Auxilio emergencial terá corte de gastos para manter o equilibrio da economia, como quer Guedes
Pacheco, Lira e Alcolumbre se reúnem com empresários em São Paulo
Foram a convite de Paulo Skaf; Debateram vacinas e auxílio (Poder360)
Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), participaram nesta 2ª feira (1º.mar.2021) de reunião com empresários da Fiesp (Federação de Indústrias do Estado de São Paulo). O convite foi do presidente da instituição, Paulo Skaf.
o Twitter, Pacheco disse que no encontro foram discutidas formas de assegurar vacinas ao país e o auxílio emergencial para a população de modo a “gerar renda, emprego e oportunidades”. Ele e seu antecessor, Davi Alcolumbre, estiveram no evento presencialmente. Já Lira participou por videoconderência.
“O momento do país exige um amplo diálogo com todas as instituições para que consigamos assegurar vacinas a todos os brasileiros, garantir o auxílio aos gravemente atingidos pela crise econômica e voltarmos a gerar renda, emprego e oportunidades”, disse.
Pacheco apresentou e aprovou na última semana um projeto no Senado que permite que União, Estados, municípios e iniciativa privada comprem vacinas e se responsabilizarem por eventuais efeitos colaterais dos imunizantes. A ideia é destravar a compra de laboratórios como a Pfizer, que já recebeu liberação do uso definitivo da vacina no Brasil, mas exige essa responsabilização pelos efeitos colaterais em contrato.
Já sobre uma nova rodada do auxílio, a votação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) emergencial, que libera os pagamentos em 2021, está marcada para a 4ª feira (3.mar). A proposta poderia ter sido votada também na última semana, mas o relatório defendido pelo governo trazia pontos controversos como a desvinculação de recursos para saúde e educação.
O trecho será retirado do texto pelo relator, senador Márcio Bittar (MDB-AC), mas é possível que os senadores ainda queiram desidratar mais a medida. A equipe econômica diz que efetivará o novo auxílio com a aprovação da PEC no Senado e na Câmara, por isso a tentativa de se chegar a um acordo o mais rápido possível.
Nesta 2ª feira (1º.fev.2021), o presidente da Câmara, Arthur Lira, informou que já foi definido que o auxílio emergencial será de R$ 250 até junho. A medida foi definida em reunião com o presidente Jair Bolsonaro, Rodrigo Pacheco, e os ministros Eduardo Pazuello (Saúde), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Braga Netto (Casa Civil) no domingo (28.mar.2021).
Brasil perdeu 75,2 mil estabelecimentos e 25,7 mil vagas formais em 2020
Poder360
A CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) publicou nesta 2ª feira (1.mar.2021) um levantamento sobre o comércio varejista em 2020. De acordo com a pesquisa, o Brasil perdeu mais de 75 mil estabelecimentos e 25,7 mil vagas formais.
Leia a íntegra da pesquisa.
O estudo aponta que a retração de 2020 é a maior desde 2016, quando foram fechados 105,3 mil postos de trabalho no setor. Em 2020, o ramo mais afetado foi o de vestuário, calçados e acessórios, que perdeu 22.300 vagas.
Segundo o relatório, “a partir de maio, o setor voltou a registrar avanços mensais, restabelecendo o nível de faturamento do mês anterior à pandemia já no mês de agosto. Essa rápida reação do setor só foi possível graças a uma combinação de fatores que permitiram reestabelecer as condições de consumo. O fortalecimento do comércio eletrônico, a flexibilização das medidas restritivas na virada do primeiro para o segundo semestre e a disponibilização do Auxílio Emergencial permitiram que o restabelecimento do nível de atividade do setor ocorresse menos de seis meses após o início dos impactos negativos decorrentes da disseminação do novo coronavírus no Brasil“.
Em abril de 2020, quando índice de isolamento social chegou a 47 % da população, as vendas tiveram uma queda de 6,1% em relação a dezembro de 2019. No 2º semestre, quando os comércios voltaram a abrir, as vendas aumentaram 17,4%.
PROJEÇÕES PARA 2021
A CNC fez 3 projeções diferentes para o comércio em 2021, levando em consideração o nível de isolamento social da população, a evolução das vendas no varejo ampliado e a recuperação do saldo de lojas.
Em cenário otimista, onde o isolamento social seria de 30% da população, a CNC vê o crescimento de vendas de 8,7%, além da geração de 29,8 mil estabelecimentos com vínculos empregatícios.
No cenário básico, com o isolamento reduzindo 5% até o fim de 2021, as vendas aumentariam 5,9% e 16,7 mil novos pontos de venda seriam abertos.
Já no cenário pessimista, onde o isolamento fosse igual ou inferior a 3%, o saldo entre abertura e fechamento de lojas fecharia o ano em +9,1 mil unidades.
Bolsonaro critica medidas adotadas nos Estados e diz que lockdown não funciona
Poder360
O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta 2ª feira (1.mar.2021) medidas de restrições sociais adotadas por governadores como tentativa de conter a pandemia de covid-19. Sem apresentar evidências, disse que o lockdown –bloqueio total das atividades não essenciais– não funciona.
“Desculpe aí, pessoal, não vou falar de mim, mas não errei nenhuma [medida no combate à pandemia de coronavírus]. E não precisa ser inteligente para entender isso, tem que ter o mínimo de caráter”, disse a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.
Bolsonaro disse que o lockdown não deu certo em 2020 e que, portanto, não seria bem-sucedido em 2021.
Na conversa com apoiadores, o presidente voltou a dizer que o governo federal enviou todos os recursos aos Executivos locais e que, por isso, a responsabilidade pela situação da pandemia seria dos governadores.
“Não faltou dinheiro. Eles [governadores] têm que resolver os problemas”, disse.
Desde domingo (28.fev), o presidente Jair Bolsonaro e órgãos do governo federal têm publicado nas redes sociais dados sobre repasses feitos pela União aos Estados para o combate à pandemia do novo coronavírus no país.
No Twitter, o presidente Jair Bolsonaro postou no domingo (28.fev.2021) os valores que cada ente da Federação recebeu em 2020 levando em conta os repasses sem relação direta ao combate à pandemia. Engloba tanto valores diretos (saúde, por exemplo) quanto indiretos (como suspensão de dívidas).
Em nota divulgada na manhã desta 2ª feira, 16 governadores criticaram o governo federal por “priorizar a criação de confrontos, a construção de imagens maniqueístas e o enfraquecimento da cooperação federativa essencial aos interesses da população” ao publicar “má informação” e promover conflitos entre a sociedade e Executivos estaduais.
Na nota (íntegra – 421 KB), os governadores afirmam que as informações divulgadas estão “distorcidas” e têm o objetivo de “gerar interpretações equivocadas e atacar governos locais”. Eles ainda manifestaram“preocupação em face da utilização, pelo governo federal, de instrumentos de comunicação oficial, custeados por dinheiro público” para ações que vão contra os Executivos estaduais.
TRATAMENTO PRECOCE
Nesta 2ª feira (1º.mar), Bolsonaro voltou a defender o tratamento precoce —cuja eficácia não é comprovada cientificamente— como forma de conter o avanço da doença.
O presidente disse que têm mandado embaixadores “confirmarem” se há adesão aos medicamentos em outros países.
“Quando tem matéria na imprensa sobre tratamentos em outros países, a gente manda o embaixador confirmar, né? E alguns países têm confirmado o tratamento precoce, que tem dado certo”, disse, citando a Coreia do Sul.
“Tem gente na política a quem interessa ver o cara ser intubado e ter outros problemas mais graves até. Off-label não é meu nem teu, é da medicina”, disse.
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