divulgados após o fechamento dos mercados. Apple, Facebook e Amazon.com apresentarão seus balanços ainda esta semana. As cinco empresas combinadas respondem por cerca de 22% da capitalização de mercado do S&P 500.
O S&P 500 e o Nasdaq terminaram em níveis recordes na segunda-feira, com o Nasdaq completando uma recuperação completa de sua correção de 11% iniciada em fevereiro.
Os e-minis do Dow Jones tinham variação negativa de 0,01%, enquanto os do S&P tinham alta de 0,06% e os do Nasdaq subiam 0,08%.
Reforma administrativa pode ser aprovada este ano, diz secretário de Guedes
BRASÍLIA (Reuters) - O secretário Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Caio Mário Paes de Andrade, sinalizou nesta terça-feira a possibilidade de a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Administrativa ser aprovada ainda neste ano pelo Congresso Nacional.
Em entrevista à Jovem Pan, Paes de Andrade disse que a reforma, que atualmente tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, "deve sair de lá rapidamente".
"Se Deus quiser, nós vamos aprovar (em 2021). O presidente (Arthur) Lira está bastante entusiasmado. Lá na comissão também, deve sair de lá rapidamente. Nós estamos comprometidos aqui, trabalhando bastante", afirmou.
O secretário reiterou por diversas vezes que a PEC não comprometerá nenhum servidor atual, apenas os futuros. "É um trabalho que nós esperamos que existam resistências, é óbvio, mas a gente também sabe que a população clama por isso."
A PEC, apresentada pelo governo em setembro de 2020 restringe a prerrogativa de estabilidade no emprego para os servidores públicos e acaba com uma série de benefícios, como férias de mais de 30 dias e aposentadoria compulsória como punição.
Ao ser questionado sobre avaliação de desempenho dos servidores, Paes de Andrade disse que sua será acompanhada por uma série de critérios para aplicação.
"É fundamental que sejam feitas avaliações periódicas. As avaliações têm que ser bem criteriosas e elas também têm que poder aplicar tanto os prêmios quanto punições", complementou.
Na segunda-feira, por meio da sua conta no Twitter, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a Câmara dos Deputados e o Senado têm o compromisso de votar ainda neste ano as reformas tributária e administrativa.
Guedes diz que China inventou coronavírus, mas tem vacina menos eficaz que EUA
(Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira que o coronavírus foi inventado pela China e que a vacina desenvolvida pelos chineses é menos efetiva que a criada pelos norte-americanos.
Os comentários foram feitos durante reunião do Conselho de Saúde Complementar, na qual também estava presente o chefe da pasta da Saúde, Marcelo Queiroga. Após saber que o vídeo estava sendo gravado, Guedes disse: "Só não manda para o ar, por favor".
A transmissão do evento fora feita pelas redes sociais do Ministério da Saúde, mas após o término da reunião o vídeo não estava mais disponível.
Guedes falava sobre a relevância do investimento privado para o avanço de tecnologias em países desenvolvidos e chegou a citar como exemplo a vitória de Estados Unidos e Reino Unido na Segunda Guerra Mundial, que, segundo ele, ocorreu pela força do setor industrial de ambos.
Ao fim da fala, o ministro afirmou: "O chinês inventou o vírus, e a vacina dele é menos efetiva do que a do americano."
"O americano tem cem anos de investimento e pesquisa", acrescentou o ministro, emendando que basta os norte-americanos conhecerem o vírus para rapidamente desenvolverem um imunizante.
Guedes fez uma exortação sobre "acreditar no setor privado" e disse: "Nós, governo, não teremos capacidade de cuidar da saúde do povo brasileiro todo", justificando que, nos EUA, de acordo com o ministro, ocorre o mesmo.
Críticas de integrantes do governo e de pessoas próximas ao presidente Jair Bolsonaro à China causaram mal-estar no ano passado. O país asiático --maior parceiro comercial do Brasil-- é fornecedor do insumo farmacêutico ativo (IFA) da CoronaVac, vacina do laboratório chinês Sinovac, e da vacina da AstraZeneca com a Universidade de Oxford, os dois únicos imunizantes que estão sendo aplicados no Brasil atualmente.
Québec relata primeira morte no Canadá após vacina da AstraZeneca
MONTRÉAL (Reuters) - A província de Québec registrou nesta terça-feira a primeira morte de uma paciente canadense que teve um problema raro de coagulação depois de receber a vacina contra Covid-19 da AstraZeneca.
O Canadá registrou ao menos cinco casos de coágulos sanguíneos após imunizações com a vacina, mas autoridades de saúde pública insistem que os benefícios do imunizante da AstraZeneca superam os riscos em potencial.
O diretor de saúde pública de Québec, Horacio Arruda, disse a repórteres que a morte da mulher de 54 anos por trombose não mudará a estratégia de vacinação da província.
Já o ministro da Saúde de Québec, Christian Dubé, disse que a província já vacinou cerca de 400 mil pessoas com a vacina da AstraZeneca.
"É um risco calculado, mas evidentemente pensamos nesta mulher, em sua família, seus entes próximos... é duro", disse o premiê de Québec, François Legault.
Enfrentando uma terceira onda do vírus, várias províncias canadenses, inclusive a mais populosa do país, Ontario, começaram recentemente a oferecer a vacina da AstraZeneca a pessoas de 40 anos ou mais.
Québec, onde os casos de coronavírus recuaram ultimamente, permite que a vacina seja administrada a pessoas de 45 anos ou mais.
Pessoas vacinadas podem ficar sem máscara em lugares abertos em alguns casos, diz CDC
(Reuters) - Pessoas totalmente vacinadas podem realizar atividades ao ar livre como andar e fazer caminhadas sem usar máscaras com segurança, mas deveriam continuar usando coberturas faciais em espaços públicos onde estas são exigidas, disse o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) nesta terça-feira.
A nova diretriz chega no momento em que metade dos adultos norte-americanos já recebeu ao menos uma dose de vacina contra Covid-19, de acordo com o CDC.
"A divulgação destas novas diretrizes é um primeiro passo para ajudar os americanos totalmente vacinados a retomarem atividades que deixaram de realizar por causa da pandemia, mas tendo em mente o risco em potencial de transmitir o vírus a outros", disse o CDC.
Especialistas consideram o uso de máscaras uma das maneiras mais eficazes de controlar a transmissão do vírus. Como a maior parte da transmissão da Covid-19 ocorre em local fechado e as vacinações estão aumentando, o uso de máscaras ao ar livre é um tema de debate público há semanas nos EUA, já que os norte-americanos querem usufruir dos benefícios de estar totalmente vacinados.
Os casos novos de Covid-19 diminuíram 16% na última semana, e mais de 140 milhões de pessoas já receberam ao menos uma dose das vacinas autorizadas da Pfizer/BioNTech e da Moderna ou a vacina de uma dose da Johnson & Johnson.
Foi a maior queda percentual no número semanal de casos novos desde fevereiro, de acordo com uma análise de dados de condados e Estados feita pela Reuters.
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