USDA reduz produtividade, produção e estoques da safra norte-americana de soja; milho também tem cortes
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) atualizou nesta segunda-feira (12) seus dados no relatório de oferta e demanda de grãos para a safra 2022/23. A produtividade da oleaginosa nos EUA foi revisada para baixo, de 51,9 bushels por acre (58,1 sacas por hectare) para 50,5 (56,6 sacas por hectare). Dessa forma, a produção no país caiu para 119,16 milhões de toneladas.
Na estimativa anterior, eram 122,6 milhões de t.
O USDA disse em nota nesta segunda-feira que o calor e o clima seco durante agosto nas áreas de cultivo do Oeste do país reduziram o potencial de rendimento para soja e milho.
A média de produtividade esperada para a soja norte-americana nas estimativas da agência internacional DowJones era de 57,72 sacas por hectare, em um intervalo esperado de 56,82 a 58,28 sacas. A expectativa era de produção de soja dos EUA em 121,95 milhões de toneladas, variando entre 117,95 e 123,42 milhões de toneladas.
Os estoques finais da oleaginosa foram reduzidos de 6,66 milhões de toneladas para 5,44 milhões de t. Os estoques finais estavam previstos entre 5,52 e 8,79 milhões de toneladas, com média de 6,53 milhões.
O boletim trouxe ainda uma revisão nas áreas plantada - passando de 35,61 para 35,41 milhões de hectares - e colhida - de 35,29 para 35,05 milhões de hectares.
O esmagamento americano foi levemente atualizado de 61,1 milhões de toneladas para 60,55 milhões de t.
SOJA MUNDO
A produção mundial de soja caiu para 389,77 milhões de toneladas na projeção do USDA deste mês, sobre 392,79 milhões de t em agosto. Com isso, os estoques finais saíram 101,41 para 98,92 milhões de toneladas. O esperado pelo mercado era entre 98,2 e 102,1 milhões de toneladas, com média de 101,1 milhões.
A safra do Brasil ainda está estimada em 149 milhões de toneladas e a da Argentina em 51 milhões de t.
MILHO EUA
Para o milho, o USDA também reduziu suas estimativas. A produtividade do cereal nos EUA caiu de 175,4 bushels por acre (183,4 sacas por hectare) para 172,5 (180,4 sacas por hectare). Dessa forma, a produção no país recuou para 354,19 milhões de toneladas, ante 364,73 milhões de t da previsão de agosto.
O rendimento médio pelos operadores de mercado era esperado em 180,34 sacas por hectare, dentro de um intervalo de 178,46 a 182,01 sacas. Tinha-se a expectativa de produção do cereal no mercado norte-americano entre 352,95 a 361,54 milhões de toneladas, com média esperada de 357,58 milhões de toneladas.
Os estoques finais do cereal nos EUA foram baixados de 35,27 milhões de toneladas na projeção do mês passado para 30,95 milhões de t agora. As expectativas variam de 24,89 a 33,02 milhões de toneladas, com média de 29,97 milhões.
Assim como na soja, as áreas plantada e colhida de milho também sofreram redução na atualização do USDA deste mês de setembro. A área plantada foi de 36,34 para 35,86 milhões de hectares e a colhida e 33,1 para 32,7 milhões.
O uso do cereal para a produção de etanol foi atualizado para 135,26 milhões de toneladas, ante 136,53 milhões de t de agosto. As exportações passaram de 60,33 para 57,79 milhões de toneladas.
MILHO MUNDO
A produção mundial de milho nas estimativas do USDA foi reduzida de 1,179 bilhão de toneladas para 1,172 bilhão na atualização deste mês de setembro. Com estoques de 306,68 milhões de t anteriormente projetados para 304,53 milhões de t.
O intervalo esperado para os estoques do ceral era de 296,9 e 305,6 milhões de toneladas, com a média esperada de 301,8 milhões.
As safras do Brasil e da Argentina foram mantidas em 126 e 55 milhões de toneladas, respectivamente. A safra da Ucrânia, que ainda está no radar em meio impactos da guerra, foi elevada novamente, de 30 para 31,5 milhões de t, com exportações de 13 milhões de t.
As importações de milho pela China seguem estimadas pelo departamento em 18 milhões de toneladas para 2022/23.
1 comentário
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Andre Luis Mariani
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