Brasil bate recorde na exportação de soja e coloca R$ 1trilhão dentro do País (R$ 200 bi em impostos)
Secex continua confirmando avanço no recorde histórico de exportações com o Grão chegando as 89 milhões de T e o complexo Soja já mostrando 107,2 milhões de toneladas
A Secex mostrou os dados das exportações do Brasil destas duas primeiras semanas de dezembro com a Soja andando em ritmo lento neste mês porque já bateu todos os recordes possíveis até aqui. Assim neste mês esta com 137,4 mil T e fraco porque historicamente embarca muito mais que isso.
No acumulado do ano esta com 89 milhões de toneladas frente aos 74,2 milhões de toneladas do mesmo período do ano passado.
Mantendo recorde histórico até agora e vem renovando o recorde semana a semana. No Farelo o embarque foi de 416,7 mil T e acumulado até agora 17 milhões de toneladas e superando as 16,3 milhões de T do mesmo período do ano passado.
Para o Óleo o volume segue na casa das 5,1 mil T e acumulado pouco mais de 1,1 milhão de T até agora frente as 1,05 milhão de T do mesmo período do ano passado.
No complexo Soja todo já conta com 107,2 milhões de T frente as 91,6 milhões de toneladas do mesmo período do ano passado. Batendo recorde histórico.
Com as vendas muito acima das expectativas cresceu a necessidade de importação para cobrir esta virada de temporada.
Desta forma a Secex mostra a importação deste mês na casa das 29,2 mil T e no acumulado do ano esta com 672,2 mil toneladas frente as 89,4 mil T importadas entre abril e dezembro do ano passado.
Desta forma segue com importações muito acima dos anos anteriores. Mostrando os números das exportações aceleradas e recordes e mantendo o grão como maior ativo de exportação que o Brasil tem e que mais trás divisas para a economia Brasileira.
Sinalizando para batermos recorde histórico e exportações em Dólares que deve passar da casa dos US$ 40 bilhões neste ano e mais de R$ 200 bilhões internalizados neste ano de 2020.
Ajudando a economia Nacional neste ano de Pandemia.
Como cada Real que é internalizado pelas exportações normalmente da 5 tombos internos, ou seja, se multiplica 5 vezes, sendo que passa nas mãos dos exportadores, das Cooperativas ou Traders, chegando aos produtores, com este dinheiro vai novamente para os Fertilizantes, defensivos, Sementes e demais insumos.
Alem destes vai para a cadeia das Maquinas e Equipmentos, passando na sequencia para a Mão de Obra destas e dos Trabalhdores Rurais que giram novamente a roda e gastam os recursos em outras cadeias.
Desta forma pode se apontar que os R$ 200 bilhões de entrada na Soja vai para casa de R$ 1 Trilhão, que deve gerar no mínimo uns R$ 200 bilhões em impostos e tributos e desta forma esta ajudando fortemente a economia Brasileira em tempos de Pandemia. (Informativo Brandalizze Consulting).
Qualidade das lavouras de soja e milho do PR melhora, mas segue abaixo da média
SÃO PAULO (Reuters) - As condições das lavouras de soja e milho no Paraná voltaram a melhorar ao longo da última semana, indicou o Departamento de Economia Rural do Estado (Deral) nesta terça-feira, embora sigam abaixo dos níveis vistos no mesmo momento de safras anteriores, após sofrerem com os efeitos de um longo período de seca.
Segundo informativo do órgão ligado ao governo paranaense, 77% das lavouras de soja 2020/21 apresentam condição boa, ante 75% na semana passada, enquanto o percentual de campos em situação ruim se manteve em 4%.
A melhora é reflexo das chuvas registradas nas últimas semanas, afirmou o economista Marcelo Garrido, do Deral.
"Deu uma melhorada no panorama", disse ele à Reuters.
Para a primeira safra de milho, as lavouras do Paraná em condição boa chegaram a 79%, avanço de 2 pontos percentuais em relação à semana anterior. Já o estado ruim continuou sendo apurado em 5% das plantações.
O boletim anterior do Deral, referente a 7 de dezembro, já indicava um viés de melhora nas condições das lavouras, com avanços semanais de 3 pontos para a soja e 2 pontos para o milho no percentual de campos em situação boa.
