Leilão dos aeroportos coloca R$ 3,3 bi nos cofres do Brasil. O País está no rumo certo!
Governo Bolsonaro levanta R$3,3 bi em leilão de aeroportos; 18 vezes acima do mínimo definido
SÃO PAULO (Reuters) - O governo federal levantou 3,3 bilhões de reais no leilão para concessão à iniciativa privada de 22 aeroportos nesta quarta-feira, com ágios elevados em relação aos valores mínimos, mas com participação modesta de estrangeiros na disputa que teve como principal vencedora a brasileira CCR.
Com oferta de 2,88 bilhões de reais, a CCR levou a concessão de 9 terminais do bloco Sul, o mais cobiçado, ante valor mínimo de 130,2 milhões. A oferta superou as propostas feitas pela espanhola Aena e pelo Infraestrutura Brasil, do Pátria.
A oferta de 754 milhões de reais da CCR também foi a vencedora do Bloco Central, com 6 aeroportos, ante mínimo de 8,1 milhões. A empresa superou proposta feita pelo consórcio Central Airports, formado por Socicam Infraestrutura e o fundo de investimento XP Infra III.
A francesa Vinci, que já opera o terminal de Salvador, ficou com o bloco de sete terminais da região Norte, com lance de 420 milhões de reais, bem acima do mínimo de 47,8 milhões e que bateu seu único rival, o consórcio Aerobrasil, que ofereceu 50 milhões de reais.
O resultado, que inclui também investimento conjunto esperado para os três blocos de aeroportos de cerca de 6,1 bilhões de reais ao longo de 30 anos de concessão, foi celebrado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, num momento em que o governo de Jair Bolsonaro tenta levar adiante sua agenda de privatizações para reanimar a economia atingida pelos efeitos da pandemia da Covid-19.
"O resultado foi extraordinário, considerando os efeitos da crise que atingiram o setor em cheio", disse Freitas em coletiva de imprensa online após o leilão. "Os problemas conjunturais passam, os contratos vão permanecer e é bom perceber que os grupos estão enxergando as oportunidades e longo prazo."
Para especialistas do setor, o ágio total de quase 18 vezes o mínimo definido no edital de fato surpreendeu, considerando o número relativamente limitado de concorrentes estrangeiros.
"A despeito da crise atual e dos potenciais efeitos de médio prazo da pandemia sobre o setor aeroportuário, prevaleceu o interesse das companhias que já operam no Brasil e que conhecem melhor o potencial de negócios no longo prazo", disse à Reuters Ricardo Jacomassi, economista-chefe e sócio da TCP Partners.
O governo federal promove na quinta-feira o leilão de trecho da Fiol, ferrovia de 537 quilômetros na Bahia, para a qual espera investimento de 3,3 bilhões de reais num prazo de 35 anos. Na sexta será vez de cinco terminais portuários, quatro no Porto de Itaqui (MA) um em Pelotas (RS).
A expectativa do governo é de que as concessões de infraestrutura ao longo do atual governo, até ano que vem, tragam investimentos de 260 bilhões de reais nos próximos anos.
LOTES
O bloco Sul, que a CCR venceu por meio de sua subsidiária Companhia de Participações em Concessões, inclui os terminais de Curitiba, Bacacheri, Foz do Iguaçu e Londrina (PR), Navegantes e Joinville (SC), e Pelotas, Uruguaiana e Bagé (RS).
A empresa também levou o Bloco Central, com os aeroportos de Goiânia (GO), Palmas (TO), São Luís e Imperatriz (MA), Teresina (PI) e Petrolina (PE). A CCR já é operadora do aeroporto de Confins (MG) em parceria com a europeia Flughafen Zürich.
Segundo o presidente-executivo da CCR, Marco Cauduro, como tem cerca de 5 bilhões de reais em caixa, a companhia não deve ter dificuldades para financiar o pagamento da outorga.
"E o resultado de hoje não muda nosso plano de participar em outras licitações", disse o executivo da companhia, que também opera concessões de rodovias e de mobilidade urbana.
O bloco Norte, arrematado pela Vinci, contém os terminais de Manaus, Tabatinga e Tefé (AM), Porto Velho (RO), Boa Vista (RR), e Rio Branco e Cruzeiro do Sul (AC).
Segundo Julio Ribas, executivo da Vinci, a companhia vê possibilidade do terminal de Manaus se tornar um hub para interligar o Brasil a outros países da América Latina.
