O Mundo precisa saber: Produtores agrícolas brasileiros são os que mais conservam o solo no Planeta
Bolsonaro se compromete com desmatamento zero em carta a Biden, mas pede recursos
BRASÍLIA (Reuters) - Em carta enviada ao presidente norte-americano, Joe Biden, o presidente Jair Bolsonaro se comprometeu, pela primeira vez, em eliminar o desmatamento ilegal no país até 2030, uma meta que o governo brasileiro tinha evitado prometer até agora, mas também pediu recursos para cumprir os compromissos assumidos.
O texto é uma tentativa de mostrar o comprometimento brasileiro com ações para minorar como mudanças climáticas, um dos temas centrais da agenda de governo de Biden, uma semana antes da Cúpula do Dia da Terra, organizada pelos Estados Unidos para o próximo dia 22.
"Queremos reafirmar, nesse ato, em inequívoco apoio aos esforços empreendidos por V. Excelência, o nosso compromisso em eliminar o desmatamento ilegal no Brasil até 2030", diz o texto assinado por Bolsonaro.
"Alcançar essa meta, entretanto, exigirá recursos vultosos e políticas públicas abrangentes, cuja magnitude obriga-nos a querer contar com todo apoio possível, tanto da comunidade internacional quanto de governos, do setor privado, da sociedade civil e de todos os que comungam desse objetivo nobre. "
A carta do presidente, que foi composta com a ajuda dos ministérios do Meio Ambiente, Ricardo Salles, da Agricultura, Tereza Cristina e das Relações Exteriores, Carlos Alberto França, atende como cobranças feitas pelos norte-americanos de sinais definitivos de compromisso por parte do governo brasileiro.
Ainda assim, insiste na cobrança --já apresentada por Salles em execução com os EUA sobre um possível acordo para apoio a medidas de combate ao desmatamento - de que são recursos para atingir essas metas. Salles pediu um investimento de 1 bilhão de dólares em troca de uma redução que pode chegar, segundo ele mesmo, a 40% do desmatamento em 12 meses.
De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, até agora o governo norte-americano não se dispõe a recursos antecipados ao Brasil sem ver resultados na queda no desmatamento.
Na carta de sete páginas, Bolsonaro lista ações e dados para mostrar o compromisso do Brasil com a preservação da Amazônia e cita que o país é responsável por apenas 1% das transferências históricas de carbono e 3% das atuais atuais.
O texto traz ainda a sinalização para outro compromisso do Brasil, o de antecipar a neutralidade climática --em que todas as fornecidas de um país são compensadas com medidas de proteção - para 2050, enquanto o compromisso inicial era 2060.
Bolsonaro conhecido, ainda, que o governo tem um desafio e que o desmatamento na Amazônia vem aumentado desde 2012. O maior salto, no entanto, acontece justamente depois de sua eleição, em 2019, e bateu o maior recorde em 12 anos no período de agosto / 2019 a julho / 2020.
O presidente destaca, ainda, que o compromisso brasileiro com o desenvolvimento sustentável terá que levar em conta os 25 milhões de pessoas que vivem na Amazônia, e que não apresente boas condições adequadas ao compromisso com o meio ambiente "não será duradouro".
A carta faz parte de um esforço brasileiro para chegar a um acordo com o governo Biden para que os norte-americanos invistam na preservação da Amazônia. A intenção era ter algo para anunciar na cúpula do próximo dia 22, mas como chegar em um impasse.
Enquanto o governo brasileiro pede recursos para mostrar os resultados, os EUA querem resultados para então destinar recursos ao Brasil, o que, segundo fontes, não deve se resolver até a próxima semana.
Minerva Foods quer ser "carbono neutro" até 2035 e reduzir emissões de gases
SÃO PAULO (Reuters) - A Minerva Foods, maior exportadora de carne bovina da América do Sul, anunciou nesta quinta-feira um meta de se tornar "carbono neutro" até 2035 e disse que investirá até 1,5 bilhão de reais em projetos que ajudem a reduzir as perdas em toda a cadeia produtiva até a data anunciada.
