Mercado mundial foi da euforia à apreensão com as vacinas; no Brasil, chuvas generalizadas garantem safra farta
Mercado esteva em euforia de manhã; à tarde, virou... com temor de atraso na produção das vacinas
Wall St mergulha com temor de novas restrições à economia sobrepujando esperanças sobre vacina
NOVA YORK (Reuters) - As ações norte-americanas fecharam em forte queda após uma liquidação de fim de sessão nesta quarta-feira, com investidores avaliando salto nas infecções por Covid-19, aumento de restrições por causa da doença e notícias encorajadoras sobre vacina.
Embora os três principais índices de ações dos EUA tenham oscilado durante grande parte do dia, com papéis de setores cíclicos --sensíveis às perspectivas econômicas-- e de "small caps" (empresas de menor capitalização) à frente, acabaram fecharam em firme queda.
"É um mercado confuso porque os gestores de portfólio não sabem em que período se concentrar", disse Tim Ghriskey, estrategista-chefe de investimentos da Inverness Counsel em Nova York.
"É esse dilema entre o curto prazo de seis a nove meses de disseminação contínua do vírus e o período depois disso, quando todos estiverem vacinados e o vírus, erradicado."
"Há muitos problemas por aí, mas o viés tem sido em direção a ações de valor e cíclicas", acrescentou Ghriskey.
A Pfizer Inc e sua parceira alemã BioNTech revelaram uma taxa de sucesso de 95% na conclusão de seu ensaio da vacina para a Covid-19, poucos dias após a Moderna Inc anunciar uma taxa semelhante de sucesso em dados preliminares de sua vacina.
Os participantes do mercado têm saudado o desenvolvimento de vacinas com otimismo cauteloso, mas isso está sendo testado à medida que novas infecções globais atingem níveis recordes e a reversão de reaberturas e novos bloqueios continuam a aumentar.
O índice Dow Jones caiu 1,16%, a 29.438 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 1,156383%, a 3.568 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 0,82%, a 11.802 pontos.
Brasil registra 756 novas mortes por Covid-19 e 34.091 novos casos
SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil registrou nesta quarta-feira 756 novos óbitos em decorrência da Covid-19, o que eleva o total de mortes pela doença no país a 167.455, informou o Ministério da Saúde.
Também foram notificados 34.091 novos casos da doença provocada pelo coronavírus, com o total de infecções confirmadas atingindo 5.945.849, acrescentou a pasta.
O governo tem normalizado a publicação dos dados após sofrer por mais de uma semana com problemas técnicos. Apesar disso, o site em que as informações são divulgadas mantém uma mensagem afirmando que "estamos com alguns problemas nos sistemas que podem levar a algum atraso na atualização dos dados, estamos trabalhando na correção".
O Brasil é o segundo país com maior número de mortes por coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e o terceiro em casos, abaixo dos EUA e da Índia.
Na segunda-feira, o Imperial College de Londres indicou que a taxa de transmissão da Covid-19 no Brasil atingiu 1,1 nesta semana, após várias semanas abaixo da marca de 1. Uma taxa superior a 1 significa que há aceleração no contágio.
Em publicação em uma rede social no final da tarde desta quarta, o Ministério da Saúde reforçou orientação para busca pelo tratamento precoce para a doença, diante do que disse ser uma "possibilidade do aumento do número de casos".
"A utilização dos medicamentos prescritos pelo médico, com a concordância do paciente, deve ocorrer de imediato. As pessoas que estão no grupo de risco e os idosos devem se precaver e evitar o contato com o público", disse a pasta no Twitter.
São Paulo é o Estado brasileiro mais afetado pela Covid-19, tendo reportado nesta quarta as marcas totais de 1.184.496 infecções e 40.927 óbitos, de acordo com os dados do governo.
O Rio de Janeiro ocupa o segundo lugar entre os Estados com maior número de mortes pela doença, com o registro de 21.698 óbitos e 332.396 casos até o momento.
