A realidade sobre os números de queimadas e desmatamentos no Brasil, na análise de Evaristo de Miranda
As queimadas e os incêndios no Brasil são assuntos que há anos tem chamado a atenção da comunidade internacional. No entanto, em 2020, as acusações contra o país nessa questão tomaram um novo patamar, com países ameaçando o encerramento de negociações comerciais com o Brasil. Para Evaristo de Miranda, chefe-geral da Embrapa Territorial, essa reação exacerbada não condiz com a realidade, que é acompanhada por mais de 30 anos pela instituição.
Segundo ele, o ano passado foi propício para queimadas e incêndios, já que foi um ano seco. Como resultado, na América do Sul houve um aumento de 27% de queimadas na região em comparação ao ano de 2019. No Brasil, o aumento comparativo entre 2019 e 2020 foi de 13%, ou seja, menos da metade da média da América do Sul. Entre os campeões nas queimadas estão a Argentina, que teve um aumento de cerca de 150%; o Equador, com aumento de 120%; e o Uruguai, que junto com o Paraguai, tiveram um aumento de quase 70% de focos de calor.
Na Amazônia, no mesmo período de comparação, houve um aumento de 16%. No entanto, é necessário que haja uma diferenciação entre queimadas e incêndios, já que os dois tipos de ocorrência são captados pelos satélitos utilizados pelo Inpe( Instituto Nacional Pesquisas Espaciais). As queimadas fazem parte do manejo agrícola, apesar de já terem sido substituídas por tecnologias mais avançadas. Já os incêndios são indesejados por destruírem tanto as matas, quanto os patrimônios que estão dentro dela.
Nesse sentido, Evaristo explica que o setor rural foi a primeira linha de frente contra o avanço dos incêndios. "Não se vê pessoas saindo das cidades para combater os incêndios, mas várias foram as ações de produtores rurais que se uniram ao combate das chamas", disse.
Ainda segundo dados da Embrapa Territorial, cerca de 1 milhão de unidades produtivas estão espalhadas dentro do bioma amazônico. Desse montante, há registros de foco de calor em cerca de 25 mil propriedades, o que representa um número baixo de produtores que manejam suas áreas com as queimadas agrícolas.
Apenas a regularização dessas áreas e a extensão rural focada em tecnologia poderão reverter esse situação. "Vamos lembrar do Estado de São Paulo, que tinha vários focos de queimadas por causa da cana-de-açúcar. Isso não existe mais, já que o setor se modernizou e focou no manejo tecnológico. Na Amazônia não é diferente, precisamos mudar esse manejo das queimadas com tecnologia, mas para isso é necessário que haja a regularização das propriedades rurais que estão na Amazônia", defendeu Evaristo.
Veja mais na entrevista acima.
2 comentários
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Adilson Garcia Miranda São Paulo - SP
Segundo o dr Evaristo de Miranda, o Campeão dos Campeões em aumento das queimadas é Los Hermanos Argentinos com 157% . Em segundo o Equador com 120% . Terceiro o Uruguai com 66%. Quarto o Paraguai com 66% . Quinto Colômbia 33%. Sétimo Perú com 17%. Oitavo Brasil com 13%.... Porém, como o governo Argentino é socialista, nossa mídia esquerdista e tendenciosa, não fala nada sobre quem esta no primeiro lugar. E mente ao dizer que o agricultor desmata... Será que ela não sabe, que toda fazenda tem de ter uma reserva florestal, a qual não pode desmatar. Pois o drone e o satélite do Ibama, todo mês, tira foto pra ver se foi retirado algum galho de árvore.
Uma entrevista ("A realidade sobre os números de queimadas e desmatamentos no Brasil, análise de Evaristo de Miranda") prá ser arquivada e consultada a toda hora. E também para divulgar entre aqueles que vivem dando pitacos sobre a Amazonia, sem ter pisado lá ou vivido a realidade dos locais.
carlo meloni sao paulo - SP
Evaristo de Miranda, chefe da Embrapa Territorial, e' a pessoa mais conceituada no Brasil para falar sobre desmatamento... AI ESTA" A VERDADE SOBRE ESSE ASSUNTO.
No tocante ao desmatamento progressivo da Amazônia; o Fator Principal à ser analisado;
com mluita atenção ; esta nas pastagens degradadas; a maioria dos pecuaristas; adotam ainda a pratica antiga, ACABOU O PASTO , derruba área de mata para fazer pasto novo; como nos EXISTE INDUSTRIA DE MATA VIRGEM, deve-se adotar as Tecnologias, de recuperação das pastagens,, degradadas, com FOSFATOS, calcáreo, gesso para aprofundar o enraizamentos. Muito Simples, o Govêrno deverá fazer voltar as Jazidas que foram praticamento doadas dos Fosfatos, de
Araxá , da qual emprêsa Eu era representante aqui em Sinop-MT., após a alienação foi para os Exploradores, de insumos, FAÇAM UMA BOA ÕBRA , MINISTROS DA AGRICULTURA, E MEIO AMBIENTE, TORNEM O PRODUTO COMO SEGURANÇA , ALIMENTAR, PORQUE SEM FOSFORO NÃO FLORAM AS PLANTAS, E A PRODUTIVIDADE NÃO EVOLUI.