"O veranico que prejudicou o PR e RS praticamente não foi sentido no MT, graças ao sistema ILPF", conta Eduardo Assad

Publicado em 13/03/2021 17:19 e atualizado em 15/03/2021 11:05
Eduardo Assad - Pesquisador Embrapa
Veja a entrevista na íntegra com Eduardo Assad (Embrapa)

 

 

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Entrevista com Eduardo Assad

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A cada nova safra, o sistema de Integração da Lavoura, Pecuária e Floresta ( ILPF ) vem ganhando confiança e adesão de mais e mais agricultores e pecuaristas de todo o Brasil. De norte a sul do país, em todas as regiões de produção, esse modelo de manejo integrado vem oferecendo resultados positivos, tanto de produtividade na condução das atividades agropecuárias, quanto na sustentabilidade do sistema. 

Eduardo Assad, pesquisador da Embrapa e especialista em ILPF, em entrevista ao repórter Frederico Olivi do Programa Tempo e Dinheiro, aponta os principais aspectos desse sistema para o manejo de uma propriedade rural. 

-- "No início, o investimento para a implantação do sistema ILPF pode parecer um pouco alto, de aproximadamente RS 5.000,00 ( cinco mil reais) por hectare; investimento este usado na recuperação do solo, plantio das lavouras, manejo da agricultura e da pecuária... mas logo depois, quando o agropecuarista começa a colher a safra e a observar o ganhos com a criação intensiva do gado - numa pastagem recuperada -, todo esse investimento inicial se paga muito rapidamente".

- “É lucro certo!”, pontua Eduardo Assad.

Ainda segundo o pesquisador da Embrapa, com o ILPF, o produtor pratica um plantio direto mais eficiente, introduzindo na suas áreas as gramíneas para o consórcio de palhadas, proporcionando para o solo uma cobertura vegetal permanente, com maior retenção da umidade e consequentemente um volume maior  de raizes. 

Como exemplo, ele cita:

-- "No ano passado, os Estados do Paraná e Rio Grande do Sul sofreram severos veranicos que trouxeram prejuízos da ordem de  R$ 30 bilhões para toda a cadeia do agronegócio desses estados. Já no Estado de Mato Grosso, onde também ocorreram  veranicos (em algumas regiões até mais prolongados) o prejuízo foi menor, justamente porque os agricultores tiveram uma condição de solo mais favorável para o desenvolvimento das lavouras, mesmo com déficit hídrico durante o cultivo", diz Eduardo Assad. 

- “Precisamos ficar atentos à elevação da temperatura e à deficiência hídrica em momentos chaves do cultivo da nossas lavouras. É preciso ter mais umidade sobre o solo, e isso se consegue através do sistema de integração da lavoura com a pecuária e depois com a floresta. Esse sistema traz para o agropecuarista uma atividade com resultados positivos, conservando a água e o solo”, finaliza Eduardo Assad.

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Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Rafael Antonio Tauffer Passo Fundo - RS

    O manejo aqui no Rio Grande do Sul é totalmente diferente do Centro-oeste. Para melhorar o solo somente com milho no lugar da soja. Tenho só uma dúvida: Quem vai plantar floresta em área que custa 1.000 sacas de soja por hectare?

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    • Valcir Raimundo Ghizzoni GENTIL - RS

      Por aqui, área de floresta é área de floresta e área de lavoura é área de lavoura e ponto final. Sistema ILPF até pode beneficiar a floresta, somente. Nada vinga à sombra das árvores, nem pasto e nem grãos, principalmente em anos de pouca chuva.

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