Mudança de paradigma nas lavouras de soja: diminuir o número de plantas para permitir a entrada do sol
Nesta terça-feira (7), o estande da Fertiláqua na Show Rural Coopavel, em Cascavel (PR), recebeu a palestra do professor Paulo Dejalma Zimmer, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), com a participação do engeheiro agrônomo Dirceu Gassen.
Com o objetivo de mudar alguns conceitos na produção brasileira, o assunto em enfoque foi a construção das lavouras de maneira adequada, para melhor aproveitar os insumos e, assim, obter uma maior produtividade.
As lavouras com grande população sempre foram consideradas "perfeitas". Nesta palestra, porém, entra em destaque a necessidade de espaçamento entre as plantas para que elas possam receber melhor radiação solar - ou seja, ter mais colheita com menos sementes no solo.
De acordo com Zimmer, a intenção da palestra é, "de coração aberto, mostrar horizontes e saídas para que o produtor rural consiga fazer mais se expondo menos". Ele resume que tudo o que tem falado nos últimos anos pode ser sintetizado na forma de que "para colher mais, é preciso ocupar espaços de lavoura com prudência e proteger todas as folhas dessa planta".
Também participaram da palestra: Evandro Binsfeld, Diretor Comercial da Fertiláqua BUSUL, Ricardo Gratieri, Sócio Proprietário da Marangatu (PY) e Claudecir Cecatto, Gerente Comercial da Agro Santa Rosa (PY).
Assista à palestra completa no vídeo acima.
1 comentário
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Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR
Pessoal, com todo respeito, isso parece conversa de quem nunca plantou soja. O produtor sabe que menos plantas pode produzir mais. Muitos de nós tiveram as melhores safras em áreas que tiveram granizo na fase vegetativa. Mas tem um ditado que diz " quem tem dois tem um, quem tem tres tem dois". Plantar com 15 sementes por metro e ter um granizo e ficar com 10 é excelente. Agora, plantar com 10 sementes e levar um granizo, ou morte de plantas, lagarta elasmo, spodoptera, e ficar com 5 plantas, daí perdeu o ano. E como confiar nesta porcaria de semente que estão nos vendendo? Cobram os olhos da cara e entregam uma porcaria. Quem está numa região que não tem granizo ou possibilidade de seca , pode arriscar mais . Eu prefiro dormir sossegado.
É assim mesmo. Tem gente que passa roçadoras em cima de soja muito exuberante na fase vegetativa e colhe bem mais. Ou até 30 cc de 2.4-D também na fase vegetativa e com o solo bem molhado. Rss. (* Outras alternativas )
A questão dá semente , quanto mais por metro Melhor ( para quem vende semente ) não se discute este assunto sobre a redutor de semente p metro em dias de campo ou em palestras técnicas , isto não interessa ao Vendedor . Quanto a qualidade de Germinação e Vigor também não se discute , o que se demonstra em Pré Plantio é somente a Produção , todas são super produtoras , mas na realidade não é bem assim. Talvez uma maior troca de informações entre produtores poderia ajudar muito na escolha dá variedade , quantidade etc...
Entao aqui em cerejeiras ro solta 10 semente e suicidio de 5 a 6 eo ideal oq falta ai pra vcs ai e clima alias pra nos pq tb tenho terras ai na regiao
Eu já faz uns 3 anos que planto com espaçamento de 56 cm com 11 sementes
Claudiney demarco, ja comecou a colheita em tua regiao? Como esta a produtividade?
Por favor, Rondônia chove quase todo dia com um calor escaldante, óbvio que a soja precisa de pouca semente por metro linear... Dá prá vender as folhas nos supermercados como se fossem salada!!! A questão levantada pelo Sr. Carlos é totalmente relevante e me questiono porque até agora a ADAPAR não obriga as sementes comercializadas no Paraná a terem no mínimo 80% de vigor... Sim, ao invés disso ficam colocando vazio sanitário em um Estado (PR) que tem seis meses do ano com temperaturas que não condizem com o desenvolvimento da ferrugem... ISSO É UM VAZIO SANITÁRIO NATURAL... Só algum profissional extremamente incompetente ou com "segundas intenções" se colocaria em situação de defender o vazio sanitário no Paraná... Pois é, assim conseguiram acabar com a safrinha de soja que concorria com a semente "legal", que dificilmente chega em 60% de vigor, enquanto a da safrinha era concorrida no Estado pois tinha uns 80/90% de vigor e rende no mínimo uns 1.000 Kg/ha a mais... E temos mais uma situação que complica a semente "legal": cada vez plantamos mais cedo e cada vez colhemos mais, só que as variedades que saem bem plantadas no início de setembro não servem sequer para o final de setembro... E no ano que as chuvas não ocorrerem para permitir o plantio do início de setembro??? As empresas receberão de volta as sementes das variedades que não servem mais para o plantio e entregarão outras variedades que se adaptam ao plantio mais tardio??? Com a semente salva eu coloco quantos bags precisar de cada semente no barracão e planto a mais indicada conforme a época que iniciarem as chuvas, as demais vendo como soja comum... E aí ADAPAR??? Vão continuar contra os produtores do Paraná até quando???