Na contagem de infecções confirmadas, porém, o Rio fica abaixo de Minas Gerais e da Bahia --Minas soma 387.751 casos e 9.605 mortes, enquanto o Estado nordestino registrou 377.445 infecções e 8.013 óbitos.
O Brasil possui 5.389.863 pessoas recuperadas da doença e 388.531 pacientes em acompanhamento, ainda segundo o ministério.
Ibovespa recua com realização de lucros e fecha abaixo dos 107 mil pontos
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira, após renovar máximas desde março na véspera, em meio a movimentos de realização de lucros, endossados pela correção negativa nos pregões norte-americanos.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 1,05%, a 106.119,09 pontos. O volume financeiro somou 37,5 bilhões de reais, em sessão também marcada pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa.
Na véspera, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subiu a 107.248,63 pontos, maior patamar de fechamento desde o início de março, algumas semanas antes das decretações de quarentena no país.
De acordo com análise gráfica de Fernando Góes, da Clear Corretora, o Ibovespa teve o movimento de alta e rompeu os 105/106 mil pontos. "Como o movimento foi bastante forte, é normal que aconteçam algumas realizações", afirmou.
Ele acrescentou que, segundo indicadores técnicos, o índice está em uma forte tendência de alta, e que, apesar de eventuais ajustes no horizonte, é importante não perder o suporte de 102/103 mil pontos ou até mesmo os 100 mil pontos.
No exterior, novas informações favoráveis sobre vacina apoiaram o apetite a risco mais cedo, mas o fôlego foi perdendo força. Wall Street, que renovou recordes para o S&P 500 e o Dow Jones nesta semana, terminou no vermelho.
A Pfizer comunicou nesta quarta-feira que os resultados finais do teste de estágio avançado de sua vacina para Covid-19 mostram que ela é 95% eficaz, acrescentando ter os dados de segurança exigidos referentes a dois meses.
A farmacêutica reiterou que espera produzir até 50 milhões de doses de vacinas este ano, o suficiente para proteger 25 milhões de pessoas, e até 1,3 bilhão de doses em 2021.
De acordo com analistas, o mercado continua contrabalançando o noticiário mais positivo sobre uma vacina contra o Covid-19, que alimenta otimismo quanto à recuperação das economias, com o avanço de casos, principalmente nos EUA e Europa.
A quarta-feira teve também comunicado da Fitch Ratings reafirmando a nota de crédito soberano "BB-" para o Brasil, com perspectiva negativa, e chamando atenção para os riscos fiscais do país.
Ainda no Brasil, a B3 anunciou que a partir de 2022 haverá pregão de negociação e liquidação regular na bolsa de valores em feriados municipais da cidade de São Paulo. Em 2021, nada muda, segundo calendário divulgado.
(notícias da manhã):
Pfizer conclui testes de vacina para Covid-19 com 95% de eficácia
(Reuters) - A Pfizer Inc informou nesta quarta-feira que os resultados finais do teste de estágio avançado de sua vacina para Covid-19 mostram que o imunizante é 95% eficaz, acrescentando ter os dados de segurança exigidos referentes a dois meses e que solicitaria autorização para uso emergencial nos Estados Unidos em alguns dias.
A taxa de eficácia da vacina, a mais alta de qualquer candidata em testes clínicos em estágio final até agora, agradou os especialistas, que já haviam dito que os resultados provisórios da Pfizer eram muito encorajadores.
A farmacêutica afirmou que houve 170 casos de Covid-19 em seu ensaio com mais de 43.000 voluntários e apenas oito pessoas que tiveram a doença receberam a vacina, o que significa que a dose teve uma taxa de eficácia de 95%. Das 10 pessoas que desenvolveram Covid-19 com sintomas graves, só uma havia recebido a vacina.
