Chuvas entram pelo Rio Grande; novas frentes plantadeiras chegarão dia 2, vão se espalhar e garantir a safra
Inmet: Chuvas começam a chegar no RS, mas faixa oeste de toda região sul do BR tem alerta de onda de calor
As previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicam que as chuvas voltam entre a tarde e noite desta quarta-feira (25) no Rio Grande do Sul. Uma frente fria em atuação no Uruguai vai aumentar as áreas de instabilidade, indicando chuvas com volumes significativos nos próximos dias para o estado.
Segundo Heráclio Alves, a aproximação do sistema continua elevando as temperaturas em toda a região sul do Brasil, com destaque para o Rio Grande do Sul onde as máximas podem chegar a 39 graus nesta quarta-feira. O Inmet emitiu alerta de onda de calor válido até as 20h desta quarta-feira e para toda área oeste da região sul do Brasil. "Leve risco à saúde. Temperatura 5ºC acima da média por período de 02 até 03 dias", afirma o comunicado oficial.
Já para o período entre 3 e 11 de dezembro, o NOAA segue sinalizando o retorno de chuvas para a maior parte do país. De acordo com o modelo, neste período os maiores volumes são esperados para áreas de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, com acumulado entre 90 e 100 mm. Para o Centro-Oeste, o GFS mostra chuvas para todas áreas com precipitação entre 50 e 80 mm.
Veja o mapa de previsão de precipitação para as próximas 93 horas:
Fonte: Inmet
Investidores estrangeiros estão gradualmente recompondo suas posições no Brasil, diz técnico do BC
BRASÍLIA (Reuters) - Os investidores estrangeiros estão gradualmente recompondo suas posições no Brasil, afirmou nesta quarta-feira o chefe do departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, ao comentar os ingressos observados neste mês até o dia 20.
Enquanto em ações e fundos de investimento houve entrada de 4,87 bilhões de dólares no período, em títulos de dívida o ingresso foi de 1,264 bilhão de dólares.
Em outubro, os dados também ficaram positivos: 2,799 bilhões de dólares em ações e fundos de investimento e 2,671 bilhões de dólares em títulos de dívida.
"Em todos os meses de junho até outubro, e também novembro se a parcial se confirmar, já são seis meses de ingressos todos os meses", disse Rocha, sobre o resultado líquido do investimento em carteira negociado no mercado doméstico.
"Eu qualificaria dizendo que os investidores estrangeiros estão recompondo suas posições e sua exposição ao país", acrescentou ele, frisando que essa recomposição ainda é parcial, já que só de fevereiro a março houve saída de 35 bilhões de dólares do país.
De acordo com a nota do setor externo divulgada nesta quarta-feira pelo BC, no acumulado do ano até outubro o país ainda registra saída de 21,603 bilhões de dólares, sendo 17,659 bilhões de dólares em ações e fundos de investimento e 3,944 bilhões de dólares em títulos de dívida.
Na véspera, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse ver "cabo de guerra muito grande" nas compras e vendas na bolsa brasileira entre investidores locais e estrangeiros, com compra feita por locais institucionais e venda liderada por estrangeiros.
Mais uma vez, Campos Neto destacou a importância da credibilidade fiscal para os investidores internacionais voltarem a fazer aportes no país.
"É importante que fluxo de estrangeiros em equity volte para o Brasil, a gente já viu um pouco nas últimas semanas de entrada, e eu acho que, fazendo trabalho de credibilidade bem-feito, tem bastante dinheiro aí para voltar."
MOVIMENTO DE CÂMBIO
Nesta quarta-feira, o BC também divulgou suas parciais para o mercado de câmbio, que mostraram ingresso líquido de 1,2 bilhão de dólares até o dia 20 de novembro, sendo 5,7 bilhões de dólares no saldo financeiro, com participação "importante" dos fluxos de portfólio, de mais de 6 bilhões de dólares, disse Rocha. Já o saldo comercial ficou negativo em 4,5 bilhões de dólares.
Superávit em transações correntes do Brasil alcança US$1,473 bi em outubro, acima do esperado
BRASÍLIA (Reuters) - O superávit em transações correntes do Brasil foi de 1,473 bilhão de dólares em outubro, melhor que o previsto pelo mercado, com o déficit em 12 meses caindo a 1,04% do Produto Interno Bruto (PIB), menor valor acumulado desde fevereiro de 2018 (0,97% do PIB), divulgou o Banco Central nesta quarta-feira.
A exemplo do ocorrido em meses anteriores, o dado foi beneficiado por um aumento do saldo positivo na balança comercial e pela diminuição nos déficits computados em renda primária e serviços, sendo todos esses movimentos diretamente afetados pela crise com o coronavírus.
Em outubro, o superávit da balança foi de 4,814 bilhões de dólares, sobre 1,803 bilhão de dólares um ano antes, em meio a uma queda mais acentuada na ponta das importações que das exportações.