Apesar disso, ambos seguem nas piores condições em pelo menos cinco anos, de acordo com os dados do departamento.
No mesmo período do ano passado, a soja possuía 87% das lavouras em condições boas e 2% em ruins. Antes disso, o pior panorama recente havia sido visto em 2018, quando 80% apuravam estado bom e 3%, ruim.
Já o milho verão atingia 93% de condição boa e não apresentava qualquer percentual de lavouras em estado ruim em igual momento da safra anterior. No pior período dos últimos cinco anos, alcançou 80% em situação boa e 3% em ruim, também em 2018.
Com os plantios de ambas as commodities já concluídos, o Deral segue monitorando os desenvolvimentos das culturas.
Conforme o boletim desta terça-feira, 62% das lavouras de soja se encontram em desenvolvimento vegetativo, ante 46% em igual período do ano passado. A fase de floração foi apurada em 28% dos cultivos, versus 38% em 2019/20.
Já o milho da primeira safra possui 37% das lavouras em desenvolvimento e também 37% em floração --ante 31% e 38% no ano passado, respectivamente.
O Deral espera, segundo projeções do final do mês passado, que a safra de soja 2020/21 do Paraná alcance 20,47 milhões de toneladas, queda de 1% na comparação anual, enquanto a produção de milho verão deverá atingir 3,39 milhões de toneladas.
O Paraná é o segundo maior produtor de soja e milho do Brasil, atrás apenas de Mato Grosso.
Setor de etanol do Brasil saiu "mais relevante" do que entrou na pandemia, diz Unica
SÃO PAULO (Reuters) - O setor de etanol do Brasil saiu "mais relevante" do que entrou na pandemia, à medida que a sociedade passou a valorizar produtos que são ambientalmente mais sustentáveis, disse nesta terça-feira o presidente da União da Indústria de Cana (Unica), Evandro Gussi.
Ele disse a jornalistas que estudos mostrando relações entre as mudanças climáticas e o surgimento de pandemias reforçaram a importância de combustíveis que emitem menos poluentes e gases do efeito estufa.
Na parte econômica, o setor foi beneficiado pelo câmbio e forte demanda pelo açúcar brasileiro, cuja produção em 2020/21 será recorde. Além disso, a demanda por etanol, que caiu fortemente durante a pandemia, vem sendo recuperada.
"Será que somos cobaias?" Idosos franceses desconfiam de vacina contra Covid
SARTROUVILLE, França (Reuters) - Yann Reboulleau, que chefia uma casa de repouso da França, está tentando persuadir a moradora Madeleine Bonnet, de 92 anos, dos benefícios de se tomar uma vacina contra Covid-19, e está tendo dificuldade.
"Será que somos cobaias?", questionou Bonnet, que trabalhava como farmacêutica. Reboulleau observou que as vacinas passam por testes prolongados que garantem sua segurança, ao que a paciente retrucou: "Mas com quanta certeza?"
Cientistas dizem que a distribuição de vacinas contra Covid-19 --assim que elas receberem aprovação regulatória na Europa nas próxima semanas-- terão uma grande importância para se debelar um vírus que só na França contribuiu para mais de 58 mil mortes.
Mas a eficácia da vacina pode ser comprometida, dizem cientistas, por uma relutância generalizada dos franceses para recebê-la --mais da metade da população diz que não aceitará, ou provavelmente não aceitará, ser inoculada, mostram pesquisas.
Esta relutância ecoa na casa de repouso "Mon Repos", nos arredores de Paris, apesar de os moradores, cujas idades variam entre 87 e 100 anos, estarem entre os grupos mais vulneráveis a ficar gravemente doentes ou morrerem de Covid-19.
Na primeira onda do vírus, no inicio do ano, a casa teve um foco de infecções durante o qual quatro moradores morreram. Nacionalmente, mais de 17 mil fatalidades relacionadas à Covid ocorreram em casas de repouso, e 93% de todas as vítimas fatais da Covid-19 tinham 65 anos ou mais, revelaram cifras de saúde pública.
Laurent Levasseur, presidente da Bluelinea, que ajuda casas de repouso a lidarem com o vírus, entre elas a "Mon Repos", disse que sua empresa entrevistou moradores por telefone e que os que estão indecisos ou rejeitam a vacina superam os que são favoráveis.