"A companhia se compromete a reduzir em 30% a intensidade das enviadas de Gases de Efeito Estufa (GEE) nos escopos 1 e 2 até 2030; e a manter sua matriz energética carbono neutro com 100% da energia advinda de fontes renováveis - meta alcançada em 2020. "
A empresa disse em comunicado que o primeiro compromisso é garantir o fim do desmatamento ilegal em toda a cadeia de abastecimento na América do Sul.
"Seguiremos com o monitoramento geográfico em todos os territórios do Brasil e vamos expandir para 100% dos fornecedores diretos no Paraguai, em 2021; na Colômbia, em 2023; no Uruguai, em 2025; e nos demais países do continente até 2030", disse em nota o diretor de Sustentabilidade da empresa, Taciano Custódio.
Até o fim deste ano, a Minerva disse que irá integrar a ferramenta Visipec a seu sistema de monitoramento geográfico para a Amazônia, que oferece uma avaliação de riscos relacionados às fazendas fornecedoras indiretas. A ferramenta foi desenvolvida pela Universidade de Wisconsin em parceria com a National Wildlife Federation (NWF).
Além disso, os produtores recebemão a mesma tecnologia geoespacial que a companhia utiliza para obter melhores resultados de monitoramento no setor, por meio de um aplicativo de verificação de fornecedores desenvolvidos pela Niceplanet Geotecnologia. O benefício será disponibilizado até dezembro deste ano no Brasil, e nos demais países até 2030.
A Minerva também afirmou que irá inserir 50% dos fornecedores de carne bovina no Novo Programa de Baixa Emissão de Carbono até 2030.
"Temos o entendimento de que a corrida para emissão líquida zero deve ser um esforço coletivo. Por isso, estamos envolvidos em parcerias e coalizões com o objetivo de abordar as mudanças climáticas e impulsionar a sustentabilidade do setor", enfatizou Custódio.
O Brasil detém um dos maiores rebanhos comerciais do mundo, e fazendas de gado são vistas como uma das causadoras do desmatamento na floresta amazônica.
O metano, um gás gerado pela digestão do gado e outros ruminantes, também é uma importante fonte de fornecida de gases de efeito estufa --daí o engajamento do setor de frigoríficos para mitigar como baixado.
No mês passado, um concorrente JBS se comprometeu a zerar o balanço de suas recompensas de gases de efeito estufa até 2040 nas operações globais, com o auxílio de um investimento de 1 bilhão de dólares em soluções nos próximos 10 anos.
Apple cria fundo para 'florestas produtivas' ampliar esforço na captura e redução de carbono
(Reuters) - A Apple criou um fundo de 200 milhões de dólares para investir em propriedades florestais produtoras de madeira que serão gerenciadas para ajudar a remover carbono da atmosfera e de forma lucrativa, disse a empresa nesta quinta-feira.
No ano passado, um Apple consumiu a meta de neutralizar suas próprias práticas de carbono e seus fornecedores até 2030. Ela disse que 75% da redução virá da eliminação de aproveitamento por meio de iniciativas como uso de energia solar.
A Apple e a organização sem fins lucrativos Conservation International serão parceiras no chamado "Fundo de Restauração", no valor de 200 milhões de dólares, e o Goldman Sachs atuará como parceiro geral para gerenciá-lo. A Apple confirmou que será o maior investidor do fundo.
O fundo tem como meta gerar lucro investindo em propriedades florestais gerenciadas para produzir madeira comercial e aumentar a remoção de carbono. O objetivo é retirar cerca de 1 milhão de toneladas métricas de dióxido de carbono por ano.
"Nossa ideia aqui é que se você mostra que é lucrativo e faz o que precisa ser feito em termos de redução de risco climático, então pode os aumentar os investimentos em restauração e gestão florestal, que é o que realmente importa", disse Lisa Jackson, vice-presidente de meio ambiente, políticas e iniciativas sociais da Apple à Reuters.
Jackson se recusou a dizer qual seria a meta de retorno para o fundo, mas disse que provavelmente levará em conta os retornos atuais sobre os investimentos financeiros em florestas, como um meio de demonstrar que a remoção de carbono pode ser lucrativa.
"As florestas produtivas geram dinheiro porque fornecem os produtos de que a nossa economia precisa", disse Jackson. "E então há uma oportunidade aqui, assim como com a energia limpa, de mostrar que há um modelo de economia sustentável que combina com a preservação das florestas".