Ele citou entre os atrativos do aeroporto amazonense seu potencial para cargas e passageiros. "Manaus é o terceiro maior terminal de carga do país, com 120 mil toneladas por ano", disse ele, acrescentando que o volume é três vezes maior que o movimentado em Salvador.
"Temos apetite para participar em novos leilões de aeroportos", acrescentou o executivo.
Após o primeiro leilão de aeroportos do governo - o último tinha sido em 2017 -, o ministro da Infraestrutura estimou que a próxima licitação no setor ocorra no primeiro semestre de 2022, envolvendo os dois terminais mais cobiçados pelo mercado, o de Congonhas (SP) e o do Galeão (RJ).
Bolsonaro promete esforços para privatizar estatais
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro se comprometeu, nesta quarta-feira, a fazer esforços para privatizar parte das estatais e gerar recursos para investimentos.
"Todas as estatais são importantes. O que pudermos fazer para privatizar parte das estatais, nós faremos. Como disse aqui o presidente da Infraero, não teremos recursos para investir mais pelo Brasil se nós não passarmos para iniciativa privada a administração de aeroportos, e portos também, que estão na pauta de privatizações e concessões nos próximos dias", disse.
No primeiro de uma série de três leilões para concessões na área de infraestrutura, realizado nesta quarta, o governo arrecadou 3,3 bilhões de reais com a concessão de três blocos de aeroportos, nas regiões sul, centro-oeste e norte do país.
Bolsonaro participou da inauguração do novo pátio de manobras no aeroporto de Foz de Iguaçu (PR), um dos arrematados no leilão desta quarta pelo grupo CCR.
Em seguida, o presidente voltou a criticar medidas de restrição de circulação que vem sendo adotadas por Estados e municípios para tentar conter a epidemia de Covid-19, e disse que tem faltado "humanidade" a prefeitos e governadores.
"Sabemos o problema do vírus, mas sabemos o problema do desemprego. Está faltando um pouco de humanidade por parte de governadores e prefeitos nessa questão da pandemia. Lamentamos as mortes, muito, não queríamos que ninguém morresse, mas temos uma realidade pela frente. O desemprego é o efeito colateral mais danoso que o próprio vírus", disse.
Bolsonaro diz que consultou Forças Armadas sobre efetivo para conter distúrbios sociais
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira que discutiu com as Forças Armadas se existe hoje contingente no país para conter distúrbios sociais no caso de um agravamento da crise causada pela epidemia de Covid-19 e voltou a dizer que teme problemas "gravíssimos" causados pelas restrições de circulação.
"Eu tenho dito publicamente: eu temo por problemas sociais gravíssimos no Brasil. Converso com as nossas Forças Armadas, se eclodir isso pelo Brasil, o que nós vamos fazer? Temos efetivo para conter? A quantidade de problemas que podemos ter pela frente... E outra: é uma explosão por maldade ou necessidade? O que podemos fazer para evitar isso daí, como nos preparar", disse.
Bolsonaro tem insistido na ideia de que pode haver saques e revoltas causadas pela falta de emprego e renda da população.
Em Chapecó, onde foi conhecer medidas tomadas pela prefeito da cidade, João Rodrigues, que supostamente teriam reduzido a necessidade de interação de pacientes --na verdade, de acordo com boletim da própria prefeitura hoje as UTIs estão com mais de 93% de ocupação-- Bolsonaro voltou a dizer que o Exército não será usado para obrigar as pessoas a ficarem em casa.
Dessa vez, no entanto, o presidente não usou a expressão "meu Exército", que foi muito criticada nas últimas semanas, mas "nosso Exército".
Na sequência, voltou a dizer que não decretará lockdown ou medidas de restrição como já foi pedido por governadores, prefeitos e até empresários.
"Seria muito mais fácil ficar quieto, se acomodar, não tocar nesse assunto. Ou atender como alguns querem de mim, para ter um lockdown nacional. Não vai ter lockdown nacional", disse.
O presidente lembrou que nunca foi favorável a medidas de restrição de circulação e reclamou de "apanhar" por ser contrário a elas.
"Eu acho que sou o único líder mundial que apanha isoladamente. O mais fácil é ficar do lado da massa, da grande maioria, se evita problemas, não é acusado de genocida, não sofre ataques por parte de gente que pensa diferente de mim. O nosso inimigo é o vírus, não o presidente, a governadora ou o prefeito", afirmou.
Especialistas têm repetido inúmeras vezes que medidas de restrição de circulação são necessários para conter a disseminação do vírus entre a população, como têm feito vários países ao longo da pandemia.