Sentada perto de uma árvore de Natal, Bonnet disse que desconfia dos motivos das empresas farmacêuticas que se apressam para conseguir aprovação para suas vacinas e distribui-las em tempo recorde.
Se suas ações são movidas pelo lucro, isto não a deixa à vontade, disse. Se o esquema é para o progresso da ciência médica, ela é a favor e está disposta a participar.
Mas por ora, ela ainda não decidiu se aceitará a vacina quando lhe for oferecida.
"Veremos", disse.
Bolsonaro diz que assina nesta 3ª MP de recursos para vacinas
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse que deve assinar nesta terça-feira a medida provisória que irá liberar 20 bilhões para compra de vacinas contra a Covid-19, mas ressaltou mais uma vez que o uso não será obrigatório no país e quem quiser tomar o imunizante terá de assinar um termo de responsabilidade.
"Devo assinar nesta terça-feira a medida provisória de 20 bilhões de reais para comprar vacinas", disse o presidente em conversa com apoiadores na noite de segunda, no Palácio da Alvorada.
O governo tenta negociar com fabricantes, especialmente a Pfizer, cujo imunizante já está em uso no Reino Unido e nos Estados Unidos, a compra de doses de vacina para além do acordo com a Astrazeneca/Oxford, cujos testes clínicos ainda não foram finalizados.
Bolsonaro, no entanto, resiste à ideia das vacinas e defende que a aplicação dos imunizantes não seja obrigatória. Por mais de uma vez, questionou especialmente a vacina CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, que está sendo testada pelo Instituto Butantan, ligada ao governo paulista.
A seus apoiadores, na noite de ontem, voltou a dizer que só quem quer deverá tomar e ainda afirmou que há riscos e quem decidir pela vacina terá que assinar um termo de responsabilidade.
"E detalhe, não obrigatória, vocês vão ter que assinar um termo de responsabilidade para tomar. Porque a Pfizer, por exemplo, é bem clara no contrato: 'nós não nos responsabilizamos por efeitos colaterais'", disse. "Tem gente que quer tomar, então tome. A responsabilidade é tua. Quer tomar, toma. Se der algum problema por aí... Espero que não dê."
O próprio presidente, que já teve Covid-19, diz que não irá tomar, enquanto outros líderes, como os ex-presidentes norte-americanos Bill Clinton, Barack Obama e George W. Bush, além da rainha da Inglaterra, Elizabeth, e seu marido, príncipe Philip, já informaram que serão imunizados.
Pesquisas mostram que a postura de negação de Bolsonaro tem feito aumentar o número de pessoas que afirmam que não tomará vacina contra Covid-19. O último levantamento do Datafolha, divulgado este domingo, mostra que 22% dos entrevistado não pretende tomar a vacina. Em agosto esse índice era de 9%
Ao conversar com apoiadores, Bolsonaro afirmou, sem ter nenhuma evidência, que a vacina pode causar problemas justamente para os grupos prioritários para a vacina --idosos e pessoas com comorbidades-- porque correm mais riscos ao contrair a Covid-19.
"Para quem está bem fisicamente não tem que ter muita preocupação. Agora, a preocupação é idoso, quem tem doença, pessoal gordinho também", disse.
As vacinas mais avançadas em testes clínicos têm mostrado segurança, de acordo com resultados destes testes publicados em revistas científicas internacionais.
Nova linhagem de coronavírus no Reino Unido tem mutações essenciais, dizem cientistas
LONDRES (Reuters) - Cientistas britânicos estão tentando determinar se a disseminação rápida de uma nova variante do vírus que causa Covid-19 no sul da Inglaterra está ligada a mutações essenciais que detectaram na linhagem, como informaram nesta terça-feira.
As mutações incluem mudanças na importante proteína "espiga" que o coronavírus SARS-CoV-2 usa para infectar células humanas, disse um grupo de cientistas que rastreia a genética do vírus, mas ainda não está claro se estas o estão tornando mais infeccioso.
"Esforços estão sendo feitos para confirmar se alguma destas mutações está contribuindo ou não para uma transmissão maior", disseram os cientistas do Consórcio de Genômica de Covid-19 do Reino Unido (COG-UK) em um comunicado.
