Soja já está sendo negociada abaixo de US$ 12/bu (nov/2022) na Bolsa de Chicago. Atenção produtores!
Plantel de suínos na China recua após queda entre 10% e 30% no volume de matrizes; demanda fraca pressiona soja em Chicago
Além da PSA , outras doenças de inverno explicariam redução do rebanho suíno na China. Leitão valorizado, quedas do farelo e da carne forçaram o chamado tripé da zoonose -- Ouça entrevista com com Eduardo Vanin - Analista de Mercado da Agrinvest sobre o fechamento de Mercado da Soja (no Notícias Agrícolas).
Ministério da Economia prevê alta de 3,2% do PIB neste ano e inflação acima da meta
BRASÍLIA (Reuters) - O Ministério da Economia manteve sua projeção para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 em 3,2%, mas elevou a estimativa para a inflação a 4,42%, acima do centro da meta, segundo boletim divulgado nesta quarta-feira pela Secretaria de Política Econômica (SPE).
"As incertezas são elevadas com os desafios de enfrentamento à pandemia, mas deve-se considerar os indicadores no primeiro bimestre que apontam continuidade da recuperação da atividade econômica", diz o documento, que destaca melhora nas expectativas de confiança de empresários e consumidores mesmo em meio ao recrudescimento da pandemia da Covid-19 no país.
A SPE frisou que o carregamento estatístico da alta do PIB no final do ano passado é de 3,6% para 2021 e que indicadores de alta frequência até fevereiro têm mostrado continuidade do ritmo de crescimento, "contrariando algumas previsões mais pessimistas que sugeriram retração no 1T21 (primeiro trimestre) devido ao fim do auxílio emergencial".
Na comparação com o mesmo período do ano anterior, contudo, a SPE projeta queda do PIB no primeiro trimestre, de 0,35%, com a avaliação de que o desempenho de março ainda é incerto diante da maior rigidez das regras de distanciamento impostas em várias regiões do país em meio ao recrudescimento da pandemia.
O secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, disse que as medidas de fechamento da economia por causa da Covid-19 afetam negativamente a atividade, mas que por outro lado o cenário externo está favorável ao Brasil --com juros baixos e termos de troca que beneficiam o país-- e as taxas de poupança e de crédito domésticas são outros pontos positivos.
"No balanço achamos mais provável manter a projeção atual (para o PIB)", afirmou.
INFLAÇÃO
O ajuste na estimativa para o IPCA deste ano foi expressivo --em novembro, a SPE previa alta de 3,23% em 2021-- e refletiu, segundo o boletim, a pressão dos preços dos alimentos. A nova projeção está acima da meta central para este ano --de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Para Sachsida, o maior risco à economia brasileira é a perda da âncora fiscal e, nesse sentido, ele comemorou a aprovação da PEC Emergencial pelo Congresso com a previsão de medidas de ajuste fiscal no futuro, a depender da trajetória da relação entre receitas e despesas.
"Conceder o auxílio emergencial sem contrapartidas fiscais teria impacto negativo sobre a inflação, sobre o risco-país, sobre as taxas de juros, e sobre a atividade econômica", ressaltou em apresentação.
Para o período 2022-2024, a projeção do ministério para a alta do PIB também não foi alterada, ficando em 2,5% ao ano, e a expectativa é de convergência da inflação para a meta.
Ibovespa fecha na máxima em quase 1 mês com ajuda do Fed
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançou 2% nesta quarta-feira e fechou na máxima em quase um mês, fortalecido pelo desfecho da reunião do Federal Reserve, que melhorou a projeção de crescimento econômico dos Estados Unidos este ano, mas repetiu a promessa de manter a meta de juros próxima de zero nos próximos anos.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou em alta de 2,05%, a 116.359,55 pontos, maior patamar de fechamento desde 19 de fevereiro, de acordo com dados preliminares. O volume financeiro somava 29,7 bilhões de reais.
Investidores agora aguardam o resultado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) ainda nesta quarta-feira, quando Banco Central deve promover a primeira alta em quase seis anos da taxa básica de juros, atualmente em 2% ao ano. A maioria dos economistas espera uma elevação de 0,5 ponto percentual.
