USDA reduz produção, produtividade e estoques finais de soja e milho dos EUA; Chicago sobe
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou seu novo boletim mensal de oferta e demanda reduzindo, como esperava o mercado, as safras de soja e milho do país, bem como a produtividade em ambos os casos. Os números atuais, porém, ficaram dentro das expectativas do mercado. Mesmo assim, as cotações sobem expressivamente na Bolsa de Chicago, com a soja liderando os ganhos.
Por volta de 13h10 (horário de Brasília), os futuros da soja subiam entre 10 e 15,50 pontos, renovando suas máximas e superando os US$ 9,90 nas posições mais negociadas. O novembro tinha US$ 9,93 e o março/21, US$ 9,92 por bushel. Entre os preços do milho, altas de 1,75 a 7,50 pontos, com o setembro sendo cotado a US$ 3,64 e o dezembro, US$ 3,68.
SOJA EUA
A produção norte-americana 2020/21 de soja foi estimada em 117,38 milhões de toneladas, contra 120,49 milhões de toneladas em agosto. O mercado esperava entre 114,09 e 119,5 milhões de toneladas, com média de 116,65 milhões de toneladas. A produtividade caiu para 58,17 sacas por hectare, contra 59,74 do boletim de agosto. A média esperada era de 57,83 scs/ha.
Os estoques finais de soja da nova safra foram estimados em 12,52 milhões de toneladas, contra 16,6 milhões do mês passado. A média das expectativas era de 12,55 milhões. O esmagamento e as exportações de soja dos EUA foram mantidos em 59,33 e 57,83 milhões de toneladas.
SOJA MUNDO
A produção mundial de soja foi revisada para menos, ficando em 369,74 milhões de toneladas, contra 370,4 milhões de agosto. Os estoques finais mundiais passaram de 95,36 a 93,59 milhões de toneladas.
A safra do Brasil foi corrigida para mais e foi estimada em 133 milhões de toneladas, contra 131 milhões do boletim do mês passado. Por outro lado, as exportações também foram revisadas para cima e projetadas em 85 milhões de toneladas. As importações da China seguem estimada em 99 milhões de toneladas.
MILHO EUA
No milho, a safra 2020/21 caiu expressivamente, passando de 388,08 para 378,48 milhões de toneladas. O intervalo esperado era de 371,5 a 383,43 milhões de toneladas. O rendimento foi projetado pelo USDA em 186,72 sacas por hectare, contra 190,18 do reporte anterior. No caso do cereal, o departamento trouxe ainda uma redução da área colhida no país, de 33,99 para 33,79 milhões de hectares.
Do lado da demanda, o USDA revisou para menos o uso do cereal para a produção de etanol, que passou de 132,09 para 129,55 milhões de toneladas. Em contrapartida, as exportações foram revisadas para cima e subiram de 56,52 para 59,06 milhões de toneladas.
MILHO MUNDO
Assim como na soja, a produção mundial de milho também caiu nas projeções do USDA e ficou em 1.162,38 bilhão de toneladas, com os estoques finais em 306,79 milhões de toneladas. Há um mês, foram 1.171,03 bilhão de toneladas de safra global e e 317,46 milhões de estoques finais.
O USDA subiu a safra do Brasil de 107 para 110 milhões de toneladas, bem como suas exportações, de 38 para 39 milhões.
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