Plantio de trigo na Argentina sofre com maior atraso da década, diz bolsa de Rosário
Por Jorge Otaola
BUENOS AIRES (Reuters) - O plantio de trigo para a safra 2022/23 é o mais atrasado da última década na Argentina, afetado pela falta de chuvas e com as geadas na região rural que envolve o cereal, informou a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR).
"Somente na sexta-feira (1º de julho) haveria instabilidade no nordeste de Buenos Aires. A entrada de uma nova massa de ar frio e seco causará geadas", disse o relatório.
O especialista José Aiello argumentou que “isso só pode ser revertido com um melhor comportamento das chuvas na próxima mudança de estação”.
A Bolsa de Cereais de Buenos Aires disse na quinta-feira que pode cortar novamente sua estimativa da área que será plantada com trigo 2022/23 no país sul-americano, atualmente em 6,3 milhões de hectares, se no curto prazo as chuvas não oferecerem alívio às áreas produtoras que sofrem com o déficit hídrico.
Se fizer um reajuste negativo, seria o quarto que a bolsa faria por conta do clima seco que atinge partes do país em uma campanha que começou em maio.
A Argentina é o quinto maior exportador mundial de trigo, subindo uma posição no ranking elaborado pelo governo norte-americano devido à forte queda na previsão para as exportações de cereais da Ucrânia após guerra com a Rússia.
0 comentário
Abitrigo diz que dólar eleva custos e aumento do preço da farinha "será inevitável"
Exportação de trigo da Rússia deve bater recorde na 1ª metade de 2024/25
Rússia confirma corte de 63% na cota de exportação de trigo na temporada 2024/25
Governador de SP solicita prorrogação de benefícios fiscais ao setor moageiro até 2026
USDA traz vendas semanais de trigo para exportação dentro do esperado pelo mercado
Previsão de exportação de trigo da França em 2024/25 indica menor volume em décadas