A uma semana de cúpula, conversa entre os EUA e o Brasil sobre a Amazônia chegam a um impasse
BRASÍLIA (Reuters) - As transparências entre Brasil e Estados Unidos para um acordo de redução do desmatamento da Amazônia, que deveria ser anunciado antes da Cúpula do Dia da Terra, na próxima semana, chegou a um impasse, disse à Reuters duas fontes que acompanham o tema, com o Brasil pede recursos para reduzir o desmatamento, enquanto os EUA pedem resultados antes de liberar dinheiro.
O presidente Jair Bolsonaro é esperado no encontro, organizado pelo presidente norte-americano Joe Biden com 40 chefes de Estado para discutir uma preservação ambiental, mas, até agora não há sinais de que um ato pode ser alcançado antes do dia 22, com os dois países longe de um acordo.
De acordo com as fontes ouvidas pela Reuters, o governo brasileiro pede a liberação de recursos antecipadamente para ser capaz de melhorar a proteção da floresta e desenvolver projetos sustentáveis na região. No entanto, os norte-americanos insistem em ver resultados do compromisso brasileiro com a queda do desmatamento antes de entregar qualquer recurso.
As transparências em fevereiro, com uma videoconferência entre o emissário especial dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, e o ministério do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo --substituído há semana passado por Carlos Alberto França.
Desde então, Brasil e Estados Unidos mantêm encontros regulares em nível técnico para tentar chegar a um acordo. As alterações terminaram por se concentrar em desmatamento, um tema vital nas mudanças climáticas, com uma possibilidade do governo norte-americano ações financeiras em um Brasil com sérios problemas econômicos.
O Departamento de Estado norte-americano, em uma declaração enviada à Reuters, disse que espera ver um compromisso claro do governo brasileiro em acabar com o desmatamento ilegal, adotando passos claros para aumentar a efetividade da aplicação da lei, e um sinal político de que o desmatamento e as invasões da floresta não serão tolerados.
"Nós acreditamos que é realista para o Brasil atingir uma queda real sem desmatamento até o final do período de queimadas de 2021", diz uma declaração enviada por e-mail.
Em nota enviada à Reuters, o Itamaraty informou que está em derivação com os Estados Unidos sobre mudanças climáticas e maneiras de aumentar a proteção da Amazônia, mas que as conversas são "exercícios exploratórios" e não efetivos.
De acordo com o Itamaraty, os esforços para combater o desmatamento desde 2006 evitou a emissão de bilhões de toneladas de dióxido de carbono que, se comuns compensadas, chegariam a algo entre 30 e 40 bilhões de dólares.
Para combater o combate ao desmatamento "são determinados recursos vultosos, sobretudo oriundos de correção internacional, com os quais o governo brasileiro espera poder contar", diz a nota no ministério.
O impasse se concentra em quando e se os Estados Unidos pagariam ao governo brasileiro para a proteção da Amazônia.
Salles, que vem encabeçando as consequências pelo lado brasileiro, publicamente que pediu ao governo norte-americano 1 bilhão de dólares em ajuda para reduzir o desmatamento. Uma das fontes ouvidas pela Reuters confirmou que o pedido foi apresentado aos norte-americanos.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo este mês, o ministro afirmou que com esses recursos poderia reduzir o desmatamento entre 30% e 40% em 12 meses. Sem o financiamento, afirmou, o país teria dificuldade de colocar uma meta.
No entanto, até agora o governo dos EUA deixou claro que pagamentos só virão com resultados. Isso inclui uma queda no desmatamento este ano e melhoria das condições de operação das agências ambientais, enfraquecidas pelo governo de Bolsonaro, contaram as fontes.
O recado que vem do governo norte-americano é que se espera um compromisso firme das esferas mais altas do governo brasileiro para encerrar o desmatamento ilegal na floresta amazônica e que espera é ver resultados ainda este ano. Apesar de uma redução nos números nos últimos meses, existe uma preocupação com os riscos de novos aumentos nos meses de seca no Brasil.
As fontes ouvidas pela Reuters apontam para a dificuldade de que se atinja um acordo para ser apresentado na cúpula da semana que vem.
"Eu não apostaria dinheiro nisso", disse uma delas. "Não é que não haja interesse, apenas eu não creio que tenha havido tempo suficiente para discutir um acordo específico."
