Maricas?? Pólvora!!... Bolsonaro abre o coração, mas muita gente não gosta de ouvir a verdade.
Em indireta a Biden sobre Amazônia, Bolsonaro diz que quando a saliva acaba tem que ter pólvora
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que somente a diplomacia pode ser insuficiente para contornar o embate em relação à proteção da Amazônia, após se referir indiretamente a declarações do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre levantar barreiras comerciais contra o Brasil para interromper o que o norte-americano chamou de destruição da floresta.
"Assistimos há pouco aí um grande candidato à chefia de Estado dizer que, se eu não apagar o fogo da Amazônia, ele levanta barreiras comerciais contra o Brasil", disse.
"E como é que podemos fazer frente a tudo isso? Apenas a diplomacia não dá, não é, Ernesto? Quando acaba a saliva, tem que ter pólvora, senão, não funciona. Não precisa nem usar pólvora, mas tem que saber que tem. Esse é o mundo. Ninguém tem o que nós temos", emendou ele, em evento no Palácio do Planalto sobre a retomada do turismo.
Durante debate na campanha presidencial norte-americana, Biden disse que a floresta tropical do Brasil "está sendo destruída" e propôs reunir outros países para garantir 20 bilhões de dólares para a preservação da Amazônia.
"Aqui estão 20 bilhões de dólares. Parem de destruir a floresta e se não pararem, então enfrentarão consequências econômicas significativas", disse o democrata.
Apesar de Biden ter sido declarado vitorioso nas eleições dos EUA, Bolsonaro ainda não reconheceu a vitória do democrata. Ele é um forte aliado do presidente dos EUA, o republicano Donald Trump, que contesta o resultado sob a alegação --sem apresentar evidências-- de que teria havido fraude no processo eleitoral.
No discurso desta terça-feira, Bolsonaro destacou que Brasil tem que se fortalecer. "E como nos fortalecer? Liberando a economia, livre mercado. Dando liberdade para quem quer trabalhar, não enchendo o saco de quem quer produzir", afirmou.
Bolsonaro criticou novamente o que chamou de "turma xiita ambiental", que seriam os "baluartes do atraso do Brasil" e que a imprensa adora ao comentar sobre a possibilidade de enviar um projeto ao Congresso Nacional autorizando a exploração comercial da Baía de Angra dos Reis.
O presidente disse que a chance de mudar o país é agora e sugeriu não ser possível aparecer um líder até as eleições de 2022, a não ser que seja na base de muito dinheiro e "comprando um montão de coisa por aí".
Nomes apontados como presidenciáveis, como o apresentador Luciano Huck e o ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro, têm tido conversas nos últimos dias sobre o futuro quadro eleitoral.
"Não teremos outra oportunidade. Não teremos um líder feito no prazo de dois anos, não vai aparecer, a não ser em cima de grana, aí aparece, comprando um montão de coisa por aí, em especial os marqueteiros. Fora isso, não terão outro líder em tão curto espaço de tempo e a chance de mudar é essa", afirmou.
Bolsonaro disse que fazia um desabafo. "Não estou preocupado com minha biografia, se é que tenho biografia."
PAÍS DE MARICAS
No discurso, o presidente afirmou também que é preciso enfrentar a pandemia do novo coronavírus de "peito aberto" e que o Brasil tem de deixar de ser "um país de maricas", numa referência pejorativa ao receio com o Covid-19, que já matou mais de 162 mil e infectou 5,67 milhões de pessoas.
"Tudo agora é pandemia. Lamento os mortos, lamento. Todos nós vamos morrer um dia, aqui todo mundo vai morrer um dia... Não adianta fugir disso, da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas, pô", disse o presidente, para acrescentar em seguida: "Olha que prato cheio para a imprensa, prato cheio para a urubuzada que está ali atrás."
No evento, Bolsonaro pediu ajuda para arrumar o Brasil e destacou que o auxílio emergencial --ajuda paga durante a pandemia-- acaba em dezembro. "Como ficam os 40 milhões que perderam tudo?", questionou.
As declarações de Bolsonaro repercutiram no Congresso, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reagiu pelo Twitter.
"Entre pólvora, maricas e o risco à hiperinflação, temos mais de 160 mil mortos no país, uma economia frágil e um estado às escuras. Em nome da Câmara dos Deputados, reafirmo o nosso compromisso com a vacina, a independência dos órgãos reguladores e com a responsabilidade fiscal", disse. "E a todos os parentes e amigos de vítimas da Covid-19 a nossa solidariedade".
Campanha de Trump entra com ação em Michigan para impedir certificação da vitória de Biden
(Reuters) - A equipe de campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entrou com uma ação legal nesta quarta-feira em Michigan para impedir o Estado norte-americano de certificar os resultados da eleição da semana passada, em que o presidente aparece atrás do adversário democrata Joe Biden.
De acordo com uma ação apresentada a um tribunal federal no oeste de Michigan, muitas pessoas fizeram depoimentos descrevendo supostas irregularidades na votação, com foco no reduto democrata do condado de Wayne, que inclui a cidade de Detroit.
As alegações são semelhantes às levantadas pela equipe de campanha de Trump e alguns republicanos em ações judiciais em outros Estados. Especialistas jurídicos disseram que é improvável que o litígio resulte em um segundo mandato para Trump.
