O cerco continua: Já esqueceram o arroz, agora só falam de queimadas... qual será a próxima onda?
E mais:
Alessandra Mello: Dólar sobe com pessimismo internacional;
Vlamir Brandalizze: Até São Pedro ajudando a Soja em Chicago;
Sérgio Braga: Boi gordo sobe em 15 dias mais que o ouro em 2 meses;
Vlamir Brandalizze: Milho com poucos negócios novos na exportação;
Frederico Olivi: Qual o pulo-do-gato do Katrina? É o tamanho das facas pra solo argiloso ou terra branca, e o F1;
Renato Dias: Venezuela e Argentina mostram do que nos livramos ao derrotar o PT;
Alessandra Mello: Analistas alertam sobre riscos de inflação mais alta.
No Estadão:
Bolsonaro: Brasil é o que mais preserva meio ambiente e o que mais sofre ataques
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 17, que o Brasil está de "parabéns" na maneira como preserva o meio ambiente. "O Brasil é o País que mais preserva o meio ambiente e alguns, não entendo como, é o País que mais sofre ataques vindos de fora", disse ele durante inauguração de uma nova etapa da usina fotovoltaica, que transforma energia solar em elétrica, em Coremas (PB)
Em seu discurso, o presidente citou a capacidade brasileira de produzir energias renováveis e afirmou que o governo busca, junto ao Parlamento, formas de melhorar as condições de empreendedorismo. "Cada vez mais nosso governo acredita na iniciativa privada; não é fácil investir e empreender no Brasil ainda."
O presidente reforçou o compromisso até o fim do seu governo de que não haverá "taxação" da energia solar. Ele ponderou que as agências reguladoras são independentes, mas destacou que no início do ano o assunto foi debatido com Ministério de Minas e Energia e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Bolsonaro fez agradecimentos durante o evento, mas evitou citar nomes de pessoas que o ajudaram no passado, pois, segundo eles, algumas seriam candidatas nas eleições municipais deste ano. "Não posso citar nomes de pessoas que me ajudaram lá atrás porque muitos são candidatos, não posso incorrer em qualquer deslize e ferir a legislação eleitoral."
Inauguração
O chefe do Executivo participou junto ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, da inauguração de nota etapa da usina paraibana e da divulgação do Programa de Eficiência Energética. O complexo de energia solar, já em funcionamento, está na terceira fase de expansão.
Mais cedo, como tem feito em suas viagens, o presidente compartilhou imagens cumprimentando apoiadores na sua passagem por Juazeiro do Norte (CE) e na chegada a Coremas. Nos vídeos divulgados nas redes sociais, o presidente, sem máscara, cumprimenta pessoas e pega crianças no colo.
Também acompanharam o presidente no evento, entre outras autoridades, os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Fábio Faria (Comunicações), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, além dos deputados Efraim Filho (DEM-PB) e Hugo Motta (Republicanos-PB).
Esta foi a segunda visita de Bolsonaro como presidente à Paraíba Pela agenda pública, o retorno à Brasília está previsto para 15h30. Não há outros compromissos oficiais previstos.
Bolsonaro minimiza queimadas e acusa ONGs de agirem contra regularização fundiária
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou que as críticas sobre o assunto são "desproporcionais" e voltou a acusar organizações não-governamentais de atrapalharem as ações do governo na região.
Sem apresentar provas ou indícios, Bolsonaro disse a apoiadores que o esperavam na porta do Palácio da Alvorada na noite de quarta-feira que ONGs colocaram "laranjas" na Amazônia para atrapalhar o processo de regularização fundiária iniciado pelo governo.
"Tem críticas desproporcionais à Amazônia e ao Pantanal. Califórnia está ardendo em fogo. A África tem mais foco que no Brasil. Nós tentamos, com a regularização fundiária, resolver essa questão. Tem muita terra que a ONG botou laranja aqui, então o lobby é enorme para você não fazer a regularização também", disse o presidente.
Um projeto de regularização fundiária chegou a ser apresentado, mas a proposta foi extremamente criticada por ONGs e ambientalistas que avaliaram que, da forma que estava, permitiria a regularização de terras com desmate feito ilegalmente. A medida foi retirada de pauta na Câmara dos Deputados para ser analisada posteriormente.
Bolsonaro afirmou que a regularização das terras ajudaria o governo a encontrar os culpados por ações ilegais, mas minimizou a ocorrência de incêndios nas duas regiões, mesmo reconhecendo a ação humana.
"Agora, pega fogo. O índio toca fogo, o caboclo. Tem a geração espontânea. No Pantanal, 43 graus a temperatura média. No ano passado, quase não pegou fogo. Sobrou uma massa enorme de vegetais mortos para isso que está acontecendo agora", afirmou.
A Polícia Federal investiga, no Pantanal, a ação de cinco fazendeiros que seriam os responsáveis pelo início das queimadas em várias regiões do bioma.
No Pantanal, até quartas-feira, foram registrados 15.756 focos de incêndio, segundo os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), um crescimento de 208% em relação ao mesmo período do ano passado. Na Amazônia são 67.290 focos, 12% a mais que em 2019, que já foi o pior resultado desde 2010.