Wall St encerra em alta após Powell projetar economia mais forte
(Reuters) - Wall Street encerrou em alta nesta quarta-feira, depois que o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) projetou uma rápida recuperação econômica da crise causada pela pandemia do coronavírus e informou que manterá sua taxa de juros próxima a zero.
Em comunicado após a reunião de política monetária de dois dias, o Fed projetou um rápido avanço no crescimento econômico e na inflação dos EUA neste ano, com o arrefecimento da crise da Covid-19, e reiterou sua promessa de manter sua meta de taxa de juros perto de zero pelos próximos anos.
Segundo dados preliminares, o Dow Jones subiu 0,59%, para 33.019,19 pontos, o S&P 500 ganhou 0,29%, para 3.974,29 pontos, e o Nasdaq valorizou-se 0,4%, para 13.525,20 pontos.
Governo reduz em 10% tarifa de eletrônicos e máquinas e prevê redução de preços de até 5%
BRASÍLIA (Reuters) - O Ministério da Economia anunciou nesta quarta-feira uma redução de 10% nas tarifas de importação de bens de capital, de informática e de telecomunicações e previu um impacto de 2% a 5% para os preços dos bens finais no "longo prazo".
A decisão abrange 1.495 produtos e começará a valer sete dias após a publicação da resolução da Câmara de Comércio Exterior (Camex), que aprovou a medida, o que deve ocorrer na quinta-feira.
Segundo o Ministério da Economia, as tarifas desses produtos variam atualmente entre zero e 16%. Todas as alíquotas de 2% serão reduzidas a zero e as demais cairão em 10% --a tarifa máxima do grupo contemplado ficará em 14,4%, portanto.
A tarifa menor "vai baratear a importação de máquinas e equipamentos utilizados por todos os setores produtivos, além de diminuir o preço de itens importados como celulares e computadores", disse a Economia em nota.
"O objetivo é aumentar a produtividade não apenas desses setores, mas de toda a economia, beneficiando também os consumidores brasileiros", acrescentou.
As tarifas que estão sendo alteradas não dependem de negociação com os demais países do Mercosul, disse o ministério.
Em coletiva de imprensa virtual, o Ministério da Economia projetou que a redução das tarifas acarretará no longo prazo uma queda de preços da ordem de 2% a 5% para o consumidor final.
"Nossa estimativa, de longo prazo para queda de preços, é da ordem de 2%", disse Lucas Ferraz, secretário do Comércio Exterior do Ministério da Economia, acrescentando depois que o impacto pode chegar a 5%.
Ainda de acordo com Ferraz, com a redução do imposto de importação, as projeções apontam para acréscimo ao Produto Interno Bruto (PIB) doméstico da ordem de 150 bilhões de reais em um intervalo de até 15 anos.
"Estaríamos também adicionando às nossas exportações desse mesmo universo, de forma cumulativa, algo ao redor de 70 bilhões (de reais). Para nossas importações, 100 bilhões (de reais)", afirmou Ferraz. Nesse mesmo horizonte, a pasta projeta criação de 20 mil postos de trabalho e aumento de investimentos na ordem de 80 bilhões de reais como consequência do corte na tarifa.
Segundo Ferraz, a medida anunciada implica redução de arrecadação da ordem de 250 milhões de dólares ao ano. Ele também afirmou que o movimento anunciado pelo ministério nesta quarta será acompanhado de uma reforma "mais geral".
"Nossa ideia é produzirmos um movimento, em toda Tarifa Externa brasileira, que não se restringirá apenas a bens de capital e bens de informática e telecomunicações, mas abrangerá, também, todo universo da Tarifa Externa Comum (TEC)", complementou.
O secretário especial de Comércio Exterior, Roberto Fendt, afirmou que o país tem trabalhado para reduzir e modernizar a TEC, que, segundo ele, tem a mesma estrutura desde que foi criada, em 1995.
"Nós estamos em conversações com nossos parceiros no Mercosul, Argentina, Paraguai e Uruguai, para que venhamos, mais cedo possível, ir reduzindo essas barreiras. Como disse, isso vai depender, em larga medida, da redução do Custo Brasil, que é um entrave a esse processo." O secretário frisou que o governo não pretende privilegiar setores específicos, mas promover uma abertura transversal.
A Tarifa Externa Comum é adotada pelos países-membros do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) na importação de produtos de fora do bloco.
