Virada do ano é o melhor momento para aquisição de fertilizantes, recomenda analista do Rabobank

Publicado em 29/11/2019 17:39
Matheus Almeida - Analista Econômico - Rabobank
Entrevista com Matheus Almeida - Analista Econômico - Rabobank

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Entrevista com Matheus Almeida - Analista Econômico - Rabobank

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De acordo com o analista econômico do Rabobank, Matheus Almeida, o produtor deve aproveitar o final de 2019 para fazer as compras de fertilizantes, já que a previsão é de uma leve recuperação nos preços no primeiro semestre do ano que vem.

Segundo ele, para os fosfatados, hoje temos o menor preço em 10 anos, enitrogenados e KCL é o menor preço desde 2015/16. "Considerando o dólar, quando a gente faz essa conta em real, a gente vê que ao longo do ano os três principais macronutrientes também reduziram de preço: o KCL na casa de 10%, nitrogenados, um pouco acima de 10%, e fosfatados na casa de 23% a 25%", afirma.

>> leia também: Na alta do dólar, fertilizantes com preços de "black friday" são exceção nos custos de produção

O especialista acredita que para o primeiro semestre de 2020 alguns produtos devam ter uma recuperação mais forte de preço, mas nada comparado aos patamares observados no início de 2019. 

As perspectivas, segundo Almeida, é que o fosfato monoamônico (MAP), que está sendo negociado hoje no porto brasileiro por cerca de US$ 290 por tonelada, deva atingir até US$ 350/ton no primeiro semestre do ano que vem. O cloreto de potássio (KCL), também na faixa de US$ 290 a tonelada hoje, não deve passar dos US$ 300/ton até a metade de 2020. 

Outro insumo importante, a ureia, entretanto, é mais complicado para trazer previsões seguras sobre preços. Segundo o analista, será preciso aguardar como virá o "apetite" da Índia no ano que vem para a compra do produto, hoje comercializado em torno de US$ 230/US$ 235 por tonelada no porto. "Ainda que a gente precise ver cpomo ficará essa situação da Índia, esperamos um preço abaixo de US$ 300 por tonelada para o ano que vem", afirma.

DEFENSIVOS

Sobre os defensivos agrícolas, a demanda interna está dando sustentação aos preços, conforme explica Almeida. Como o cenário é positivo para as commodities, o protudor tem gerado boa demanda para este tipo de insumo.

-- "Ao longo desse ano, olhando para alguns números que a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulga, a gente viu que o preço cresceu 8% no mercado brasileiro, considerando uma cesta com vários defensivos juntos. A ideia é uma certa sustentação para o ano que vem por conta destes cenários positivos", explica. 

Apesar da demanda motivar os preços sustentados, ele afirma que em seu ponto de vista a entrada de empresas do ramo no mercado brasileiro e a aprovação de mais produtos deveria gerar uma competição entre as empresas, e a concorrência poderia fazer com que os preços não subissem. "Vai depender um pouco da cesta de produtos, das alternativas que o produtor busca", finaliza. 

 

 

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Tags:
Por:
João Batista Olivi e Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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