Demanda por fretes rodoviários no agro do Brasil acumula alta de 10% no ano, diz Repom
SÃO PAULO (Reuters) - A demanda por fretes rodoviários no agronegócio do Brasil acumulou entre janeiro e agosto de 2020 uma alta de mais de 10% ante igual período do ano passado, indicou nesta quinta-feira o Índice de Fretes e Pedágios Repom (IFPR), reforçando o impacto limitado da pandemia de coronavírus ao setor.
De acordo com a Repom, que atua na gestão e pagamento de despesas para frota própria e terceirizada da Edenred Brasil, o agronegócio teve um pico de movimentação entre abril e maio, período em que outros segmentos --como indústria e varejo-- foram deprimidos pelos efeitos da pandemia.
"No agronegócio não se observou a depressão da pandemia entre abril e maio, mas sim um pico de movimento, que está sendo compensado nos últimos dois meses, mais moderados, mas ainda positivos na visão acumulada", afirmou em nota o head de Mercado Rodoviário da Edenred Brasil, Thomas Gautier.
Os resultados acompanham uma safra recorde de grãos no país em 2019/20, estimada pela Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) em 257,8 milhões de toneladas, além de uma firme demanda por exportações de produtos agropecuários, especialmente da China.
"O comportamento mais equilibrado (nos últimos dois meses) também se deve ao término das safras no país", disse Gautier.
Considerando apenas o mês de agosto, o agronegócio verificou um avanço de 6,7% em relação ao mesmo período de 2019.
No setor de indústria e varejo, segundo o IFPR, houve um incremento de 6,8% nas demandas por frete entre janeiro e agosto.
O segmento foi fortemente impactado pelas medidas de isolamento social em meio à pandemia, mas vê tendência de alta desde junho, com a reabertura econômica no Brasil, tendo fechado agosto com variação positiva de 6,3% no ano a ano.
MP mira em lavagem de dinheiro do Comando Vermelho que girou R$ 200 mi em um ano
Os endereços vasculhados pelos investigadores estão ligados a 12 denunciados, informou o MP-RJ, entre eles os líderes da facção, Elias Pereira da Silva, o "Elias Maluco", e Márcio Santos Nepomuceno, o "Marcinho VP", ambos presos na penitenciária federal de Catanduvas.
As ordens foram expedidas pela 1ª Vara Criminal Regional de Madureira, que também determinou o bloqueio de contas bancárias ligadas ao esquema. Segundo a Promotoria, a ofensiva aberta nesta quinta é um desdobramento da operação "Overload" que, em 2015, cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão contra 61 pessoas acusadas de associação armada ao tráfico de drogas e armas.
As investigações apontaram que "Elias Maluco" e "Marcinho VP", por meio de seus subordinados Eliezer Miranda Joaquim, o "Criam", e Felipe da Silva Guimaraes Junior, o "Zangado", se utilizavam de contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas ligadas ao esquema criminoso para "lavarem" os recursos obtidos com o tráfico de drogas em diferentes comunidades do Estado.
O Ministério Público do Rio apontou que as apurações tiveram início com a apreensão de um celular pertencente a um integrante da facção criminosa durante incursão policial no Morro do Juramento em 2014.
A análise do aparelho revelou diversas mensagens entre criminosos onde foram indicadas ao menos 28 contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas, que serviam para ocultar, circular e dissimular a origem do dinheiro obtido ilicitamente pela organização criminosa através do tráfico de drogas e armas, diz o MP do Rio.
A Polícia Civil apontou ainda que Relatórios de Inteligência Financeira (RIF) e a quebra do sigilo fiscal dos investigados apontaram 10 pessoas físicas e de 35 empresas envolvidas na "complexa engenharia financeira" do esquema de lavagem que movimentou em pouco mais de um ano cerca de R$ 200 milhões.
"Com base nas informações apuradas, o DGCOR desvendou um elaborado esquema de lavagem de dinheiro que visava dar aparência lícita ao dinheiro obtido pela organização criminosa com o tráfico de drogas, compra e venda de armas de fogo e munições, roubos de carga, de veículos, a estabelecimentos comerciais, a instituições financeiras, entre outros crimes. A quadrilha usava contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas para efetuar depósitos de altos valores e, posteriormente, realizava retiradas dessas contas como se fosse receita lícita", registrou a corporação em nota.
Denunciados
Segundo o Ministério Público fluminense, os acusados Gustavo Vieira de Oliveira e Danilo Flores da Silva receberam em suas contas bancárias depósitos de valores ligados ao Comando Vermelho, mesmo sabendo da origem ilegal dos valores.
Já as denunciadas Liliane Laurinda Rocha e Liz Lelis Rocha, sócias da Expoarte Fast Money e da Liliz Brazilian Fast Money, permitiam a utilização de contas pertencentes às empresas para o direcionamento de valores pertencentes à facção, recebendo depósitos em espécie e fazendo circular e movimentar os recursos ilegais em outras contas bancárias, por meio de transferências.
A Promotoria apontou ainda que Carolina Melissa Ribas da Costa e Maria Aparecida Campos de Oliveira, sócias da Vest Tur Agência de Viagens (cujas atividades se encerraram em 2015), permitiram a utilização de contas pertencentes à empresa para circular dinheiro pertencente ao esquema criminoso.
O mesmo procedimento era utilizado pelos empresários Paulo Morinigo e Vitor Ivanovitch Costite, donos das empresas Paulo Morinigo ME e Vitor Ivanovitch ME.
Segundo os investigadores, é certo que havia circulação de valores oriundos do esquema criminoso entre as contas mencionadas.
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