Preços do trigo caem com perspectiva de alta na oferta dos EUA
Por Brendan O'Brien
CHICAGO (Reuters) - Os futuros do trigo nos Estados Unidos caíram nesta terça-feira, à medida que os mercados reagiram às condições melhores do que o esperado das safras, enquanto os futuros da soja escalaram a uma máxima de dois meses devido às condições climáticas adversas no Brasil, antes de recuarem.
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) classificou 50% da safra de trigo de inverno do país em condições boas a excelentes após o fim da sessão na segunda-feira, um aumento de três pontos percentuais em relação à semana anterior, a classificação mais alta para esta época do ano desde 2019.
"Esta é uma safra razoável. Não é como se fosse uma safra maravilhosa", disse Jason Ward, diretor-gerente da Northstar Commodity em Mineápolis. "É dramaticamente melhor do que era no ano passado."
O contrato dezembro do trigo duro vermelho de Kansas City fechou em baixa de 13,25 centavos, a 6,3250 dólares o bushel, enquanto o dezembro do trigo de primavera do MGEX caiu 4,50 centavos, a 7,2425 dólares o bushel.
O contrato de trigo mais ativo na CBOT encerrou com queda de 5,50 centavos, a 5,7025 dólares o bushel.
A melhoria nas perspectivas de safra após chuvas na Austrália e na Argentina, afetadas pela seca, também pesou sobre os preços do trigo.
O Brasil, o maior fornecedor mundial de soja, enfrentou chuvas torrenciais em áreas do sul, enquanto as condições áridas persistiram no norte.
"O sul do Brasil tem tido muita chuva, e há mais chuva prevista", disse Ward.
Durante a sessão desta terça-feira, a soja mais ativa chegou a 13,80 dólares o bushel, uma máxima desde 6 de setembro, antes de encerrar com queda de 2 centavos, a 13,62 dólares o bushel.
O USDA reportou que exportadores venderam mais soja dos EUA para a China.
O milho caiu 8,75 centavos, a 4,6850 dólares o bushel, devido às perspectivas de maiores rendimentos nos EUA.
A colheita de milho nos EUA estava 81% concluída até domingo, ligeiramente abaixo da estimativa média dos analistas de 82%, mas à frente do ritmo médio de cinco anos de 77%.
(Reportagem de Brendan O'Brien em Chicago)
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