Soja despenca em Chicago, véspera de relatório do USDA (e tem quem ainda acredite na subida do preço!?)
Soja perde quase 2% e mais uma vez é pressionada pelo óleo, que testa limite de baixa em Chicago
O mercado da soja na Bolsa de Chicago, mais uma vez, está sendo envenenado nesta tarde de 3a.feira pela queda nos preços do óleo de soja, que operam no limite de baixa nesta tarde de terça-feira (30). Perto das 13h50 (horário de Brasília), as cotações do grão recuavam entre 16 e 24 pontos, com o maio já sendo cotado a US$ 13,69 por bushel, e o setembro, US$ 12,35.
"Na semana passada, a movimentação de realização (do óleo) se de deveu a rumores de importação por parte dos EUA de óleo de soja argentino. A conta da importação continua fazendo sentido, uma vez que os basis internos americanos estão nas máximas históricas, alta provocada pelo forte aperto dos estoques internos americanos", explica a Agrinvest Commodities.
Perto de 14h, as perdas no óleo de soja passavam de 4% entre as posições mais negociadas na CBOT.
Além da pressão dos derivados, já que o farelo de soja também opera do lado negativo da tabela, o mercado também segue na defensiva e se posicionando antes da divulgação dos novos boletins do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quarta-feira (31).
O reporte mais esperado é o que traz as projeções de área, que sinalizam um aumento em relação à safra anterior. No entanto, a área esperada deve vir menor do que o que foi reportado no Outlook Forum do USDA, em fevereiro.
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+ Relatório do USDA na 4ª feira pode trazer área de soja menor do que a estimada no Outlook Fórum
Caso os números confirmem as expectativas do mercado, a área de milho norte-americana na safra 2021/22 pode ser 2,6% maior, 8,3% no caso da soja e 1,3% no caso do trigo.
Os traders também acompanham o movimento das demais commodities, que caem de forma generalizada nesta terça-feira. Na Bolsa de Nova York, as cotações do café recuam mais de 3%, enquanto o petróleo WTI perde 2%, levando o barril a US$ 60,33. Na Bolsa de Chicago, quem lidera as perdas é o trigo, que perde mais de 2% entre as posições mais negociadas.
Petróleo cai com reabertura de Suez e rali do dólar; reunião da Opep+ está no radar
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo recuaram nesta terça-feira, pressionados pela reabertura do Canal de Suez para o tráfego de navios e por um rali do dólar.
As atenções do mercado, enquanto isso, passaram a se voltar para a reunião ministerial da Opep+, na qual analistas esperam que o grupo concorde em prorrogar seus atuais cortes de produção, dadas as perspectivas fracas de demanda.
O petróleo Brent fechou em queda de 0,84 dólar, ou 1,3%, a 64,14 dólares por barril, enquanto o petróleo dos Estados Unidos (WTI) recuou 1,01 dólar, ou 1,6%, para 60,55 dólares o barril.
Navios voltaram a trafegar pelo Canal de Suez um dia após o desencalhe do porta-contêineres Ever Given, que bloqueou a passagem por quase uma semana. O congestionamento de 422 embarcações pode ser liberado em três dias e meio, segundo o presidente do canal.
"Os ganhos que se acumularam durante o bloqueio de Suez tiveram vida curta, como esperado, e agora estão sendo devolvidos com o retorno gradual do tráfego normal", disse Louise Dickson, analista de mercados de petróleo da Rystad Energy.
O dólar, por sua vez, avançou frente a importantes moedas, atingindo uma máxima de um ano em relação ao iene. Isso também afetou as cotações do petróleo, já que a valorização da divisa norte-americana torna a commodity mais cara para detentores de outras moedas.
Em meio à diminuição das preocupações com uma escassez de ofertas físicas, o mercado se prepara para acompanhar de perto a reunião de quinta-feira entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, que formam o grupo conhecido como Opep+.
Brasil abre 401.639 vagas formais de trabalho em fevereiro, mostra Caged
BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil abriu 401.639 vagas formais de trabalho em fevereiro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta terça-feira, em desempenho puxado pelo setor de serviços.
O Ministério da Economia disse que os números são recordes para o mês e sinalizam a retomada firme do mercado de trabalho formal, mas manifestou preocupação com o impacto das medidas recentes mais estritas de fechamento de atividades econômicas.