BICICLETAS
Ao mesmo tempo em promoveu uma redução de tarifas, o governo voltou atrás em decisão anunciada há cerca de um mês pelo presidente Jair Bolsonaro de reduzir a alíquota do imposto de importação de bicicletas gradualmente de 35% para 20% até o final do ano. A taxa do produto será reduzida em apenas 10%, passando a 31,5%, disse o secretário-executivo da Camex, Carlos Pio.
A reversão da medida, que levaria a taxa de importação das bicicletas ao patamar previsto na TEC do Mercosul, acontece após críticas de produtores locais e evidencia as dificuldades do governo em levar à frente a agenda de liberalização comercial que foi plataforma de governo de Bolsonaro nas eleições.
"Como essa medida recente (redução das alíquotas de bicicletas) é muito próxima das medidas atuais, nós resolvemos voltar atrás e elevar a alíquota para 35% e aprovar um processo de redução equivalente ao que estamos fazendo para o conjunto das tarifas que podemos alterar unilateralmente. Então, um corte de 10% equivalente ao de 35%, trazendo-a para 31,5%", disse Pio.
Produção de aço no Brasil cresce 3,8% em fevereiro, diz Aço Brasil
SÃO PAULO (Reuters) - A produção brasileira de aço bruto em fevereiro cresceu 3,8% em relação à do mesmo mês de 2020, para 2,8 milhões de toneladas, informou nesta quarta-feira a entidade que representa as usinas, Aço Brasil.
Já as vendas internas no mês passado avançaram 20,9% ano a ano, para 1,9 milhão de toneladas.
As exportações de 657 mil toneladas do setor em fevereiro, representaram queda de 28,5% sobre um ano antes. Enquanto isso, as importações foram de 334 mil toneladas, salto de 123,5%.
Os números vêm na esteira de fortes altas dos preços do aço no Brasil e no mundo.
A produção brasileira de aço bruto foi de 5,8 milhões de toneladas no acumulado de janeiro e fevereiro deste ano, o que significa aumento de 7,3% em relação ao mesmo período de 2020.
As vendas internas de laminados no bimestre atingiram 3,7 milhões de toneladas, 24% acima do que no mesmo período de 2020. O consumo aparente, de 4,3 milhões de toneladas, representou um aumento de 25% em relação a janeiro e fevereiro de 2020.
No entanto, a entidade afirmou que a evolução dos preços do aço no Brasil acompanhou a tendência mundial, o que "demonstra que não houve qualquer movimento especulativo por parte das usinas brasileiras".
Apesar da situação de agravamento da crise gerada pela pandemia no país, o presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, afirmou em comunicado que a perspectiva da indústria brasileira do aço para 2021 é otimista, diante da previsão de maior consumo de aço na construção civil, obras de infraestrutura, e de maior participação da indústria nacional no setor de óleo e gás e energia renovável.
Governo autoriza Shell a importar GNL de diversos países para o Brasil
SÃO PAULO (Reuters) - O governo brasileiro autorizou uma unidade local da petroleira anglo-holandesa Shell a realizar importações de gás natural liquefeito (GNL) de diversos países mirando o mercado brasileiro.
A autorização foi concedida pelo Ministério de Minas e Energia à Shell Energy do Brasil Gás, envolvendo volume total a ser importado de até 36,5 milhões de metros cúbicos em GNL, segundo publicação no Diário Oficial da União desta quarta-feira.
A permissão para as operações será válida até 31 de março de 2024 e limitada apenas a negócios envolvendo gás liquefeito, de acordo com a portaria publicada pelo ministério.
A Shell apontou que o GNL será transportado por meio marítimo e terá como mercado potencial o segmento de usinas térmicas, distribuidoras de gás e consumidores livres.
O local de entrega no Brasil será o terminal de regaseificação da Baía de Todos os Santos, em Salvador, na Bahia, segundo a publicação.
OUTRAS PERMISSÕES
O governo também concedeu aval para importações de gás de outras empresas, incluindo unidades da siderúrgica Gerdau, todas publicadas no Diário Oficial da União.
A Gás Bridge Comercializadora foi autorizada a importar até 25,6 milhões de metros cúbicos de GNL de diversos países para atendimento ao mercado no Nordeste e Sudeste, também com local de entrega no terminal em Salvador, Bahia. A permissão é válida até 2024.
