Soja no desce/sobe; dólar no sobe/desce; e na política, só falta os bandidos prenderem o mocinho?!!
Gilmar Mendes vota por considerar Moro parcial e anular condenação de Lula no tríplex do Guarujá
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta terça-feira para considerar suspeita a atuação do então juiz da operação Lava Jato Sergio Moro e, em consequência, anular todos os atos processuais que levaram à condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo do tríplex do Guarujá (SP).
O julgamento foi retomado nesta terça-feira e o placar está em dois a um contra a parcialidade de Moro. O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, e a ministra Cármen Lúcia votaram anteriormente para rejeitar o pedido de suspeição apresentado pela defesa do petista. Cármen Lúcia, entretanto, pode reajustar seu voto.
Em um contundente voto, Mendes disse que Moro teve uma atuação de "juiz acusador", interferindo na produção de provas como ouvir delatores e incluir documentos durante a instrução dos casos.
"Essa ação concertada não escondia o seu objetivo maior, inviabilizar de forma definitiva a participação do ex-presidente Lula na vida política nacional", disse.
O ministro disse que há anos vinha questionando os métodos da Lava Jato e citou as revelações da operação Spoofing que revelou diálogos atribuídos a Moro com procuradores da operação.
"O presente voto não apenas descreve uma cadeia sucessiva de atos lesivos ao compromisso de imparcialidade, ele explicita as condições do surgimento e funcionamento do maior escândalo judicial da nossa história", disse.
Segundo Mendes, havia pressão da força-tarefa para que magistrados, inclusive ministros de cortes superiores, não tomassem decisões desfavoráveis à Lava Jato.
"Os magistrados que concedessem habeas corpus corriam risco de serem massacrados neste conúbio vergonhoso que se estabeleceu entre a mídia e os procuradores", afirmou.
O ministro do STF reconheceu que "infelizmente" a experiência acumulada durante os anos mostra que houve falha em conter os "primeiros arroubos e abusos do magistrado". Ele disse que já apoiou a operação e que o combate à corrupção é digno de elogio. Mas ressalvou: "Não se combate crime, cometendo crime".
Para Mendes, que não se surpreendeu com a decisão da véspera de Fachin de anular condenações por atuação incompetente da Lava Jato no Paraná, a Vara Federal de Curitiba expandiu "de forma artificial" para apreciar os crimes do colarinho branco.
A análise do processo pela Segunda Turma foi suspensa para um intervalo e será retomada sem seguida.
Pouco antes, por quatro votos a um, a Segunda Turma rejeitou o pedido apresentado por Fachin de adiar o julgamento a respeito da suspeição de Moro no processo que condenou Lula no tríplex do Guarujá (SP) e deu continuidade na análise do caso.
Dólar à vista fecha em alta de 0,24%, a R$ 5,7927; dólar futuro cai
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista se afastou das máximas de quase 5,88 reais e fechou apenas em leve alta nesta terça-feira, enquanto no mercado futuro a cotação caía mais de 1%, refletindo algum alívio do mercado com sinalizações de que a PEC Emergencial será encaminhada à Câmara dos Deputados sem flexibilização substancial nos termos para economia fiscal.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a ideia do relator da PEC Emergencial, deputado Daniel Freitas (PSL-SC), é manter com pouca ou nenhuma alteração o texto da proposta que veio do Senado.
Lira, assim com Freitas, conversou com o presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira. Bolsonaro disse na noite de segunda que a PEC ideal era a que seria aprovada pela Câmara, o que causou algum ruído num contexto já de pressões de alguns aliados do presidente para poupar profissionais da segurança pública de congelamento de salários, como propõe o texto da PEC já aprovado pelo Senado.
Isso pesou no mercado no fim da tarde de segunda, com players já com postura mais defensiva após o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), anular condenações impostas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que permitiria que ele concorresse à eleição presidencial de 2022.
No fechamento no mercado spot nesta terça-feira, o dólar subiu 0,24%, a 5,7927 reais, longe da máxima do dia (5,876 reais, alta de 1,68%). Na mínima, batida pouco depois das 14h30, a moeda caiu 0,17%, a 5,769 reais.
