Bioceres espera que Brasil aprove trigo transgênico no início de 2021
BUENOS AIRES (Reuters) - A empresa argentina de biotecnologia Bioceres espera que o Brasil aprove o trigo geneticamente modificado HB4, com tolerância à seca, antes do início da próxima safra, por volta de março do ano que vem, disse o presidente-executivo da companhia à Reuters nesta quinta-feira.
A Argentina aprovou o HB4 na quarta-feira, tornando-se o primeiro país do mundo a autorizar trigo transgênico, mas a Bioceres não poderá comercializar o produto até que haja o sinal verde para importações pelo Brasil, principal destino do cereal argentino.
"Esperamos que eles (Brasil) possam tomar uma decisão em breve, esperamos que antes da próxima temporada do trigo no Hemisfério Sul, que começa no próximo outono e é um processo que já está bem avançado", afirmou à Reuters o CEO Federico Trucco.
Ele acrescentou, porém, que mesmo com o sinal verde do Brasil, isso "não significa que a empresa, recebendo essa aprovação, imediatamente lançaria a tecnologia comercialmente", e que a companhia buscará a aprovação em outros mercados.
"Seremos o mais cuidadosos possível em cada mercado internacional", disse ele.
O HB4 é uma tecnologia patenteada desenvolvida pela Trigall Genetics, joint venture da Bioceres com a francesa Florimond Desprez.
Trucco afirmou ainda que uma aprovação pendente da China à soja geneticamente modificada da companhia pode ocorrer entre o final de 2020 e o início de 2021.
Procurado, o governo brasileiro não respondeu de imediato a um pedido por comentários.
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