"Os dados são muito fortes", disse Ian Jones, professor de virologia da Universidade de Reading, no Reino Unido. "Está parecendo uma verdadeira candidata."
A Pfizer informou que espera que o comitê de vacinas da agência norte-americana de medicamentos e alimentos, a FDA, analise e discuta os dados em uma reunião pública que provavelmente será realizada em dezembro.
A análise final vem apenas uma semana após os resultados iniciais do ensaio terem mostrado que a vacina era mais de 90% eficaz. A concorrente Moderna divulgou na segunda-feira dados preliminares para sua vacina, mostrando 94,5% de eficácia.
Os dados melhores do que o esperado para as duas vacinas, ambas desenvolvidas com a nova tecnologia conhecida como RNA mensageiro (mRNA), aumentaram as esperanças do fim de uma pandemia que já matou mais de 1,3 milhão de pessoas em todo o mundo e causou estragos na economia e na vida cotidiana.
A Pfizer afirmou que a eficácia da vacina, desenvolvida em parceira com alemã BioNTech SE, foi consistente em dados demográficos de idade e etnia, e que não houve efeitos colaterais importantes, um sinal de que a imunização poderia ser amplamente utilizada ao redor do mundo. A eficácia em adultos com mais de 65 anos, que estão particularmente sob risco de contrair o vírus, foi superior a 94%. A farmacêutica reiterou que espera produzir até 50 milhões de doses de vacinas este ano, o suficiente para proteger 25 milhões de pessoas, e então produzir até 1,3 bilhão de doses em 2021.
Os resultados finais da Pfizer vêm em um momento em que o vírus está se espalhando rapidamente em todo o mundo, colocando uma enorme pressão sobre os sistemas de saúde com um número recorde de novos casos e hospitalizações em vários países de diferentes continentes.
A aproximação do inverno no hemisfério norte, em conjunto com a temporada de férias, deve piorar o número de casos, pois as pessoas passam mais tempo dentro de casa e têm reuniões familiares.
Das dezenas de fabricantes de medicamentos e grupos de pesquisa competindo para desenvolver vacinas contra a Covid-19, o próximo lançamento de dados provavelmente será da AstraZeneca com a Universidade de Oxford, em novembro ou dezembro. A Johnson & Johnson diz que está a caminho de fornecer dados este ano.
Mercado de ações nos EUA opera com apostas em vacina ofuscando salto em casos de coronavírus
Reuters) - O índice S&P 500 tinha variação discreta nesta quarta-feira, conforme investidores confrontavam o impacto econômico de curto prazo do aumento de casos de coronavírus com o crescente otimismo de que uma vacina eficaz esteja próxima, enquanto o Dow Jones era impulsionado por alta nas ações da Boeing.
A fabricante de aviões avançava 3,2%, depois de obter a aprovação dos EUA para voar com seu jato 737 MAX novamente após uma paralisação de 20 meses depois de dois acidentes fatais.
A notícia também levantava ações de companhias aéreas. American Airlines ganhava 3,6%, e Southwest Airlines subia 2,1%, já que as companhias traçavam planos de voar com a aeronave novamente.
A Pfizer Inc informou que solicitaria autorização de emergência nos EUA para sua vacina para a Covid-19 dentro de alguns dias e divulgou os resultados finais de um ensaio em estágio final que mostrou eficácia de 95% da vacina. As ações da farmacêutica subiam 3%.
O anúncio foi feito após a Moderna Inc divulgar na segunda-feira dados preliminares de sua vacina contra o coronavírus com eficácia semelhante.
Ações europeias fecham em alta com euforia sobre vacina e apoio de fusões
(Reuters) - As ações europeias fecharam em alta nesta quarta-feira, com mais notícias positivas sobre uma vacina para a Covid-19 e atividades de fusão na região ajudando a compensar preocupações com a rápida disseminação do vírus.
O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,41%, a 1.508 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,44%, a 391 pontos, retornando a uma máxima em mais de oito meses atingida mais cedo nesta semana.