No mercado futuro, o dólar caía 1,45%, a 5,7970 reais.
Relator pretende manter ideia principal da PEC Emergencial, diz Lira
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta terça-feira que a ideia do relator da PEC Emergencial, deputado Daniel Freitas (PSL-SC), é manter a essência do texto encaminhado pelo Senado, sem alterá-lo substancialmente.
Lira, assim com Freitas, conversou com o presidente Jair Bolsonaro nesta terça, em meio a pressões para flexibilizações no texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), vindas, inclusive, por setores bolsonaristas da Câmara, caso da chamada bancada da bala.
"Penso que está tudo, com relação ao mérito do que vai ser votado, organizado. O relator deve manter a ideia base do Senado Federal, com poucas ou nenhuma alteração proposta pelo relator", disse o presidente da Câmara a jornalistas.
Sobre a reunião com Bolsonaro, Lira explicou que não ocorreu para comunicá-lo da determinação de manter o texto, mas para transmitir o sentimento captado em reunião de integrantes da base de seu governo que discutiu o tema.
Na ocasião, relatou o presidente da Câmara, decidiu-se que o melhor é manter a previsibilidade e o calendário de votações. Uma alteração na PEC pode forçá-la a uma segunda análise no Senado e atrasar a concessão do auxílio emergencial, já que o governo federal aguarda a aprovação da proposta para editar medida liberando o pagamento da renda assistencial.
Segundo Lira, a maioria da Câmara entende que a proposta precisa ser votada o quanto antes --a previsão é que sua admissibilidade seja analisada nesta terça, e a PEC tenha os dois turnos votados na quarta-- para que o Ministério da Economia libere o pagamento do auxílio emergencial aos vulneráveis atingidos pela pandemia de Covid-19 ainda neste mês.
"Nós temos que agilizar todos esses temas que são, não condicionantes, mas pressupostos normais, para que o governo e o país tenham previsibilidade de votação de assuntos que são urgentes também, como o auxílio emergencial", afirmou o deputado.
A equipe econômica já sinalizou a disposição de pagar, a partir deste mês, quatro parcelas em média de 250 reais a vulneráveis. Mas antes disso, é necessário que a PEC seja aprovada pelo Congresso Nacional.
A PEC abre caminho para a concessão do auxílio emergencial com o limite de 44 bilhões de reais para o montante que poderá ser excepcionalizado das regras fiscais em 2021.
A proposta também traz gatilhos fiscais a serem acionados quando a despesa obrigatória ultrapassar 95% da despesa primária total ou em caso de calamidade pública.
USDA eleva safra de soja 2020/21 do Brasil a 134 mi t
(Reuters) - A safra de soja 2020/21 do Brasil deverá atingir 134 milhões de toneladas, estimou nesta terça-feira o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), elevando sua estimativa para a produção brasileira da oleaginosa.
Em seu relatório anterior, a agência do governo norte-americano via a safra de soja do Brasil em 133 milhões de toneladas.
Analistas ouvidos em pesquisa da Reuters acreditavam que o USDA fixaria a safra brasileira em 133,14 milhões de toneladas.
Mesmo com o aumento nas perspectivas de produção, o USDA manteve estável sua previsão para as exportações de soja pelo Brasil em 2020/21, vistas em 85 milhões de toneladas.
O departamento também não alterou sua projeção para a safra 2020/21 de milho do país, mantendo os 109 milhões de toneladas reportados em fevereiro. Analistas antecipavam a cifra da agência em 108,39 milhões de toneladas.
O USDA ainda prevê exportações de 39 milhões de toneladas do cereal na atual temporada, também o mesmo nível do relatório de fevereiro.
Brasil deve exportar até 15,5 mi t de soja em março, prevê Anec
SÃO PAULO (Reuters) - As exportações brasileiras de soja podem alcançar até 15,5 milhões de toneladas em março, estimou nesta terça-feira a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), ao elevar a projeção máxima de embarques, mas também considerando um mínimo de 13,3 milhões de toneladas.