Por outro lado, Bolsonaro seguiu defendendo nesta quarta o chamado tratamento precoce, que prega desde o início da pandemia, com uso de medicamentos que não têm eficiência comprovada no tratamento da Covid-19, elogiando o prefeito de Chapecó, que disse, em um vídeo compartilhado por Bolsonaro, ter dado liberdade aos médicos da cidade para fazer o "tratamento precoce".
"Por que essa campanha mundial contra métodos, médicos e quem fala pelo tratamento imediato? Vamos buscar alternativas, não vamos aceitar a política do fique em casa, feche tudo lockdown. O vírus não vai embora. Esse vírus como outros vieram para ficar e vão ficar a vida toda, é praticamente impossível erradicar. Vamos ver nosso país empobrecer?", disse.
O presidente elogiou a ação do prefeito como um exemplo de controle da epidemia sem ter apelado a medidas de restrição. Rodrigues, no entanto, impôs sim medidas que proibiram eventos, fechou bares e restaurantes, reduziu horários do comércio, a partir da metade de fevereiro.
Isso porque os números de contaminados pela Covid-19 na cidade dispararam em janeiro, depois das festas de final de ano. Desde a adoção das medidas de restrição, a contaminação na cidade caiu, de acordo com dados da prefeitura.
No vídeo compartilhado por Bolsonaro, Rodrigues aparece comemorando que não havia mais internados no chamado Centro Avançado de Atendimento da cidade. Na verdade, os doentes do local foram distribuídos para outros hospitais, em Chapecó e em outras cidades do oeste catarinense. Nesta quarta-feira, de acordo com dados do site da prefeitura, o município ainda tem 100% de lotação das UTIs privadas e 93% de lotação nas UTIs públicas, uma média acima do considerado seguro pela Fundação Oswaldo Cruz.
Chapecó já teve, ainda segundo a prefeitura, 541 mortes por Covid-19, 409 delas acontecendo desde janeiro. Com uma população de 224 mil pessoas, isso significa que a taxa de mortes por Covid-19 no município, de 241 mortes por 100 mil habitantes, está bem acima da média nacional, de 160 por 100 mil habitantes.
Em dia de recorde de mortes, Bolsonaro diz que resolve "problema do vírus" se pagar imprensa
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira a apoiadores que resolveria o "problema do vírus" rapidamente caso seu governo aumentasse as despesas com verbas de publicidade a veículos de comunicação, no dia em que o Brasil registrou mais um recorde de mortes por Covid-19, com 4.195 óbitos registrados nas últimas 24 horas.
Na conversa transmitida por redes sociais, um apoiador comenta que não se entendeu que é preciso unir o país para atacar o inimigo comum, e o presidente emenda, com críticas à cobertura jornalística: "Não, é jogo de poder, se vai morrer mais gente não interessa não", disse.
"Eu resolvo o problema do vírus em poucos minutos, é só pagar o que os governos pagavam no passado de verba de imprensa", acrescentou.
Segundo Bolsonaro, em outros países do mundo o "pessoal quer destruir o vírus, aqui quer destruir o presidente".
O presidente também criticou novamente as medidas de restrição de circulação de pessoas decretadas por diversos Estados para tentar conter o avanço da Covid-19, no pior momento da pandemia no país.
Copagaz fecha acordo inédito para importar gás de cozinha da Argentina
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Copagaz, maior comercializadora de gás de cozinha no Brasil, fechou um acordo histórico para a importação de 7,6 mil toneladas do insumo da Argentina, tornando-se a primeira empresa privada a trazer um navio de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) ao país, disse à Reuters o vice-presidente de operações.
O movimento marca um importante passo na estratégia da empresa que busca diversificar seus supridores além da Petrobras, ao mesmo tempo em que deseja reduzir sua dependência do produto doméstico, diante de preocupações de que os futuros novos donos de unidades de refino não priorizem o GLP --a petroleira estatatal planeja vender oito refinarias.
A Copagaz se tornou líder absoluta do segmento de GLP após comprar no ano passado a Liquigás, em consórcio com a Itaúsa e a Nacional Gás Butano. Com a aquisição junto à Petrobras, a empresa tem hoje operações em 24 Estados e no Distrito Federal, e cerca de 90 mil colaboradores diretos e indiretos.
Em entrevista, Agnaldo Inojosa explicou que o contrato spot, assinado com a Transportadora de Gas del Sur (TGS) em dezembro, prevê a entrega de três cargas de GLP, em 8 e 15 de abril e 1º de maio, no Terminal de Gás do Sul (Tergasul), em Canoas, no Rio Grande do Sul. O primeiro navio já saiu da Argentina.
