Brasil entra com recurso contra a China na OMC e milho tem queda no preço
Olá, meu nome é Raphael Costa, esse é o Boletim Agro. E para falar sobre os principais assuntos do mundo do agronegócio neste início de semana, convidamos a jornalista Carla Mendes, do Notícias Agrícolas. Olá, Carla. “Olá Raphael, olá ouvintes” Carla, a relação comercial do Brasil com a China acabou dando uma estremecida nesses últimos dias por conta do açúcar, certo? Conte mais para nós sobre essa situação. “Correto Raphael. O Brasil lançou uma denúncia contra a China na Organização Mundial do Comércio (OMC) para contestar as restrições chinesas às importações de açúcar, a medida de salvaguarda da China sobre o produto importado, a administração de sua cota tarifária e seu sistema de licenciamento automático de importação para o açúcar extra cota. O recurso do Brasil à OMC, confirmando o movimento aprovado pela Camex - Câmara de Comércio Exterior - em 31 de agosto, é uma resposta à queda nas exportações brasileiras de açúcar desde que a China impôs uma tarifa adicional de 45% no ano passado”. Outro ponto de destaque nesta segunda é o ritmo de plantio da soja, um dos principais produtos do nosso agronegócio. Como está o desempenho dessa cultura para safra deste ano e do ano que vem? “Olha, vai muito bem, viu Raphael? O plantio da safra de soja 2018/2019, no Brasil, alcançou 34% da área total, avançando 14 pontos percentuais contra a semana passada, puxado, principalmente, pelo ritmo de trabalho no Mato Grosso, que é quem lidera os trabalhos de semeadura neste momento. Essas informações foram levantadas pela consultoria AG Rural. A semeadura deste ano é a mais acelerada já registrada no país, superando a safra 2016/2017, na qual 28% da área total já estava plantada no mesmo período. E esse ritmo de plantio significa que o Brasil poderá ter mais soja colhida já em janeiro.” E Carla, a grande produção de milho acabou comprometendo os preços desta segunda safra. Nos fale mais a respeito desta situação. “É isso mesmo. O preço e o mercado do milho estão bastante pressionados neste momento porque esta continuidade do recuo foi influenciada pela demanda enfraquecida e pelo aumento da oferta do cereal da segunda safra, especialmente no Paraná e no Centro-Oeste do Brasil. Segundo informações do Cepea, o clima favorável e o fraco desempenho das exportações nessa safra também pressionam os valores domésticos. Assim, as negociações também caminham em um ritmo lento, principalmente por conta da retração dos compradores, que aguardam valores ainda menores nas próximas semanas. Na parcial de outubro, o indicador Esalq, que é um indicador importante para os preços do milho, acumula uma forte queda de 10,6%. Seu último valor é de R$ 35,21 por saca". Perfeito, gostaria de agradecer sua participação Carla, obrigado e boa semana! “Boa semana a você a todos os nossos ouvintes, Raphael, obrigada.” Esse foi mais um Boletim Agro. Muito obrigado pela atenção e até a próxima.