A história do menino-engraxate, a inflação do arroz e imagens do milho de Iowa nos destaques de hoje
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Arroba do boi sobe em 15 praças, e no atacado aumenta a procura pelo dianteiro (Sérgio Braga)
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Minha perspectiva é que queda do PIB vai ser menor ainda, diz Guedes
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira que sua perspectiva é que a queda da economia brasileira este ano será ainda menor do que a esperada, após ressaltar que a contração na faixa de 4% a 5%, que está sendo vista pelo mercado, representa metade do tombo que já chegou a ser previsto por alguns agentes.
Em evento virtual do Credit Suisse, o ministro disse que os dados mais recentes mostram a retomada da atividade, e esse movimento está vindo mais rápido até do que ele antecipava.
Oficialmente, a projeção do Ministério da Economia é de uma retração do PIB de 4,7% em 2020, mas o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, apontou na semana passada que ela será revisada em setembro após "todos os dados" indicarem que "o pior já passou". [nL1N2G11FI]
No boletim Focus mais recente, a expectativa para o PIB este ano foi piorada a uma queda de 5,31%, contra recuo de 5,28% estimado uma semana antes. [nL1N2G50D4]
Nesta quarta-feira, Guedes também defendeu o pacto federativo como uma reformatação do setor público, com a existência de gatilhos para o controle dos gastos públicos. O ministro reafirmou que duas Propostas de Emenda à Constituição (PEC) desse pacote --PEC emergencial e PEC do Pacto Federativo-- estão sendo fundidas em uma só, para a qual previu aprovação em uma ou duas semanas.
Com a PEC, Guedes previu que nenhuma crise fiscal durará mais do que dois anos. Ele também defendeu que a indexação não protegeu a sociedade da inflação e que ela representa uma falsa promessa.
Guedes também disse haver uma relação muito boa do governo com o Congresso, ao contrário do que é dito por "fofoqueiros".
O ministro reiterou ainda que o governo vai desalavancar os bancos públicos e privatizar "duas, três, quatro" grandes empresas.
China diz que vai apoiar consumo para ajudar recuperação econômica
PEQUIM (Reuters) - A China apoiará o consumo para ajudar em sua recuperação econômica, disse o gabinete do país segundo a televisão estatal nesta quarta-feira.
"O consumo sofreu um impacto relativamente grande com a pandemia este ano e se tornou um elo fraco na recuperação econômica", disse o gabinete, segundo o veículo.
As vendas no varejo da China caíram 1,1% em julho ante o ano anterior, em comparação com um aumento de 4,8% na produção industrial, mostraram dados oficiais.
A China promoverá novas formas de consumo apoiadas pela internet e tecnologia digital e acelerará a construção de infraestrutura relacionada, disse o gabinete.
A China também incentivará inovações de mercado para ajudar a expandir a demanda doméstica, disse o gabinete, segundo a televisão estatal.
Lava Jato do Rio aponta envolvimento de esposa de Cabral na Operação E$quema S
A força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro deflagrou nesta quarta-feira, 9, a Operação E$squema S para reunir provas sobre um suposto esquema que teria desviado pelo menos R$151 milhões do Sistema S fluminense (Sesc-RJ, Senac-RJ e Fecomércio-RJ), entre 2012 e 2018, através de contratos fictícios com escritórios de advocacia renomados no meio político.
Além da etapa ostensiva, com o cumprimento de 51 mandatos de busca e apreensão, o Ministério Público Federal ofereceu denúncia contra 26 pessoas pelos crimes de tráfico de influência, exploração de prestígio, peculato, estelionato, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A denúncia foi aceita pelo do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que colocou o grupo no banco dos réus.
Os detalhes da investigação estão reunidos em relatório de 510 páginas elaborado pela Lava Jato. De acordo com a força-tarefa, as 'vantagens indevidas' teriam sido pagas a escritórios de advocacia influentes e com trânsito em tribunais superiores para blindar o empresário Orlando Diniz, hoje colaborador da Justiça, no comando da Fecomércio do Rio mesmo após irregularidades encontradas pelo Conselho Fiscal do Sesc envolvendo sua gestão. Como a Fecomércio é responsável pelo gerenciamento de entidades do Sistema S, que recebem recursos federais, Diniz passou a correr o risco de afastamento.
A suspeita é que o lobby dos advogados, que atuariam em troca de pagamentos milionários disfarçados nos contratos de fachada, teria atuado junto ao atual presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, ao seu antecessor, ministro Francisco César Asfor Rocha, e ao ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União, para garantir a não punição e a permanência de Orlando Diniz no cargo.
Nos três casos, os filhos dos ministros, todos advogados e denunciados, teriam sido beneficiados em contratações pela Federação de Comércio do Rio. Os contratos com o escritório de Eduardo Martins envolveriam R$ 83 milhões, enquanto Caio Rocha teria recebido R$2,6 milhões e Tiago Cedraz obtido pagamentos na ordem de R$13 milhões.
O 'agenciamento' de Martins teria ficado a cargo do advogado Cristiano Zanin, defensor do ex-presidente Lula, e a negociação com Rocha e Cedraz teria sido viabilizada pelo ex-governador Sérgio Cabral e por sua mulher, Adriana Ancelmo. A investigação apontou que a ex-primeira dama chegou a se encontrar pessoalmente com o ministro César Asfor Rocha em novembro de 2015, ocasião em que, segundo a Lava Jato, se buscava decisão favorável no STJ.
A denúncia teve origem da delação premiada do próprio Otávio Diniz. Segundo a Lava Jato, quebras de sigilo fiscal, bancário, telefônico e telemático confirmaram as informações prestadas pelo colaborador. Ainda de acordo com a força-tarefa, a operação deflagrada hoje busca reunir elementos que podem ensejar em desdobramentos sobre o caso.
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