Ações economicamente sensíveis, como de montadoras, bancos, mineradoras e varejistas subiram mais de 1%, liderando os ganhos setoriais.
Depois de um início lento, as bolsas europeias receberam um impulso com a notícia de que os resultados finais do teste da vacina da Pfizer mostraram que seu imunizante teve uma taxa de sucesso de 95%, além de possuir dois meses de dados de segurança, abrindo caminho para a solicitação de uma autorização de emergência nos EUA.
No entanto, a resposta do mercado foi limitada, porque os investidores esperam que qualquer implementação de vacina leve tempo, à medida que mais restrições dos EUA e da Europa na ausência de novos estímulos podem pesar sobre a atividade econômica.
Berlim tem protestos contra planos de Merkel para conter coronavírus
BERLIM (Reuters) - Milhares de pessoas batendo panelas e soprando apitos se reuniram no centro de Berlim, nesta quarta-feira, para protestar contra os planos da chanceler Angela Merkel de atribuir a seu governo poderes para impor restrições destinadas a conter a disseminação do coronavírus.
As Câmaras baixa e alta do Parlamento da Alemanha devem aprovar nesta quarta-feira leis que podem permitir ao governo impor restrições ao contato social e normas sobre uso de máscaras, consumo de álcool em público, fechamento de lojas e interrupção de eventos esportivos.
Embora a maioria dos alemães aceite o mais recente lockdown para enfrentar uma segunda onda do coronavírus, críticos dizem que a lei dá ao governo muito poder e põe em risco os direitos civis dos cidadãos sem a aprovação do Parlamento.
Os manifestantes não usavam máscaras nem se distanciavam socialmente. Policiais com capacetes fizeram fila para impedir que os manifestantes se aproximassem demais do prédio do Parlamento.
A polícia está desesperada para evitar a repetição de um incidente de agosto, quando, durante marchas em massa contra as medidas para conter o coronavírus, manifestantes invadiram as escadas do Parlamento alemão, alguns deles agitando a bandeira de extrema direita do Reichsflagge.
A Alemanha, maior economia da Europa, foi amplamente elogiada por manter as taxas de infecção e mortalidade abaixo das de muitos de seus vizinhos na primeira fase da crise, mas agora está no meio de uma segunda onda, como grande parte da Europa.
O número de casos de coronavírus aumentou em 17.561, subindo para 833.307, mostraram dados do Instituto Robert Koch nesta quarta-feira. O número de mortos é de 13.119.
Atacado pressiona e IGP-M acelera alta a 3,05% na 2ª prévia de novembro, diz FGV
SÃO PAULO (Reuters) - Os preços das commodities voltaram a pressionar a inflação ao produtor e o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) registrou alta de 3,05% na segunda prévia de novembro, sobre avanço de 2,92% no mesmo período do mês anterior, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral, subiu 3,98% no período, ante alta de 3,75% no segundo decêndio de outubro.
"O IPA, índice de maior peso no IGP, segue influenciado pelo comportamento das matérias-primas brutas (4,77% para 5,22%), onde estão as commodities, cujo aumento de preços vem influenciando mais a cadeia produtiva", explicou em nota André Braz, coordenador dos índices de preços.
Dentro do grupo Matérias-Primas Brutas, as commodities de principal destaque para o movimento de alta foram milho em grão, algodão em caroço e café em grão.
Já para os consumidores a pressão diminuiu, dado que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, desacelerou a alta a 0,51% na segunda prévia de novembro, de 0,71% no mês anterior.
O grupo Educação, Leitura e Recreação, que desacelerou a alta de 3,05% para 0,20% na segunda prévia de novembro, foi citado como o principal responsável pela leitura do IPC, refletindo o arrefecimento dos preços das passagens aéreas.
Por sua vez, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 1,38%, de uma alta de 1,50% na segunda prévia de outubro.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.
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