"Será o primeiro navio privado nacionalizado de GLP no Brasil fora do Sistema Petrobras", disse Inojosa, explicando que historicamente todos os navios que importaram o produto foram negociados pela petroleira.
"A primeira empresa privada a trazer um navio de GLP é a Copagaz."
A finalidade, destacou o executivo, será complementar o abastecimento da região Sul do Brasil, deficitária no insumo. O contrato prevê, ainda, a possibilidade de prorrogação até o fim deste ano.
A região Sul teve um consumo de GLP em 2020 de 870 mil toneladas, segundo dados da Copagaz compilados da reguladora ANP. Desse volume, 80% foi atendido por oferta regional e os 20% restantes precisaram ser trazidos de refinarias da região Sudeste.
O negócio com a TGS, segundo Inojosa, foi possível a partir da conclusão em dezembro passado da compra da Liquigás, que tem acesso ao Tergasul.
Uma vez que o produto veio de um país do Mercosul, a transação contou com isenção de tributos. Além disso, a proximidade entre as nações possibilitará que o transporte seja feito em apenas dois dias, segundo a empresa.
Inojosa pontuou que é preciso vencer gargalos logísticos para importar GLP no país, em um mercado historicamente dominado pela Petrobras. No entanto, ressaltou que as dificuldades não a impediram de já trabalhar nisso anteriormente.
Em 2019, antes de comprar a Liquigás, a Copagaz já havia sido a primeira privada a importar GLP da Bolívia, por caminhões, com um contrato de 72 mil toneladas por ano com a YPFB, a fim de abastecer a região Centro-Oeste.
Considerando volumes do gás importado por navio da Argentina e por caminhões da Bolívia, as compras externas previstas pela Copagaz representam atualmente 1% do consumo nacional e aproximadamente 5% das vendas da Copagaz e Liquigás no país, segundo o executivo.
Mas a empresa --que detém hoje 25% de participação de mercado no GLP-- não vai parar por aí.
Inojosa ressaltou que a meta da Copagaz é contratar importações que representem 10% de suas vendas anuais até o fim de 2021, além de buscar ainda mais volumes no exterior nos anos seguintes.
INVESTIMENTOS E MAIS INDEPENDÊNCIA
Para aumentar as importações, a Copagaz planeja realizar investimentos em infraestrutura ao longo da costa brasileira, podendo adquirir terminais no Sul e no Nordeste. A estratégia para esse fim ainda está em elaboração.
"Nosso foco é como conseguir nos manter competitivos independentemente de quem vencer as refinarias à venda pela Petrobras", disse Inojosa.
A petroleira estatal colocou à venda oito refinarias, que representam metade da capacidade de refino do Brasil, como parte de um plano no governo federal para quebrar o monopólio no setor.
"Só assistir esse 'game' pode ser perigoso", ponderou Inojosa, pontuando uma preocupação relacionada com os preços que poderão ser praticados por eventuais vencedores das refinarias, que estão bem distantes umas das outras, com cada uma delas dominando as regiões onde atua.
O executivo também se preocupa com decisões estratégicas a serem tomadas pelos novos donos das refinarias, uma vez que o GLP é um subproduto e eventualmente pode deixar de ser produzido em alguma unidade por não trazer retorno financeiro.
"A gente quer trazer molécula de fora para ter competitividade... e precisamos ter garantia de suprimento."
Soja do Brasil avançará a 40 mi ha em 21/22 e milho a 20 mi ha, diz adido do USDA
SÃO PAULO (Reuters) - Os produtores de soja do Brasil expandirão a área plantada para 40 milhões de hectares em 2021/22, temporada cujo plantio começa em setembro, versus 38,5 milhões de hectares semeados no ciclo anterior, cuja colheita está caminhando para a reta final, estimou o adido do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês).
Com isso, ele avalia que a produção na próxima safra poderá atingir nova máxima histórica de 141 milhões de toneladas, versus 134 milhões projetados para o ciclo atual.
"A expansão da soja está baseada nas atuais condições e tendências do mercado --incluindo forte demanda, preços altos e uma taxa de câmbio favorável. Todas essas condições devem persistir até a safra 2021/22", disse o adido, em relatório publicado na noite de terça-feira.
Dessa forma, ele projeta as exportações da oleaginosa brasileira em recorde nesta temporada de 85 milhões de toneladas. Para 2021/22, os embarques estão estimados em uma nova máxima histórica de 87 milhões de toneladas.