A Gerdau Summit Aços Fundidos e Forjados e a Gerdau Aços Longos conseguiram aval para importações da Bolívia, com a primeira empresa autorizada a trazer até 150 mil m³/dia.
A segunda empresa da Gerdau fará importações de até 50 mil m³/dia para duas unidades do grupo e de até 100 mil m³/dia para outra. As autorizações valem até 2024.
O Ministério de Minas e Energia também deu sinal verde para compras de gás da Bolívia pela CDGN Logística, que prevê volume total a ser importado de até 4 milhões de m³/dia. O aval vigora até dezembro de 2023.
Superciclo do petróleo é improvável devido a amplos estoques e oferta, diz IEA
LONDRES (Reuters) - Os preços do petróleo não devem ter uma alta dramática e sustentada mesmo com vacinas que devem impulsionar a demanda mais à frente neste ano, disse a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) nesta quarta-feira, ao destacar que o mundo continua inundado de petróleo.
"O forte rali do petróleo para perto de 70 dólares o barril gerou rumores sobre um novo superciclo e uma iminente escassez de oferta. Nossos dados e análises sugerem outra coisa", disse a IEA em relatório mensal.
"Para começar, os estoques de petróleo ainda parecem amplos comparados aos níveis históricos, apesar de uma estável redução... além desse colchão dado pelos estoques, acumulou-se um volume significativo em capacidade ociosa como resultado dos cortes de oferta da Opep+", afirmou.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados incluindo a Rússia, grupo conhecido como Opep+, mantiveram limites à produção neste mês, o que agradou o mercado e levou alguns investidores a projetarem um superciclo-- uma longa alta dos preços, com duração de anos.
"A perspectiva de uma demanda mais forte e a continuidade das restrições de produção da Opep+ apontam para um significativo declínio de estoques no segundo semestre", disse o órgão com sede em Paris.
"Por enquanto, porém, há petróleo mais que suficiente em tanques de armazenamento e debaixo da terra para manter os mercados de petróleo adequadamente abastecidos."
A demanda global neste ano deve recuperar cerca de 60% do volume perdido durante o pior momento da pandemia de Covid-19, em 2020.
Mas mudanças em padrões de viagens e no trabalho causadas pela pandemia, assim como metas de baixo carbono de governos, devem trazer implicações de longo prazo para as perspectivas de demanda, acrescentou a IEA.
"Mudanças rápidas no comportamento após a pandemia e um forte direcionamento de governos rumo a um futuro de baixo carbono causaram uma dramática mudança para baixo nas expectativas para a demanda por petróleo ao longo dos próximos seis anos", disse a IEA em relatório com perspectivas para os próximos cinco anos, publicado nesta quarta-feira.
A IEA reduziu sua projeção para a demanda por petróleo em 2025 em 2,5 milhões de bpd ante previsão do ano passado. A demanda deve retomar níveis pré-crise vistos em 2019 apenas em 2023, segundo a agência.
Petrobras afirma que comitê interno aprovou indicação de Luna como novo CEO
SÃO PAULO (Reuters) - A estatal Petrobras informou que seu Comitê de Pessoas aprovou na terça-feira o nome do general da reserva Joaquim Silva e Luna, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir o comando da companhia e uma vaga no conselho de administração.
A companhia disse que o comitê, ligado ao conselho, decidiu pela "não existência de vedações" à nomeação de Luna e avaliou que ele preenche requisitos previstos na Lei das Estatais e na Política de Indicação de Membros da Alta Administração da Petrobras, segundo comunicado na noite de terça-feira.
De acordo com o comitê, os acionistas da companhia e o conselho poderão, caso desejem, avaliar na sequência "o preenchimento de requisitos subjetivos adicionais aos previstos na legislação".
O presidente Bolsonaro anunciou a indicação de Luna para a Petrobras em 19 de fevereiro, após desentendimentos com o atual CEO da empresa, Roberto Castello Branco, sobre os preços dos combustíveis.
A Petrobras convocou para 12 de abril uma assembleia geral de acionistas que irá deliberar, entre outros assuntos, sobre a indicação de Luna para o conselho e a formação do colegiado.
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