A equipe de Trump alegou que as irregularidades em Michigan incluíram assédio a observadores eleitorais republicanos e a exigência de que eles cumpram as regras de distanciamento de quase dois metros, ao contrário dos observadores democratas, e que "cédulas ilegais e inelegíveis foram contadas".
A ação diz que os resultados da eleição não deveriam ser certificados sem a confirmação de que todas as cédulas foram contadas corretamente, e acrescenta que uma eleição especial pode ser necessária em distritos com problemas.
Jake Rollow, porta-voz do Departamento de Estado de Michigan, disse em um comunicado que a campanha de Trump estava promovendo falsas alegações para minar a confiança do público nas eleições de Michigan.
"Isso não muda a verdade: as eleições de Michigan foram conduzidas de maneira justa, segura e transparente e os resultados são um reflexo preciso da vontade do povo", disse Rollow.
Trump se recusa a reconhecer a derrota para Biden e tem afirmado, sem apresentar evidências, que uma fraude generalizada lhe custou a vitória.
O presidente estava atrás de Biden em Michigan por mais de 148.000 votos, ou 2,6 pontos percentuais, de acordo com o total de votos não oficiais mais recente.
Vendas do comércio crescem 0,6% em setembro, diz IBGE
Setor volta a atingir patamar recorde (Agencia Brasil)
O volume de vendas do comércio varejista brasileiro cresceu 0,6% na passagem de agosto para setembro deste ano. Essa é a quinta alta consecutiva do setor, que vem apresentando avanços desde maio.
Com isso, o patamar do comércio varejista, que já havia atingido seu nível recorde no mês de agosto, continua em crescimento. Os dados da Pesquisa Mensal de Comércio foram divulgado hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As vendas do comércio também tiveram alta de 2,8% na média móvel trimestral, de 7,3% na comparação com setembro de 2019 e de 0,9% no acumulado de 12 meses. No acumulado do ano, apresenta estabilidade.
Na comparação com agosto deste ano, houve alta em cinco das oito atividades pesquisadas: livros, jornais, revistas e artigos de papelaria (8,9%); combustíveis e lubrificantes (3,1%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (2,1%); equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (1,1%) e móveis e eletrodomésticos (1%).
Três atividades tiveram queda no período: tecidos, vestuário e calçados (-2,4%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,6%); e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,4%).
No varejo ampliado, que também analisa os segmentos de veículos e de material de construção, o volume de vendas cresceu 1,2% em relação a agosto deste ano, também a quinta variação positiva consecutiva. Os veículos, motos, partes e peças tiveram crescimento de 5,2% e os materiais de construção, de 2,6%.
O varejo ampliado também teve altas de 4% na média móvel e de 7,4% na comparação com setembro de 2019. Mas teve quedas de 3,6% no acumulado do ano e de 1,4% em 12 meses.
Na receita nominal, o comércio varejista teve altas de 2,1% na comparação com agosto, de 13,4% em relação a setembro de 2019, de 3,6% no acumulado do ano e de 4,2% no acumulado de 12 meses.
Desempenho das pequenas indústrias bate recorde no terceiro trimestre
A reabertura da economia trouxe reflexos positivos para as indústrias de menor porte. Segundo pesquisa divulgada hoje (11) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o índice de desempenho da pequena indústria encerrou o terceiro trimestre no melhor nível desde a criação, em 2012. O indicador fechou o trimestre passado em 52,3 pontos, com alta expressiva em relação aos 41,3 pontos registrados no fim de julho.
O índice de desempenho serve como aproximação para medir a produção das pequenas indústrias. Em abril, no mês seguinte ao início da pandemia de covid-19, o indicador tinha chegado ao nível mais baixo da série histórica, atingindo 27,1 pontos.
A pesquisa também constatou melhora na contabilidade das indústrias de menor porte, depois de um início de ano com impacto da crise gerada pelo novo coronavírus. O índice de situação financeira alcançou 41,9 pontos no terceiro trimestre, alta de 8,7 pontos em relação ao fim do segundo trimestre. O indicador está no melhor nível desde o último trimestre de 2013.
Problemas
A pesquisa também mediu os principais problemas das pequenas indústrias. O encarecimento do dólar, que se refletiu em maiores preços no atacado, e a escassez de várias matérias-primas provocaram uma mudança nas principais reclamações dos empresários.
A falta ou o alto custo de insumos foi citada como a principal preocupação no terceiro trimestre por 60,1% das indústrias de transformação e por 40,5% das indústrias ligadas à construção. Nas indústrias extrativas, a maior dificuldade relatada foi a falta ou o alto custo da energia, por 33,3% dos empresários do setor. No segundo trimestre, a alta carga tributária era considerada o maior problema em todos os segmentos.
Confiança
Os indicadores de confiança e de perspectivas das pequenas empresas industriais oscilaram levemente para baixo em outubro. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) fechou o mês passado em 59,5 pontos, com recuo de 0,2 ponto. Essa foi a primeira queda observada em cinco meses. O valor ainda está abaixo dos 63 pontos registrados nos primeiros meses do ano, antes do início da pandemia. Índices acima de 50 pontos indicam confiança para os próximos meses.
O índice de perspectiva fechou outubro em 52,4 pontos, com recuo de 0,6 ponto. Apesar da oscilação negativa, o otimismo se mantém entre os empresários da pequena indústria. Diferentemente do Icei, que mede a intenção do empresário em aumentar ou diminuir a produção, o índice de perspectivas mede as expectativas em relação à economia.
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