O Brasil, líder na exportação e produção de soja que responde por mais de um terço da oleaginosa colhida no mundo, poderia ter um aumento no plantio que superaria a taxa anual de crescimento de área plantada de 3% vista nas últimas cinco temporadas.
De acordo com os cálculos, o aumento de área plantada acumulado nas últimas cinco safras do Brasil é de quase 14%, ou 4,7 milhões de hectares.
Contatos do adido em Mato Grosso sugerem que a área plantada no principal Estado produtor deverá crescer 3% na próxima temporada.
Segundo o adido, além de boas condições de mercado pelos preços e câmbio, com a forte demanda da China e da Europa, o Brasil tem reduzido custos com a logística, dando maior competitividade para a safra brasileira, o que ajuda a explicar a projeção de um crescimento do plantio acima da linha de tendência.
Ele citou as melhorias na BR-163, que permitem um escoamento a menores custos pelo porto fluvial de Miritituba (PA) e posteriormente para a exportação pelo Norte do país. Tais avanços na infraestrutura reduziram em quase 25% o custo do transporte de soja de Mato Grosso até portos de Santarém (PA) entre 2019 e 2020, com base em dados do USDA.
MILHO
Na esteira do aumento da soja, a produção de milho também deverá crescer de 105 milhões de toneladas em 2020/21 --após problemas climáticos na atual temporada-- para 114 milhões de toneladas em 2021/22.
O adido também prevê que a área de milho vai se expandir em 500 mil hectares de um ano para outro, para um total de 20 milhões de hectares em 21/22, uma vez que os preços devem permanecer altos pelo menos até o final de 2021, considerando a forte demanda.
"Como tem acontecido neste ano, produtores brasileiros devem ser incentivados a expandir o plantio de milho em 2021/22, principalmente no Centro-Oeste", disse ele.
"Considerando a tendência de produtividade, o Brasil poderia quebrar facilmente seu recorde de produção de milho", disse ele, pontuando que isso também dependerá do clima para o desenvolvimento da segunda safra.
O adido estima que a área plantada de algodão no Brasil de 2021/22 no Brasil vai se recuperar para 1,6 milhão de hectares, com uma expansão de 11% ante a temporada atual, mas ficará abaixo do recorde de 1,67 milhão de 2019/20.
Segundo ele, os produtores no Brasil aumentarão a área plantada anualmente com base na recuperação econômica global e numa melhora da demanda por algodão, à medida que o mundo tenta se recuperar da pandemia de coronavírus.
Preços globais fortes e câmbio vão motivar produtores plantar algodão, "até porque o setor já tem os equipamentos necessários para colheita de até 3 milhões de toneladas de algodão, conforme evidenciado pela safra 2019/20", disse o adido.
O recorde no plantio não deverá ser alcançado em 2021/22 porque o custo subiu e outras culturas como soja e milho estão com bons retornos, acrescentou ele.
Mercado acionário europeu fica está estável perto de máxima recorde; Reino Unido se destaca
(Reuters) - O mercado acionário europeu ficou praticamente estável nesta quarta-feira, pouco abaixo de máximas recordes, com os papéis de saúde entre as maiores perdas, enquanto o otimismo sobre a vacinação e a libra mais fraca ajudaram as ações do Reino Unido a se destacarem.
O índice STOXX 600 perdeu 0,1%, negociado pouco abaixo da máxima de fechamento de 435,26 pontos na terça-feira. As ações de saúde caíram 0,8%, liderando as perdas entre os setores.
O índice britânico FTSE 100 avançou 0,9% diante da libra mais fraca, enquanto o índice de midcaps focado internamente chegou a uma máxima recorde depois que o Reino Unido iniciou a distribuição de vacinas da Moderna contra a Covid-19.
"Parece que enquanto o índice de blue-chips do Reino Unido, e seu irmão de mid-caps, aproveitam o otimismo do retorno pós-Covid do país, a libra tem sido pressionada por preocupações com o programa de vacinação", disse Connor Campbell, analista do Spreadex.
Uma recuperação em setores economicamente sensíveis, como bancos, energia e montadoras elevaram as ações europeias para níveis pré-pandemia nesta semana, com os investidores apostando em forte recuperação econômica global.
Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,91%, a 6.885 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,24%, a 15.176 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,01%, a 6.130 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,08%, a 24.740 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,43%, a 8.597 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,23%, a 5.025 pontos.
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