"Nós temos que admitir que a economia, do ponto de vista do mercado formal de trabalho, ela está se recuperando em altíssima velocidade", disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, em entrevista coletiva, acrescentando que o foco do governo agora precisa ser a vacinação em massa para permitir o retorno mais amplo à atividade dos trabalhadores informais.
O secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, afirmou que o fechamento da economia, na esteira do recrudescimento da pandemia, pode ter impacto sobre os números do Caged.
"Essa nova fase de fechamento pode, sim, ter uma piora dos dados e é natural que tenha. De fato houve um fechamento mais expressivo, isso nos preocupa, claro", disse Bianco.
A abertura líquida de vagas ficou bem acima da registrada em fevereiro de 2020, de 225.648 postos de trabalho, segundo dado ajustado.
O setor de serviços liderou as contratações líquidas em fevereiro, com a abertura de 173.547 postos, seguido da indústria (93.621). O comércio criou 68.051 postos e a agropecuária, 23.055 postos.
Em janeiro, o país abriu 258.141 vagas, segundo dado revisado, de 260.353 vagas informadas originalmente.
O emprego formal foi protegido durante a crise da pandemia no ano passado por programa do governo que ofereceu complementação de renda a trabalhadores que tivessem seus contratos de trabalhos temporariamente suspensos ou sofressem redução de jornada e salários.
O programa, denominado BEM, se encerrou em dezembro, e o governo já anunciou que será reeditado, mas, diante das graves restrições fiscais, ainda não definiu o formato do benefício.
A estimativa do governo é que as despesas com a nova versão do programa totalizem cerca de 10 bilhões de reais no ano, disse Bianco, acrescentando que a medida deve ser custeada por meio de um crédito extraordinário e, portanto, sem impactar o teto de gastos.
O anúncio do programa, segundo ele, deve ser feito "o quanto antes", mas só pode acontecer depois da sanção da lei orçamentária, o que ainda não aconteceu. "Está demorando um pouco porque temos vários pontos fiscais a serem avaliados", disse o secretário.
NOVO CAGED
Os dados do emprego formal passaram a ser divulgados com base em uma nova série a partir do ano passado, com a substituição do uso do Sistema Caged para registro de admissões e desligamentos pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas.
O Novo Caged, como foi denominada a série atualizada, faz a atualização contínua do registro administrativo de contratações e demissões.
O Ministério da Economia afirma que os dados permitem comparação com as séries no formato anterior.
Governo diz que mudança no Caged não impede comparação com base histórica (no Poder360)
Cadastro compila postos com carteira; Metodologia mudou no início de 2020; Bianco exalta melhora na qualidade
O secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, disse nesta 3ª feira (30.mar.2021) que as alterações feitas na metodologia do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) não inviabiliza a comparação dos resultados atuais da geração de empregos com os de levantamentos anteriores.
“Não tenho dúvida de que o saldo é algo concreto e bastante crível, já que melhoramos a captação tanto das admissões como das demissões”, afirmou.
O cadastro mede a criação de empregos com carteira assinada. Passou por uma mudança metodológica em 2020, com informações mais abrangentes.
O indicador mostrou “recordes” na criação de vagas formais nos últimos meses, mesmo com a economia patinando em meio à pandemia de covid-19.
O dado divulgado nesta 3ª feira, por exemplo, mostrou que o Brasil passou a ter 401,6 mil pessoas a mais com carteira assinada em fevereiro. E no acumulado de 2021, o saldo é de 659,8 mil vagas a mais.
Alguns especialistas questionam a comparação feita nos últimos meses com a série histórica completa desde 1992. Bianco disse que é possível manter comparações entre as informações. Afirmou que a secretaria sempre foi transparente nas divulgações.
A prestação de informações pelo empregador no Caged foi substituída pelo o eSocial, sistema de escrituração que unificou diversas obrigações dos empregadores.
A implantação do eSocial simplifica o cumprimento de obrigações, eliminando redundâncias nas informações prestadas por pessoas físicas e jurídicas. Entre as obrigações dos empregadores está a de informar a admissão e demissão de empregados temporários. Antes, essa comunicação era facultativa.