Aliado da primeira hora do ex-presidente norte-americano Donald Trump, Bolsonaro foi pego de surpresa pela eleição do democrata Joe Biden, que não acreditava que aconteceria. Com a mudança de governo nos EUA, o tema das mudanças climáticas - e, consequentemente, o desmatamento da Amazônia, mudou de patamar e passou a ser central no relacionamento entre os dois países, o que forçou o governo brasileiro a uma mudança de postura.
Bolsonaro afirma que as Forças Armadas se esforçam para garantir "oxigênio" da liberdade brasileira
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que as Forças Armadas não avaliarão os esforços para garantir a liberdade ao povo brasileiro, referindo-se ao princípio como o "oxigênio da vida".
O presidente voltou a afirmar, em instrução de passagem do Comando Militar do Sudeste, que a atuação das Forças Armadas se desenvolve "dentro das quatro linhas da Constituição".
"A nossa nação tem uma vocação, a liberdade acima de tudo e a certeza desse povo maravilhoso de mais de 210 milhões de pessoas que as suas Forças Armadas, sempre dentro das quatro linhas da Constituição, não medirão esforços para garantir o oxigênio da vida que é a nossa liberdade ", disse Bolsonaro.
Pior que pandemia, é mesquinhez de alguns governadores, diz Bolsonaro
(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar, nesta quinta-feira, governadores que adotam medidas restritivas na tentativa de conter a disseminação do coronavírus no país afirmando que pior que uma pandemia de mesquinhez de alguns governadores.
Após o prefeito de Aparecida, Luiz Carlos de Siqueira (Podemos), cidade onde fica a Basílica de Nossa Senhora, no interior de São Paulo, se queixar das dificuldades enfrentadas pela cidade com restrições de atividades, Bolsonaro lembrou que aquele município depende muito dos peregrinos e "sofreu um grande golpe" como o que chama de política do "feche tudo".
"Não tem como você viver sem emprego, sem economia, e aos medíocres falta essa visão", disse o presidente. "Faltam alguns políticos aqui pensar mais no todo e não no particular."
"Teve esse problema da pandemia, mas mais grave do que a pandemia foi a mesquinhez de alguns governadores", acrescentou.
Cresce tensão política na Argentina após medidas mais rígidas para Covid-19
BUENOS AIRES (Reuters) - As autoridades da capital argentina, Buenos Aires, disseram nesta quinta-feira que irão recorrer à Justiça contra as medidas de restrição mais rígidas contra a Covid-19 e o fechamento de escolas dentro e nos arredores da cidade determinada pelo governo Federal.
O prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, crítico do governo nacional por causa de medidas novas que incluem uma interdição de duas semanas das escolas e restrição à circulação depois das 20h na área metropolitana populosa, que é um foco de casos novos de coronavírus.
"Ontem, o governo nacional decidiu quebrar o mecanismo de diálogo e consenso que ocorreu durante mais de um ano", disse Larreta em uma coletiva de imprensa. "Quero ser muito claro: não fomos consultados sobre nenhuma das medidas concedidas".
Larreta, que faz referência ao presidente de centro-esquerda Alberto Fernández, prometeu fazer tudo que pode para manter as escolas abertas. Ele pediu conversas imediatas com Fernández e disse que sua gestão levará a questão à Suprema Corte.
"Discordamos totalmente da decisão do governo nacional de escolas ... sabemos o estrago que escolas fechadas causam", disse.
"Os meninos e as meninas de Buenos Aires têm que estar nas salas de aula na segunda-feira. Temos três ou quatro dias para fazer tudo em nossos poder para conseguir isto".
Na quarta-feira, Fernández disse que a Argentina precisa "ganhar tempo" na luta contra a Covid-19 porque os casos atingiram um recorde nesta semana, com uma das maiores médias diárias de infecções per capita da região.
"O vírus está nos atacando, e está longe de ceder", disse o presidente, ao anunciar medidas que levarão ao fechamento das escolas da grande Buenos Aires a partir de segunda-feira e à suspensão de atividades esportivas, recreativas, religiosas e culturais em ambientes fechados até 30 de abril.
A Argentina acumula um total de 2,6 milhões de infecções de coronavírus e 58.542 mortes e está sendo atacada por uma segunda onda de casos, como outros países da América Latina.
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