Que tristeza! lavouras de soja do Paraná vazias de grãos... Embrapa Soja investiga 30 possibilidades
As chuvas que demoraram a chegar no início da temporada 2020/21 de soja do Brasil chegaram de forma mais intensa e até mesmo excessiva em algumas áreas. No Paraná, a consequência destas condições de clima tem resultado no abortamento de vagens.
-- "Um grande período de dias sem incidência direta de luz solar tem sido um dos grandes problemas agronômicos dessa safra", explica Claudeir Pires, CEO da Academia da Soja, que vem visitando lavouras nas principais regiões produtoras do país.
-- "O excesso de nebulosidade em janeiro causou distúrbios fisiológicos nas plantas, que voltaram a vegetar, cresceram além do normal, desenvolveram muitas folhas e abortaram muitas vagens. Esse fenômeno ocorre em várias partes do estado, em menor ou maior grau, e deve afetar a produtividade final, já corrigida para baixo, neste levantamento", informa o boletim mensal da instituição.
No dia 5 foi emitido o primeiro alerta:
Excesso de chuvas prejudica soja em Dr.Camargo/PR com sombreamento, amarelamento e queda de vagens
As lavouras de soja em Dr. Camargo no Paraná já sofreram com estiagem e falta de chuvas que atrasou o plantio em cerca de 35 dias e agora são impactadas pelo excesso de chuvas. O mês de janeiro teve um acumulado de 350 mm e fevereiro já registrou quatro chuvas na região.
Segundo o produtor rural Ildefonso Ausec, mais do que o excesso de chuvas, o excesso de sombreamento tem sido prejudicial às plantas com lavouras crescendo demais, folhas amareladas e vagens caindo. Outro ponto de preocupação é para o aumento da pressão de doenças neste cenário e da impossibilidade de aplicação de defensivos em meio as precipitações.
Ausec relata que ainda não é possível projetar índices de produtividade porque a safra está atrasada pelo plantio e pelo sombreamento e porque as lavouras estão bastante irregulares, enquanto alguns pontos têm perdas totais, outros estão em boas condições.
Outro impacto deste cenário será sentido na segunda safra de milho. Com a colheita da soja adentrando o mês de março, a janela de semeadura do cereal vai ocorrer fora do período ideal, mas deve acontecer ainda assim, já que 90% dos insumos necessários já estão adquiridos pelos produtores.
Ildefonso Ausec - Produtor Rural
Lavouras de soja estão abortando no Paraná, veja imagens de ontem, Maripá/PR:
Abaixo mais algumas imagens de soja improdutiva, em Dr. Camargo/PR:
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Governo estuda auxílio emergencial por 3 ou 4 meses a partir de março, diz Bolsonaro
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que o governo estuda renovar o auxílio emergencial por três ou quatro meses a partir de março, e voltou a defender a necessidade de se fazer isso com "responsabilidade fiscal".
"Está quase certo, ainda não sabemos o valor, com toda certeza, a partir... com toda certeza, pode não ser, né, a partir de março, 3, 4 meses, isso está sendo acertado, com o Executivo, e com o Parlamento também, porque temos que ter responsabilidade fiscal", disse Bolsonaro em rápida entrevista após evento em Alcântara (MA).
Pouco antes, em discurso na cerimônia para entrega de títulos de propriedade na cidade maranhense, Bolsonaro disse que o pagamento do auxílio aos vulneráveis que sofreram impactos da pandemia de Covid-19 representa endividamento para o país e não pode ser eterno.
"No momento a nossa equipe, juntamente com parlamentares, estudamos a extensão por mais alguns meses do auxílio emergencial", afirmou. "Repito, o nome é emergencial, não pode ser eterno, porque isso representa um endividamento muito grande do nosso país. E ninguém quer o país quebrado. E sabemos que o povo quer é trabalho."
A intenção do governo é pagar mais três parcelas de 200 reais do auxílio, mas o novo pagamento deverá ser apenas para pessoas desempregadas durante a pandemia e não deve abarcar os beneficiários do Bolsa Família, como foi feito com o benefício anterior, encerrado em dezembro.
A equipe econômica estuda, com o Congresso, uma alternativa que não viole a regra do teto de gastos, ou algum tipo de liberação legal para que o auxílio possa ser pago fora do teto.
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