Alysson não desiste; já viu crises como essa, e garante: O Mundo precisa do Agro brasileiro
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Consequências da Pandemia no Agro brasileiro - Entrevista com Alysson Paolinelli - Presidente Executivo da Abramilho
DownloadO ex-ministro Alysson Paolinelli, criador do Programa Polonoroeste (que possibilitou a agricultura no cerrado brasileiro), hoje dirigente da Abramilho (Associação Brasileira dos Produtores de Milho), se mostra preocupado, sim, com as repercussões da pandemia de coronavirus na saúde e na economia mundial. Ele, com sua idade avançada, sabe que está no risco, mas não perde o entusiasmo pelo agro brasileiro.
--"São os produtores brasileiros que vão dar a resposta que o mundo precisa, que é a nossa produção de alimentos; nessas horas é que o Agro do Brasil é valorizado; vamos trabalhar ainda mais, e sair melhor dessa crise, podem ter certeza".
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o professor Paolinelli diz que tem esperança que a epidemia atinga o campo com menor virulência, e que todos devem se preparar para as consequencias da recessão aeconomica.
"-- Mas não mudo uma linha dos meus planos, e digo para os meus companheiros: a hora é agora! vamos trabalhar ainda mais... O Agro está no campo, colhendo, plantando, essa é a nossa missão. Portanto, vamos em frente... (Assista a entrevista acima).
Governo e agricultores garantem que produção seguirá normal em meio ao coronavírus
SÃO PAULO (Reuters) - A produção agrícola do Brasil seguirá ocorrendo normalmente em meio às medidas de combate ao coronavírus, disseram nesta quarta-feira entidades do setor e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), as medidas aplicadas por governos no combate à doença --como isolamento social-- não podem ser absolutas, e a cadeia de produção e comercialização de alimentos deve permanecer sem alterações, assim como os serviços de saúde, uma vez que a demanda não será reduzida pela crise.
"Do contrário, se faltarem alimentos ou se houver irregularidades no abastecimento, a saúde das pessoas será afetada e a própria harmonia social, que tanto precisamos nessa hora, será atingida", disse a CNA em comunicado.
No mesmo tom, a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) também garantiu que as atividades no campo seguirão normalmente, acrescentando ver demanda aquecida por alimentos.
"Outros setores da economia já estão sendo afetados pela epidemia. Mas nós no campo não... Os brasileiros podem ficar tranquilos que vamos fazer a nossa parte para manter a economia aquecida", disse em nota o presidente da Aprosoja, Bartolomeu Braz Pereira.
Em evento nesta quarta-feira, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, corroborou a posição das entidades, afirmando que a população deve se manter tranquila em relação ao abastecimento de alimentos.
"O Brasil é um grande celeiro, produtor de alimentos, e não precisamos ter nenhuma expectativa negativa de que não teremos alimentos para nosso povo", disse Tereza, segundo nota divulgada pela pasta.
Já foram confirmados 291 casos de coronavírus no Brasil, segundo o mais recente balanço do Ministério da Saúde, com uma morte registrada. O governo federal solicitou na noite de terça-feira que o Congresso reconheça o Estado de calamidade pública.
Limites em fronteiras por coronavírus atinge oferta de alimentos na UE, diz indústria
BRUXELAS (Reuters) - As restrições impostas por alguns países da União Europeia em suas fronteiras com outros Estados membros do bloco em resposta à pandemia de coronavírus estão afetando as ofertas de alimentos na região, disseram nesta quinta-feira representantes da indústria e agricultores.
No combate à disseminação da doença, mais de uma dúzia de países da UE já aplicaram restrições ou fecharam fronteiras que costumam ser abertas e sem controles.
Por causa dessas medidas, "atrasos e interrupções nas fronteiras dos países têm sido observados para a entrega de certos produtos agrícolas e manufaturados, bem como materiais de embalagem", disse um comunicado assinado por associações comerciais que representam agricultores, comercializadoras de alimentos e a indústria de comidas e bebidas da UE.
Na nota, elas também alertaram para uma possível escassez de mão de obra no setor alimentício, que depende da movimentação de trabalhadores ao redor do bloco.
Tentando evitar a falta de produtos essenciais, como alimentos e medicamentos, líderes da UE aprovaram na terça-feira uma proposta da Comissão Europeia, o Poder Executivo do bloco, para o estabelecimento de canais rápidos nas fronteiras, mas não concordaram em manter tais fronteiras abertas.
A indústria disse que a medida é bem-vinda, mas insuficiente, e pediu que os países e instituições da UE preparem planos de contingência para potenciais faltas de trabalhadores.
"Dado que a cadeia de oferta agrícola e de alimentos é altamente integrada e opera através das fronteiras, quaisquer bloqueios de oferta e trabalhadores vão inevitalvemente interromper negócios. Nossa capacidade de fornecer alimentos para todos dependerá da preservação do Mercado Único Europeu", afirmou o comunicado.
Um porta-voz da Comissão Europeia afirmou que o Poder continuará tentando garantir o estabelecimento e o funcionamento das linhas rápidas, além de atenuar "qualquer problema que surja com relação à distribuição e trânsito de produtos".
Aurora diz que produção de grãos e carnes se mantém e adota medidas contra coronavírus
SÃO PAULO (Reuters) - A Cooperativa Central Aurora Alimentos afirmou em nota nesta quinta-feira que sua base produtiva no campo, com o apoio das 11 cooperativas agropecuárias filiadas, opera normalmente para a geração das matérias-primas essenciais, como aves, suínos, leite e grãos, e que tem seguido as orientações das autoridades para evitar a disseminação do coronavírus.
A companhia, uma das maiores produtoras de carnes suína e de frango do Brasil, disse que "aliando-se aos esforços da sociedade brasileira no combate à pandemia de coronavírus e atendendo orientações do Ministério da Saúde e das autoridades sanitárias, adotou todas as providências para assegurar a saúde, a segurança e o bem-estar de seus mais de 31.000 empregados diretos, bem como o universo de parceiros e terceirizados".
Declarou também que, "nesse momento particularmente preocupante da vida nacional, a Aurora manifesta seu inarredável compromisso de continuar produzindo alimentos de qualidade para o Brasil e o mundo".
Na avaliação da Aurora, "essa postura é essencial, pois a eventual falta ou escassez de comida na mesa dos brasileiros tornaria caótico e imprevisível --sob o aspecto de segurança alimentar-- um quadro que já é delicado e preocupante sob o aspecto de saúde pública".
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"Produzir alimento é um ofício sagrado. Saiba que na solidão do seu ofício, você faz o bem a muitas pessoas", diz Pe. Fábio de Melo durante a SIC