Na renda primária, o déficit foi de 1,859 bilhão de dólares contra 6,331 bilhões de dólares em outubro do ano passado, puxado pela expressiva retração na remessa de lucros e dividendos para o exterior: 919 milhões de dólares, ante 4,187 bilhões de dólares um ano antes.
Já na conta de serviços, o déficit caiu a 1,637 bilhão de dólares em outubro, de 3,653 bilhões de dólares no mesmo mês de 2019. No mês, as despesas líquidas com viagens internacionais foram de somente 103 milhões de dólares, ante 1,044 bilhão de dólares em outubro do ano passado.
Após promover uma revisão ordinária dos dados da nota do setor externo em 2019 e 2020, o BC destacou que o superávit das transações correntes em outubro foi o terceiro consecutivo no azul e o sexto dado mensal positivo desde abril.
O resultado veio melhor que o superávit de 1,3 bilhão de dólares esperado por analistas em pesquisa Reuters. Por sua vez, os investimentos diretos no país (IDP) alcançaram 1,793 bilhão de dólares, também acima de expectativa no mercado de 1,05 bilhão de dólares.
Nos dez primeiros meses do ano, o déficit em transações correntes foi de apenas 7,588 bilhões de dólares, contra rombo de 42,938 bilhões de dólares de igual período do ano passado. A expectativa do BC para o consolidado de 2020, traçada em setembro, era de déficit de 10,2 bilhões de dólares.Para o mês de novembro, o BC projetou um novo superávit em transações correntes, desta vez de 1 bilhão de dólares, além de um IDP também de 1 bilhão de dólares. Até o dia 20 deste mês, o fluxo cambial ficou positivo em 1,161 bilhão de dólares, disse ainda o BC.
Sobre a revisão nos resultados do balanço de pagamentos, o BC apontou que ela provocou um aumento de 2,6 bilhões de dólares no rombo das transações correntes de janeiro a setembro deste ano, a 9,1 bilhões de dólares, principalmente pela elevação das despesas de lucros de investimento direto de 10,8 bilhões de dólares para 12,9 bilhões de dólares.
"A revisão das demais contas da renda primária teve impacto líquido aproximadamente nulo. Por conseguinte, as despesas líquidas da renda primária aumentaram 2,1 bilhões no período, revistas de 30,1 bilhões para 32,2 bilhões de dólares", disse o BC.
Para 2019, a revisão teve um impacto marginal: o déficit das transações correntes passou a 50,7 bilhões de dólares, contra 50,9 bilhões de dólares antes.
Ibovespa cede com realização de lucros após bater 110 mil pontos
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa mostrava um declínio discreto nesta quarta-feira, após renovar máximas desde fevereiro, acima de 110 mil pontos, reflexo de realização de lucros principalmente em bancos e alguma cautela antes de feriado nos Estados Unidos.
Às 11:50, o Ibovespa caía 0,31%, a 109.446,8 pontos. Na máxima, chegou a 110.008,67 pontos. O volume financeiro era de 8 bilhões de reais.
Uma bateria de dados econômicos dos EUA também ocupavam as atenções, entre eles um aumento não esperado nos pedidos semanais de auxílio-desemprego, enquanto a pauta da tarde reserva a ata da última reunião do Federal Reserve.
Em Wall Street, o S&P 500 cedia 0,28%. Na quinta-feira, as bolsas em Nova York estarão fechadas em razão do Dia de Ação de Graças.
A equipe do BTG Pactual observou que, apesar de incertezas atreladas ao ambiente político no Brasil, o movimento de euforia global na busca por ativos mais sensíveis ao ciclo econômico promoveu uma forte recuperação do Ibovespa.
"Estamos em um momento onde o apetite a risco tem sido muito grande por não haver outra opção de rendimento atrativo", disse em nota a clientes, acrescentando que segue analisando apenas boas oportunidades com boa estratégia de crescimento para 2021.
Tesouro tem segurança de fechar 2020 com recursos para pagar dívida no 1º quadrimestre de 2021, dizem técnicos
BRASÍLIA (Reuters) - O coordenador de Operações da Dívida Pública, Roberto Lobarinhas, afirmou nesta quarta-feira que o Tesouro encerrará o ano com caixa em patamar acima daquele considerado prudencial e com recursos suficientes para pagar os compromissos de dívida no primeiro quadrimestre do próximo ano.
De janeiro a abril, o volume de títulos que irá vencer é de cerca de 600 bilhões de reais.
Segundo o coordenador-geral de Planejamento Estratégico da Dívida Pública, Luiz Fernando Alves, a transferência do resultado cambial do Banco Central ao Tesouro foi fundamental para isso, mas ele pontuou que o Tesouro também recompôs seu caixa através de emissões.
"Sempre estivemos seguros disso e agora temos mais clareza de ter o caixa em níveis prudenciais", afirmou Alves em coletiva de imprensa.
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