A nova variante, que cientistas britânicos batizaram de "VUI – 202012/01", inclui uma mutação genética na proteína "espiga" que, em tese, poderia fazer a Covid-19 se disseminar mais facilmente entre as pessoas.
Na segunda-feira, o governo britânico citou um aumento de infecções novas, que disse poder estar parcialmente ligado à nova variante, ao submeter a capital e muitas outras áreas à escala mais elevada de restrições contra Covid-19.
Até 13 de dezembro, 1.108 casos de Covid-19 com a nova variante haviam sido identificados, predominantemente no sul e no leste da Inglaterra, informou a Saúde Pública da Inglaterra em um comunicado.
Mas atualmente não existem indícios de que é provável que a variante cause infecções graves de Covid-19, disseram os cientistas, ou de que tornaria as vacinas menos eficientes.
"As duas perguntas exigem estudos adicionais realizados com rapidez", afirmaram os cientistas do COG-UK.
Mutações, ou mudanças genéticas, ocorrem naturalmente em todos os vírus, inclusive o SARS-CoV-2, à medida que eles se duplicam e circulam em populações humanas.
No caso do SARS-CoV-2, estas mutações estão se acumulando em um ritmo de cerca de uma ou duas por mês globalmente, de acordo com especialistas em genética do COG-UK.
"Em resultado deste processo em andamento, muitas milhares de mutações já surgiram no genoma do SARS-CoV-2 desde que o vírus emergiu em 2019", explicaram.
A maioria das mutações vistas até agora não teve efeito aparente no vírus, e é provável que só uma minoria altere o vírus de qualquer maneira significativa – por exemplo, tornando-o mais capaz de infectar pessoas, mais inclinado a causar uma doença grave ou menos sensível a defesas imunológicas naturais ou induzidas por vacinas.
Imunização em larga escala só será possível com vacina de Oxford, diz vice-presidente da Fiocruz
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A compra de vacinas da Pfizer e a eventual inclusão da CoronaVac no plano nacional de imunização não serão suficientes para vacinar em larga escala a população brasileira, o que só irá acontecer com a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a AstraZeneca, com as primeiras doses aplicadas em março, disse à Reuters o vice-presidente da Fiocruz responsável pelo projeto de produção local do imunizante.
Segundo Marco Krieger, vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, a fundação sequer vai solicitar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorização para uso emergencial da vacina, uma vez que seria permitido apenas para casos específicos, preferindo se concentrar no processo para obtenção do registro em definitivo para entregar 100 milhões de doses no primeiro semestre e mais 110 milhões no segundo.
"Não é corrida de 100 metros", disse Krieger. "No ponto de vista da Fiocruz, nós temos o compromisso de uma corrida de maratona, distribuir no primeiro ano um quantitativo muito importante que possa ser utilizado por boa parte da população", afirmou.
"A maior vantagem (da vacina de Oxford) é conseguir disponibilizar em uma quantidade grande para a população brasileira e não depender de compras lá fora. Vacina para funcionar é cobertura, e não tenho dúvida que a vacina de Oxford vai ser muito importante no Brasil e no mundo. Ela que vai fazer a diferença", acrescentou.
A vacina de Oxford foi a principal aposta do governo federal para enfrentar a pandemia de Covid-19, que já deixou mais de 181 mil mortos no país. Em junho, o Ministério da Saúde anunciou um acordo de 1,9 bilhão de reais para a aquisição de insumos e a transferência de tecnologia para a produção local na Fiocruz.
No entanto, o imunizante de Oxford perdeu espaço na corrida por vacinas para a da Pfizer, que se tornou a primeira do mundo aprovada para uso na população em países como Reino Unido, Estados Unidos e Canadá. Além disso, o imunizante ficou marcado por um incidente nos ensaios clínicos que levou a AstraZeneca a realizar novos estudos.
Enquanto a vacina da Pfizer teve eficácia de 95% nos ensaios clínicos, a de Oxford teve eficácia de 62% para as pessoas que tomaram duas doses completas -- regime principal dos testes. Em um subgrupo menor que recebeu meia dose e depois uma dose inteira, a eficácia chegou a 90%, o que levou a empresa a retomar os ensaios em busca de descobrir a melhor dosagem.
