Atraso na entrega de fertilizantes e defensivos para próxima safra cria cenário de incertezas sobre o potencial produtivo das lavouras
As entregas de fertilizantes neste ano estão de 10 a 15% abaixo do que o registrado no mesmo período do ano passado. A demora na tomada de decisão de compra dos produtos - que foi agravada pela grande volatilidade dos preços da soja na Bolsa de Chicago, a variação cambial e uma demora na liberação do crédito - refletem agora nesse atraso das entregas.
O vazio sanitário se encerra no próximo dia 15 de setembro nos estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Mato Grosso, Rondônia e São Paulo. E segundo o diretor da Custo Agro, Eduardo Lima Porto a região Centro-Oeste é a mais afetada até o momento.
Esse cenário, que se acentua com os problemas logísticos do país, deve influenciar no volume de tecnologia aplicada nas lavouras, o que "remete a uma probabilidade de colheita menor do que em situações normais", aliado a coincidência de outros fenômenos como o El Niño, ressalta o diretor.
Diante disso, Porto considera que os produtores deveriam optar pela redução de área e potencializar a produtividade, evitando uma possível recompra do grão para cumprir os contratos antecipados.
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