Diante disso, o Ministério da Economia passou a divulgar o Novo Caged a partir de janeiro de 2020 baseado no método de imputação de dados de outras fontes.
Segundo Bianco, agora as demissões e admissões são mais bem captadas. “Se nós mudamos a metodologia, e eu estou garantindo que ela melhorou, o saldo é absolutamente comparável”, afirmou.
Indagado se há possibilidade de empresas que faliram na pandemia simplesmente fecharem as portas sem informar ao governo os números das demissões, Bianco respondeu que isso é evitado por meio da checagem de dados com os pedidos de seguro-desemprego.
O secretário de Trabalho, Bruno Dalcomo, falou ainda que a covid alterou a dinâmica do mercado de trabalho. Segundo ele, de março a maio, houve um grande número de demissões. Depois, houve forte recuperação.
De acordo com o secretário, efeitos sazonais em toda a cadeia produtiva também foram afetados pela crise, com o fornecimento de insumos para a indústria e a dinâmica da inflação.
O ministro Paulo Guedes (Economia) disse que o resultado positivo do Caged indica que a economia estava retomando crescimento antes do recrudescimento da pandemia agora em março.
Se considerada só a nova série do Caged, há recordes em janeiro e em fevereiro na comparação com os primeiros meses de 2020.
A equipe econômica também atribui a baixa nas demissões ao Programa de Manutenção do Emprego (BEm), que possibilitou a suspensão do contrato de trabalho e a redução de jornada com pagamento de uma complementação por parte do governo na pandemia.
As empresas que aderiram ao projeto têm que dar uma garantia contratual aos trabalhadores. Atualmente, há 3,5 milhões de funcionários nessa situação, que são protegidos por cláusulas contratuais.
Bruno Bianco afirmou ainda que, por causa da piora da pandemia, será editada uma nova edição do programa. Ela deve custar em torno de R$ 10 bilhões e será apresentada depois da sanção do Orçamento.
Assista abaixo (1h18min):
Preços ao produtor no Brasil sobem 5,22% em fevereiro, maior alta desde 2014
SÃO PAULO (Reuters) - O Índice de Preços ao Produtor (IPP) subiu 5,22% em fevereiro em relação ao mês anterior, maior alta da série histórica iniciada em 2014, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta terça-feira.
O desempenho do índice em fevereiro é o segundo recorde consecutivo, após a revisão de 3,36% para 3,55% da alta de janeiro. Com isso, o IPP acumula altas recordes de 8,95% no ano e de 28,58% nos últimos 12 meses.
Segundo o IBGE, o resultado de fevereiro reflete principalmente a elevação de preços das indústrias extrativas (27,91%), de refino de petróleo e produtos de álcool (12,12%), de outros produtos químicos (9,69%) e de metalurgia (8,35%).
O índice mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, de 24 atividades da
Colheita de soja do Paraná acelera e supera índices das últimas 5 safras, diz Deral
SÃO PAULO (Reuters) - A colheita de soja do Paraná, que começou mais lenta na temporada 2020/21 primeiro devido a atrasos no plantio e depois por chuvas excessivas, deu um salto na reta final, contando com um tempo mais seco do que a média para o período, conforme dados oficiais e da meteorologia.
O ritmo de colheita já supera o visto nesta época nas últimas cinco safras, pelo menos, apontou o Departamento de Economia Rural (Deral) em relatório.
Até 29 de março, o Estado que é um dos maiores produtores do país havia colhido 88% da área de soja, alta de 13 pontos na comparação com a semana anterior.
Em 2020, nesta época, produtores tinham colhido 85% da área. O ritmo também supera safras anteriores, incluindo em 2016, quando o Estado havia tirado dos campos soja de 87% da área plantada neste período.
A aceleração da colheita no Paraná colaborou para tirar o atraso dos trabalhos no Brasil.
A colheita de milho primeira safra também avançou para 82% da área, enquanto o plantio do cereal na segunda safra está quase finalizado, segundo o Deral, órgão do governo paranaense.
Mais detalhes sobre o ritmo da colheita/plantio e sobre as condições das lavouras em:
https://www.agricultura.pr.gov.br/system/files/publico/Safras/PC.xls
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