Trigo: Mercado em Chicago encerra o dia perdendo 5% com pressão da oferta e alternativas da Ucrânia
A sessão desta segunda-feira (31) para o mercado do trigo na Bolsa de Chicago se encerra com baixas na casa dos 5% entre os principais vencimentos - variando de 31 a 37 pontos - levando o setembro a US$ 6,66 e o março a US$ 7,13 por bushel. O mercado foi intensificando suas perdas e devolvendo uma parte grande das últimas altas promovidas pelas notícias vindas do conflito entre Rússia e Ucrânia.
"Há uma pressão internacional para a reabertura do corredor de grãos do Mar Negro, o que tem acentuado o movimento de queda em Chicago. O exército russo voltou a bombardear a Ucrânia, entretanto, os ataques não foram focados na estrutura graneleira ucraniana e sim em outros pontos "militarmente estratégicos", explica o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.
Do mesmo modo, analistas internacionais afirmam que parte desta pressão vem também das boas alternativas que a Ucrânia têm conseguido viabilizar, entre elas os portos do rio Danúbio e a utilização de portos croatas para a exportação de grãos ucranianos, o que garante parte da chegada desta oferta ao mercado.
Outro peso que se dá sobre os preços do trigo neste momento é a safra maior desta temporada, apesar de algumas adversidades climáticas sendo registradas no Hemisfério Norte.
"O mercado segue atento ao que acontece na região, mas com essa enxurrada de trigo, em especial da Rússia, a preços baixos, é normal que haja uma queda. Claro que não é o início de uma trajetória de baixa, o mercado segue volátil, mas dentro de uma banda de topos e fundos. Para mudar isso, precisa que algo mude nos fundamentos, em especial entre os números de safra ou algo em relação à guerra que mude o abastecimento efetivamente", explica o analista da Safras & Mercado, Élcio Bento.
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Geraldo Emanuel Prizon Coromandel - MG
Salvo erro de informação, a Croácia (que até ontem era zero a esquerda como referencia agrícola), produz em números redondos 700mil ton de trigo, e 1.400mil ton de milho. Sendo assim, o mercado se escorar na informação que esse país é uma rota alternativa para escoamento de safra da Ucrânia, parece ser uma grande desinformação.