"(O) line-up prevê 15.514.260 toneladas de soja para março. Mas é importante observar que a Anec está considerando a possibilidade de menor carregamento de cargas, levando a um número entre 13.307.982 (semelhante a março de 2020) e 15.514.260 toneladas", afirmou em nota.
A estimativa da Anec foi feita com base em dados da programação de navios e aponta um forte crescimento na comparação com fevereiro, quando o país embarcou 5,5 milhões de toneladas, de acordo com a associação.
Na semana anterior, a entidade previa que as exportações da oleaginosa ficariam em 13,79 milhões de toneladas neste mês, em meio a um forte atraso nos trabalhos de colheita da safra 2020/21 e chuvas excessivas que afetaram algumas regiões.
Caso se confirme o maior volume projetado para este mês, seria um recorde para todos os meses, considerando números do governo.
Os embarques de milho foram estimados em 136,14 mil toneladas, mais que o dobro do volume projetado pela associação na semana passada, de 62,8 mil toneladas. Em março de 2020, o país exportou 150,9 mil toneladas do cereal, segundo a Anec.
Já as vendas externas de farelo de soja foram estimadas em 1,19 milhão de toneladas, ante 1,14 milhão de toneladas na semana anterior e 1,53 milhão no mesmo mês do ano passado.
Exportação de café verde do Brasil sobe 11,2% em fevereiro, diz Cecafé
SÃO PAULO (Reuters) - As exportações de café verde do Brasil, considerando os grãos do tipo arábica e conilon, atingiram 3 milhões de sacas em fevereiro, alta de 11,2% no comparativo anual, afirmou nesta terça-feira o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Com relação às variedades embarcadas, o café arábica representou 81,9% do volume total exportado no mês, com 2,68 milhões de sacas e um aumento de 8,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Já o conilon (robusta) teve 9,5% de participação nas exportações (312,29 mil sacas), mas viu as vendas externas crescerem 42,7% ante fevereiro de 2020.
Exportação de carne suína do Brasil avança 6,1% no 1º bimestre com firme demanda
SÃO PAULO (Reuters) - As exportações de carne suína do Brasil atingiram 144,2 mil toneladas no primeiro bimestre de 2021, alta de 6,12% em relação a igual período do ano anterior, em meio a um cenário de firme demanda externa pela proteína, disse nesta terça-feira a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Segundo a entidade, a receita gerada pelas vendas do produto (in natura e processado) somou 332,3 milhões de dólares nos dois primeiros meses de 2021, cifra 4,1% superior à apurada na mesma etapa de 2020.
"O cenário internacional segue altamente demandante pela carne suína do Brasil. Isso, no entanto, não tem afetado a oferta interna deste produto, que segue ajustada", disse em nota o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Considerando somente o mês de fevereiro, as exportações de carne suína do Brasil totalizaram 81,1 mil toneladas, alta de 20,3% ano a ano, enquanto a receita com os embarques alcançou 185,7 milhões de dólares, crescimento de 19,9%.
Principal cliente do Brasil na área, a China importou em fevereiro 41,6 mil toneladas, alta de 34% na comparação anual, o que significa que o país asiático adquiriu mais da metade de toda a carne suína exportada pelo Brasil no mês passado.
A ABPA também citou números positivos nos embarques da proteína aos demais países sul-americanos, com destaque para o Chile, que incrementou suas aquisições em 73,5% ante fevereiro de 2020, para 4,5 mil toneladas.
"Adicionalmente ao bom desempenho dos destinos asiáticos, tivemos neste mês uma considerável elevação das vendas para as nações da América do Sul, com saldo positivo em praticamente todos os destinos da região", afirmou o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.
0 comentário
T&D - Íntegra do programa de 24/12/2024
Do Marco Temporal à Lei dos Bioinsumos, 2024 foi ano de grandes batalhas para o agronegócio em Brasília
Cenário futuro do milho é promissor, mas infraestrutura precisa acompanhar
Suzano vai elevar preços de celulose em todos os mercados a partir de janeiro
A grande volatilidade do mercado do café foi o maior desafio para a indústria cafeeira em 2024
Retrospectiva 2024: Emater impulsiona negócios de 844 famílias com o Fomento Rural em Goiás