Segundo Krieger, os novos estudos não devem impedir a aplicação de uma vacina que se mostrou acima dos 50% de eficácia recomendados e que, além disso, não teve nenhum caso de doença grave nos ensaios clínicos mesmo entre aqueles voluntários que contraíram a doença.
"REGISTRO DE VERDADE"
No caso brasileiro, o registro da vacina será solicitado à Anvisa com base no estudo com duas doses. Krieger explicou que será solicitado um "registro de verdade", em vez do uso emergencial, uma vez que os dados já estão sendo enviados à agência reguladora desde setembro e a diferença de cronograma seria "quase nenhuma".
"Não estamos com uso emergencial, queremos o registro de verdade. O registro do uso emergencial no Brasil é um pouco diferente, ele é mais limitado. No nosso caso, nós vamos ter todos os dados de boas práticas de fabricação, todos os dados do ensaio clínico, e é melhor que tenhamos a discussão de um registro definitivo", afirmou.
"Estudos adicionais têm que ser feitos, mas isso não impede que a gente disponibilize para a população uma vacina que, até o momento, mostra, desde os modelos animais, mas confirmado com os estudos clínicos, que ela elimina a forma grave da doença e diminui a carga viral populacional. Essa é uma vacina que pode ser usada em larga escala", afirmou.
Mesmo sem o pedido de uso emergencial pela Fiocruz, o Brasil pode receber doses da vacina da AstraZeneca antes do cronograma de produção nacional por meio do programa Covax Facility, da Organização Mundial da Saúde (OMS), caso o imunizante seja aprovado no exterior e posteriormente endossado pela Anvisa.
O Covax, ao qual o Brasil ingressou ao custo de 2,5 bilhões de reais por 42,5 milhões doses, prevê a entrega de vacinas para todos os países participantes depois que os imunizantes forem aprovados pela OMS.
OUTRAS VACINAS
O cronograma da Fiocruz, que prevê entrega das primeiras doses ao governo federal no final de fevereiro para início da aplicação em março, foi colocado sob pressão diante do início da vacinação com a vacina da Pfizer em outros países e a promessa do governador de São Paulo, João Doria, de iniciar a vacinação no Estado com a chinesa CoronaVac -- desenvolvida pela Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, ligado ao governo paulista.
A CoronaVac, no entanto, não teve sequer a eficácia divulgada, enquanto a negociação tardia do governo brasileiro com a Pfizer limitou a capacidade de entrega de doses do imunizante ao país --apenas 2 milhões de doses no primeiro trimestre, de acordo com plano de vacinação divulgado pelo governo federal no fim de semana, que não apresentou data para o início da imunização.
Krieger lembrou que a oferta de vacinas da Pfizer é limitada no mundo todo, e disse a CoronaVac também tem uma limitação de capacidade.
“Hoje a confiança do mundo é nessa iniciativa (Oxford/Astrazenca), com previsão de 3 bilhões de doses. A Pfizer está propondo fazer 1 bilhão de doses ano que vem e a Sinovac tem capacidade de 300 milhões", disse.
Além da capacidade de produção, o vice-presidente da Fiocruz destacou a facilidade logística de distribuição da vacina de Oxford. Enquanto a vacina da Pfizer precisa ser armazenada a -70 graus Celsius, devido à tecnologia de RNA mensageiro, o imunizante de Oxford --feito com recombinante viral de outro vírus-- se encaixa no padrão tradicional das campanhas de vacinação.
Segundo Krieger, mesmo com a capacidade de produção ampliada da Fiocruz, a vacinação da população só deve atingir um percentual capaz de gerar imunização no segundo semestre de 2021.
“Em qualquer cenário esse enfrentamento só vai começar a ter primeiros resultados a partir do segundo trimestre do ano que vem e, mesmo assim, só no segundo semestre do ano que vem vamos ter essa cobertura vacinal que vai permitir uma diminuição significativa de circulação viral”, afirmou.
“Estamos vendo a luz no fim do mundo, mas ainda estamos nele. Em janeiro vamos ter pouca vacina, em fevereiro e março podemos ter um maior número. Lá por maio e junho vamos ter 10% a 20% por cento da população vacinada e só vamos chegar a 30% a 40% por cento da população vacinada na metade no ano que vem. E até lá, tem que proteger os vulneráveis e conscientizar a população para manter o alerta ligado.”
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